Capítulo 29

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— E então o que achou do passeio?

— Foi incrível Kayque, eu sabia que sua mãe criou um orfanato, mas nunca imaginei que conheceria ele.

Levar Rosabella foi minha melhor escolha, ela foi muito simpática com as crianças e brincou com todas, dando atenção e carinho. Todos que trabalham lá também gostaram dela, mas infelizmente tivemos que vir embora.

Deixei-a em seu quarto e segui para o escritório, ao chegar um guarda me avisa o que avô estava me esperando lá.

Entrei na sala e o vi distraído olhando pela janela.

— O senhor queria falar comigo? — perguntei me anunciando.

Ele se virou e não parecia nada feliz, só não entendo o porquê de ele estar assim e também estar aqui, ele e minha avó tinham ido morar no interior.

— Como estão as coisas por aqui?

— Estão normais, papai foi para a Rússia resolver algumas coisas com meu tio e volta no domingo.

— E o caso do Alagan?

— Como o senhor ficou sabendo? — me sentei na cadeira e peguei alguns papéis que tinha que assinar.

— Posso não ser mais o rei, mas sempre ficarei sabendo de tudo que acontece aqui — ele se sentou na minha frente e ficou esperando uma resposta.

Tirei os olhos dos documentos e pensei no que dizer, não está sendo nada fácil encontrar ele, mas estamos tentando, ou melhor, Aspen está tentando.

— General Lenger está resolvendo isso.

— E o que você está fazendo?

— Olha, eu estou resolvendo um monte de coisas que meu pai deixou, mas sempre fico sabendo de tudo o que acontece. Bruno conhece muita gente que não gosta do governo de meu pai, e está se aproveitando disso, na última vez recebemos uma informação de que ele já estava em Carolina, mas a informação era falsa.

Ele pareceu concordar, mas não se levantou para ir embora.

— Mais alguma coisa, tenho que me arrumar para o jantar!?

— Já escolheu sua esposa?

— Estou em dúvida entre três, mas não se preocupe, assim que a prova delas terminar escolherei minhas duas finalistas.

— Que prova?

— Minha mãe pediu para elas fazerem grupos e organizarem uma recepção para Inglaterra e Itália.

— Ah sim, sua avó também fez uma desse tipo. Bem, acho melhor nós dois irmos nos arrumar, sua avó detesta atrasos.

Agora sei o que ele está fazendo aqui, concordei e esperei ele sair para então me jogar na cadeira novamente, quando fui me levantar, tio Beto entrou na sala e parecia ter corrido uma maratona.

— Kayque ele esteve aqui.

— Como assim? — Perguntei sabendo que ele falava do Bruno.

— Não sabemos como ele entrou, ninguém viu ele, muito menos quando levou......

Ele parou de falar, eu já comecei a imaginar que Bruno levou minha mãe ou minha irmã, mas pela cara do meu tio foi outra pessoa.

— Me disse que não é quem estou pensando? — Minha voz saiu mais baixa do que o normal.

— Sinto muito.

Desabei na cadeira novamente, Alexa não, qualquer um menos ela, ele não pode ter levado uma das pessoas mais importantes para mim.

— Procuramos por todo o palácio e por todo terreno, mas não encontramos nenhum dos dois.

— Procuraram na floresta?

— Alguns guardas ainda estão por lá, verificando algumas fazendas da proximidade e cabanas dentro da floresta.

— Me deixe sozinho, por favor!

Assim que ele saiu eu deixei as lágrimas rolarem, ainda não consigo acreditar que ele a levou, justo ela, porque isso tinha que acontecer.

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