Me olhei no espelho nervosa era hoje que o plano tinha que funcionar. Vejo minha mãe parada no batente da porta me olhando e sorrindo.
— Que foi? — Virei para encarar a mulher loira.
— Você está maravilhosa. — Disse e eu sorri tímida. — Quem é seu par?
— Acho que não tenho par. — Disse pegando meu celular e um anel.
— Mas e aquele menino que vou dormiu fora de casa? — Perguntou colocando um par de brincos em mim. — Precioso perguntar se você ainda é virgem?
— Mãe! É claro que eu sou, santo Deus! — Reviro os olhos.
— Alex?! Vamos deixar nossa filha no baile. — Clara gritou enquanto descíamos as escadas.
— Sina! — Escutei Joalin e Sabina enquanto as duas saiam do carro do Josh.
— Amiga você está linda! — Sabina me abraçou e eu rir.
— Vocês duas também estão lindas. — Falo sorrindo.
— Sina Deinert, você está uma princesa. — Josh me abraça sem permissão.
— Vou quebrar seus dentes, Josh. — Rosno e Josh estremece. — Brincadeira.
Abraço o mesmo de volta que rir enquanto mexe no perfeito tope. Nos afastamos e minha mãe bateu várias fotos.
— Bom nós estamos atrasados! — Joalin diz pegando na minha mão.
— Te vejo amanhã! — Minha mãe grita. — Toma!
E joga uma camisinha para mim, fico perplexa olhando para o pacote prateado enquanto meus amigos riem.
— Eu amo vocês! — Grito do carro do Josh.
[...]
Entro na quadra da escola vendo todos aqueles adolescentes que meses atrás eu diria que eles eram patéticos por esta aqui enquanto poderiam estar estudando, certo que deveríamos mesmo porém as vezes é bom se divertir.
— Sina! — Lamar Morris me cumprimenta e eu dou apenas um aceno.
— Caraca, Urrea é um garoto de sorte. — Charles Rolf diz sorrindo gentil.
— Deinert que bom te ver por aqui. — Krystian Wang diz enquanto bebe um ponche.
Depois de todo aquele falatório, eu vi minha vida se tornar uma câmera lenta assim que Noah Urrea entrava vestindo aquela roupa social.
Era um smoking preto com a gravata borboleta exatamente como tínhamos combinado. Ele estava perfeito, como sempre. Como eu pude ser burra o suficiente para deixá-lo escapar de mim? Eu fui uma tola querendo fingir coisas que eu não sentia.
— URREA! — Beauchamp gritou o nome do melhor amigo e ele acenou para nós, na verdade para eles.
— Acho que o show já pode começar. — Sussurro para Joalin que assente.
Passo por Noah e nossos olhares se cruzam me causando contrações ventriculares, dou um sorriso e faço meu caminho até o palco.
Me sento no banco separado especialmente para mim, pego o violão e bato no microfone chamando atenção de todos que estavam ali, eu com certeza não serei a temida Sina Deinert de antigamente, todos me olham inclusive ele.
— Eu sou Sina Deinert ou melhor a megera domada, como vocês conhecem. Bom vocês devem está se perguntando o que eu estou fazendo aqui e eu vou responder. ── Disse sorrindo de lado e encarei Noah no meio daquela multidão. ── Há alguns meses atrás eu respondi uma mensagem de um garoto que eu nem sabia que existia a não ser pelas vergonhas alheias que ele passava, nesses meses a gente se aproximou de forma inexplicável e bom eu o magoei porque eu sou uma tola que fugia dos meus sentimentos, e sim eu tenho sentimentos. E nessa noite eu quero cantar uma música especialmente para ele pois eu sei o quanto ele é viciado nela, mas antes eu quero dizer que eu te amo tanto que não cabe no peito, Noah Urrea.
Gritos foram ouvidos e eu vi Urrea ser empurrado pelos próprios amigos para frente no palco, suas bochechas estavam mais vermelhas que o normal.
Comecei a tocar o ritmo da música no violão e olhei para Noah que me olhava surpreso. Cantei a música que ele sempre cantava enquanto dirigia ou quando sempre dizia que eu precisava ver uma série chamada Skam, ele dizia que nós dois éramos um casal da tal série. Noah era tão clichê, era pior que uma garota e eu amava isso.
— What would you do if my heart was torn in two? More than words to show you feel That your love for me is real, What would you say if I took those words away? Then you couldn't make things new, Just by saying: I love you. — Terminei a música e encarei o garoto que subia o palco enquanto limpava as malditas lágrimas.
Soltei o violão no chão e corri em sua direção segurando seu rosto.
— Você me perdoa? — Encostei nossas testas e encarei seus olhos claros.
— É claro que sim! — Noah me abraçou com força. Relaxei contra seus braços e fiz carinho na sua nuca.
— BEIJA! BEIJA! BEIJA! — Todos gritavam.
— Não precisa fazer isso. — Noah sorriu tímido e eu neguei.
Puxei sua nuca juntando nossos lábios em um beijo cheio de saudade e apaixonado. Nossas línguas se tocaram e eu senti a mão de Noah na minha cintura apertando de forma delicada, separarei nossas bocas e sorrir o abraçando novamente.
— Eu te amo tanto, Noah. — Sussurrei no seu ouvido.
— Eu te amo tanto, Sina. — Noah me deu um selinho e eu sorri abraçando ele de novo.
— Já que todos estão felizes e prestando atenção, quero anunciar o rei e a rainha do baile. ── O diretor disse no microfone e Noah entrelaçou nossos dedos enquanto descíamos os degraus da escada do palco.
— Onde vocês dois estão indo? Vocês são os vencedores! — O diretor disse e todos vibraram.
O quê? Mas eu nem me candidatei, as meninas.
— Esse dia não pode ficar melhor. — Sussurrei pra mim mesma.
— É claro que pode, Deinert. — Noah disse rouco e eu o encarei.
— Parabéns! — A professora de português me entregou um buquê e a coroa.
Depois de ter batido as fotos finalmente o Noah e eu poderíamos dançar e conversar calmamente sem interrupção.
— Por que não me procurou antes? — Noah perguntou segurando minha cintura.
— Eu tinha medo. — Admiti deitando minha cabeça no seu ombro.
Noah alisou minha bochecha e eu sorri dando um selinho nos seus lábios.
— Você está linda com esse vestido. — Noah sussurrou.
— Obrigado. — Falei enquanto sorria abertamente.
— Imagina sem ele. — Beijou minha bochecha e eu sentir minha pele se arrepiar.
Céus, eu amava esse garoto.
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