Ômega curandeiro.

13.9K 1.9K 986
                                    

aviso de gatilho!

💮

Lugar desconhecido, 1799.

Um pequeno lobo brincava dentre a mata, caçando borboletas ou animais de pouco porte, sendo iluminado com a luz do sol sobre os pelos totalmente negros. A mãe alfa encarava tudo, encantada. Morrendo de amores por seu pequeno filhotinho.

— Não consigo pegar nada mamãe. — O corpinho se acomodou na barriga quente da progenitora, ronronando pelo cheiro de bebê que ali residia.

Seu irmãozinho.

— Tente de novo querido, alfas não desistem. — Lambendo o focinho de sua cria, o deu carinho e conforto.

— Vou tentar. — O animal franziu o cenho, uma expressão determinada no rostinho.

O filhote procurava incansavelmente uma presa pra presentear a mãe, não se importando com o tempo ou o que estivesse acontecendo em sua volta. Era apenas um neném ainda, desconhecia o mundo horrível que lhe rodeava.

Quando conseguiu pegar um esquilo com os dentes foi como se tivesse sua missão cumprida, trazendo o pequeno animalzinho na boca entre tropeços e outros.

— Mamãe? Eu achei mamãe! — O pequeno lobinho pulava animado, correndo em direção a onde a loba estava anteriormente.

Era difícil achá-la, o sol não iluminava mais as árvores.

Os olhinhos inocentes e puxados se arregalaram em terror quando finalmente a encontrou, homens a seguravam mas não tinha exatamente certeza do que acontecia, por que sua mamãe chorava? Por que ela estava sem roupas? Por quê...

— Mamãe? — Correu em direção a ela, mordendo a canela do homem com a maior força que conseguia, querendo mais que tudo que eles largassem a mulher, foi afastado com um chute e seu corpinho arremessado por dentre os arbustos.

Persistiu o quanto que pode.

Mas sua última visão foi o sangue por dentre as pernas de sua mãe, a enorme barriga que julgava ser quentinha e acolhedora, a qual carregava seu irmãozinho. Era fria e sem vida.

— Me desculpa por não ser fortemamãe.

— Perdoa o Ggukie por demorar.

— Mamãe acorda, Eu prometo que não faço mais!

— Mamãe!

[...]

Alcatéia do norte, 1820.

Seu corpo dava espasmos tão grandes que nem parecia que dormia, os pesadelos novamente sendo frequentes na cabeça já cheia de ocupações. Suor escorria de seus poros e o cheiro de canela era agressivo pra qualquer um que estivesse perto, sentia medo.

O líder do norte se encontrava vulnerável.

Sentiu o toque de mãos macias em seus braços, carícias lentas e tranquilizadoras eram feitas em sua derme. Pétalas passando por suas feridas e as cicatrizando inconscientemente.

— Jungkook? — Chamou-o, sem parar com os carinhos acolhedores algo o avisava que o lúpus precisava de conforto.

O tronco firme se levantou com uma velocidade indesejada, Jimin se assustou verdadeiramente quando o homem o envolveu. Tão forte que doía. O grande alfa mostrava suas fragilidades na frente do ômega, recebendo amor e ronronados fofos em troca.

Matilha.Onde histórias criam vida. Descubra agora