Capítulo 14

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Levei três dias para falar com a Sasha, mas isso porque estava ocupado ajudando meu pai com esses assassinatos, antes de ir falar com ela decidi que tomaria café com a Apple, tenho que começar a sair com elas.

— Você quer que eu o quê?

Ela estava ficando vermelha de raiva, a minha sorte é que pedi para Aspen ficar do lado de fora, se ela tentar me matar por manda lá embora ele saberá o que fazer.

— Isso mesmo que você ouviu Sasha.

— Tenho que ser rainha Kayque, não uma dessas sem sal.

— Sasha o que quero em uma rainha não é se ela é bonita ou não, quero que ela tenha caráter, tenha bondade no coração e amor pelo povo.

— Mas amo nosso povo.

— Ama tanto que fiquei sabendo que você bate nas suas criadas, que você fala mal das selecionadas como se não fosse nada.

— Isso é uma mentira.

— Eu já me decidi — fui até a porta antes de falar por cima do ombro — Você tem até o fim do dia para arrumar suas coisas e voltar para casa.

Sai e fechei a porta, olhei para Aspen que fez sim com a cabeça em silêncio e saiu, resolvi ser melhor ir falar com a Apple logo, antes que eu desistisse de chamá-la para tomar café.

Cheguei em seu quarto e bati, algumas selecionadas olhavam-me com uma cara triste, como se fosse o fim do mundo eu chamar Apple e não elas, mas todas sabem que vou chamá-las no momento certo.

— Sim — uma criada atendeu e fez cara de assustada — Alteza a que devemos a visita? — ela falou fazendo uma reverência.

— A senhorita Fernandes já acordou?

— Sim e está se preparando para descer.

— Posso entrar?

— Pode alteza — ouvi ela dizer, a criada abriu caminho entrei, encontrando uma mulher linda.

— Bom dia príncipe Kayque — ela fez uma pequena reverência.

— Bom dia Senhorita Fernandes, e uma vim convidá-la para tomar café da manhã ao ar livre.

— Mas é claro, só acredito que terei que trocar o salto — olhei para seus pés e vi um salto fino preto e do que entendo de sapatos femininos, esses iriam afundar na grama rapidinho.

Fiz que sim com a cabeça e ela entrou no closet, voltando logo com um salto que ocupava a sola inteira do sapato.

— Agora podemos ir.

Ofereci meu braço que ela aceita e me acompanha para a parte de trás do jardim, durante o caminho ela me contou ser filha única e o pai morreu a cinco anos, trabalha como fotógrafa, mas gosta de fotografar a natureza morta.

Ao chegarmos no local em que pedi para os criados arrumarem, uma mesa cheia nos esperava, não tinha muita coisa, mas era o bastante para duas pessoas.

Afastei a cadeira para ela se sentar e fui para a outra cadeira.

— Então do que mais você gosta?

— Bem, adoro também fotografar os animais, toda a espontaneidade deles me contagia, fico muito feliz de fotografá-los.

— Não diga isso perto da minha irmã Clara, ela fará você tirar fotos de todos os cachorros dela.

Consegui um sorriso.

— E o que vossa alteza faz?

— Bom, além de ajudar meu pai a governar, eu gosto de pintar, fotografar, ler, coisas que quase todos gostam.

— Detesto ler, às vezes leio algo com relação à fotografia, mas tirando isso, não leio mais nada.

E assim ficamos, ela falou mais sobre os trabalhos que fez do que qualquer outra coisa. O café da mãe inteiro fiquei ouvindo ela dizer que adoraria continuar viajando o mundo ao invés de estar presa aqui, quase perguntei porque se inscreveu, mas me contive.

Depois que terminamos, levei ela até a sala de aula e subi trabalhar.

— Como foi?

— Entediante, ela mais falou sobre fotografia do que sobre ela.

— Mas isso não é bom?

Olhei para ele.

— Filho, você ama fotografar.

— Sim, pai amo, mas eu queria saber sobre ela não sobre a fotografia, ela com certeza já está na minha lista de próximas eliminadas.

— Posso perguntar porquê?

— Ela teve a audácia de dizer preferir estar viajando pelo mundo fazendo suas fotografias do que presa aqui.

— Tem razão, deve eliminá-la assim que possível, agora vamos trabalhar já que você sairá mais cedo.

— Sim, senhor. 

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