Capítulo 11

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— Mas que porcaria é essa aqui?

Não é possível eu só posso estar sonhando, é isso estou sonhando.

— Kayque posso explicar.

— Você explicará sim, mas na frente do pai e da mãe, ou provavelmente do rei e da rainha, já que esse aí vem junto.

Minha irmã com um dos guardas esse dia não poderia ficar pior.

— Quero que os dois se vistam agora e venham comigo e você soldado Calil, se pensar em fugir mando todos os guardas atrás.

Saí deixando os dois se vestirem, mas logo ouvi seus passos, sei ser um rei quando precisa e nesse momento precisei ser um rei para não quebrar a cara do soldado e enfiar minha irmã no quarto para o resto da vida.

— Para o escritório do rei e nem pensem em sair de lá — deixei eles seguirem para o escritório no quarto andar enquanto ia para o quarto dos meus pais.

Minhas mãos chegaram a doer de tanto bater na porta, os dois têm um sono bem pesado.

— Mas quem é o desgraçado que está...

— A rainha falando palavrão, não sabia ser possível.

Olhei para minha mãe que não está com uma cara de sono.

— Sinto muito por atrapalhar a vossa noite, mas eu gostaria que me seguissem até o escritório do papai.

— Mas por que Kayque, o que está acontecendo? — Meu pai perguntou surgindo do quarto.

— Não posso falar aqui.

Foi simplesmente o que eu disse antes de sair para o escritório enquanto eles se vestiam.

— Você senta no sofá — falei para o soldado que já estava agarrando minha irmã de novo, ou ela agarrando ele, não sei.

— Você não tem o direito de mandar nele.

— Tenho sim, ele é um dos soldados novatos e eu sou o príncipe herdeiro — olhei para o rapaz — e ele sabe muito bem do que sou capaz.

— Do que ele está falando, Jefferson?

— Seu irmão me treinou durante alguns dias quando cheguei aqui.

— Você fica calado — falei para ele — e você só tem quatorze anos, no que estava pensando.

— Eu o amo que mal tem nisso.

— Amar, Jasmine, você só ama a nossa família, ele tem dezoito anos, e é um irresponsável, os dois são.

— NÃO ME CHAMA DE IRRESPONSÁVEL.

— Posso saber o que está acontecendo aqui, e porque essa gritaria toda?

— Ela pai, ela é o problema.

— E porque ela é uma irresponsável? — Minha mãe me olhava com cara de quem queria me esganar.

— Porque peguei ela é o soldado Calil, no jardim secreto.

— O que tem eles se beijarem? — Brendon perguntou entrando, intrometido.

— Eles estavam quase transando Brendon, não apenas se beijando.

Meu pai ficou branco, minha mãe parecia que ia desmaiar e olhava da filha para o soldado, meu irmão estava igual a mim, puto de raiva. De repente eu vejo o rei tentando proteger sua princesa, meu pai avançou com tudo para cima do garoto, sei que o que eles estavam quase fazendo era errado, muito errado, mas matá-lo não adiantará.

— Vou te matar, garoto — segurei seu braço, mas ele é muito mais forte do que eu, então Brendon precisou me ajudar.

— Vocês estavam mesmo...? — Mamãe não terminou a pergunta.

Os dois apenas concordaram em silêncio, foi o suficiente para ela ficar mais branca do que já é, foi só o tempo de eu soltar meu pai e ir até ela para segurar antes de desmaiar.

— Mãe acorda por favor.

A porta foi aberta novamente e meus tios entraram, os três estavam de plantão no corredor.

— O que aconteceu?

— Levaremos ela até a enfermaria — meu pai falou mais calmo pegando minha mãe no colo — Kayque fique aqui, Brendon também é não façam nenhuma besteira.

Concordei e me sentei em sua cadeira, Brendon sentou na do lado da Jasmine e ficou olhando para a parede, igual a mim, entretanto eu estava olhando para a mesa de madeira marrom na minha frente.

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