1972, o ano da construção

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Entre os jogos de quadribol, as aulas e as pegadinhas, os marotos escreviam e executavam seu grande plano. O mapa do maroto. Também passavam os dias estudando transfiguração e Sirius tinha certeza que já conseguiria e ele seria um lobo, tinha certeza disso por conta da conexão que tinha com Lupin. Mas tanto Lupin, quanto James estavam pressionando os amigos a só estudarem nesse ano e no ano que vem finalmente tentarem. Era importante demais, não havia espaço para erros. Não tinha como haver.

Enquanto a fama dos Marotos crescia pela escola. Lily e Severo viviam momentos complicados, entre o ódio de Potter e as noites de estudo na biblioteca, eles estavam percebendo poucas coisas em comum. E isso, pelo menos para Lily estava ficando mais óbvio. Severo estava cada vez mais próximo dos amigos da Sonserina e insistia que Lily estivesse perto. Um desses amigos era o irmão de Sirius, o pequeno Black, como Potter o chamava. Regulus era legal, mas o outros davam arrepios em Lily.

Fleamont e Euphemia não eram pais comuns, eles era incríveis, palavras de Sirius Black. Os pais quase não iam a Hogwarts, mas Euphemia e Fleamont se sentiam mais alegres se pudessem ver James uma vez ou outra e foi nesse dia que algo mudou. James estava mais uma vez azarando e importunando Snape em meio aos gritos de Lily, quando Fleamont parou e disse ao filho "Olá James".

Fleamont sabia que James era um garoto difícil, quando não gostava das pessoas, deixou isso bem claro nas duas vezes em que foi com o pai buscar Sirius na casa de Walburga, mas aquilo era demais.

James não podia acreditar na voz que ouvia, colocando Severo no chão ele virou para os pais e percebendo os olhares nada disse. Apenas quando Fleamont e Euphemia viraram as costas para o filho, James saiu correndo atrás dos pais, tentando compreender o que havia acontecido. Já no jardim os olhares decepcionados machucaram James mais do que qualquer outra coisa no mundo, eles foram embora e deixaram o filho sentado com as lágrimas escorrendo pelo rosto.

Enquanto falava mais vez sobre o ódio que sentia de James Potter, Snape soltou uma frase que alarmou Lily " Aquele traidor do sangue." Ela já ouviu falar esse termo, os garotos da sonserina chamavam Black e Potter disso o tempo todo. Ela precisava saber mais sobre aquilo e porque Snape disse que não era nada de mais ela não tinha se importado até aquele momento. Mas procuraria saber e já sabia quem procurar.

Na medida em que se aproximava de Marlene, Alice e Lianna, Lily tinha mais motivos para ficar no salão comunal até mais tarde, era o segundo ano e todos estavam indo bem. Quando os marotos chegaram, sim era assim que todos os chamavam agora, inclusive, os professores que apesar de todas as gracinhas os amavam. Slughorn até aquele momento não havia entendido a recusa de Potter e Black ao clube do Slug. Mas ela sabia, eles não tinham tempo, estavam sempre tramando algo, jogando quadribol ou arrasando Severo.

Os meninos sentaram ao lado da meninas, Lily já conversava com eles a essa altura, quer dizer Lily e Lupin, com Potter e Black ela não queria contato. Mas viu os olhos inchados de Potter e percebeu o desânimo surpreendente dos Marotos. Aproveitou a oportunidade para colocar Potter em seu devido lugar

"Então a sua arrogância decepcionou seus pais também?"

Mas assim que ela disse desejou não ter dito. Isso era o que Severo faria e não ela. Os olhos de Potter se viraram para ela, mas quem ficou furioso foi Sirius e ele gritou:

"Nós ouvimos todos os dias o quão desprezíveis nós somos por não acreditar no sangue puro, nós somos os traidores do sangue, Lily, e nós somos assim para defender vocês, porque achamos isso justo."

Enquanto o jovem Black gritava e Lupin o segurava, Lily percebeu o quanto eles respeitavam James e James não queria aquela discussão.  Foi instantâneo, apesar de Lupin ter segurado Black o tempo todo a raiva do garoto apenas aumentava enquanto gritava

"Nós somos péssimos, podemos ser, mas não somos horríveis, não somos decepcionantes, nós acreditamos em coisas boas."

Mas assim que James olhou para Lupin e tocou o peito de Black, Sirius se acalmou ouvindo James dizer com uma tranquilidade assustadora na voz

"Já chega, precisamos estudar."

E todos os marotos, exceto por Lupin, que com certeza queria falar com ela saíram para os dormitórios. Ela se adiantou para perguntar a Lupin, mas ele respondeu antes que ela pudesse perguntar

"Traidores do sangue são bruxos de sangue puro que defendem nascidos trouxas."

Lupin sorriu, ele sabia que ela não sabia, ele tinha exatamente vindo falar sobre isso com ela.

Então ele disse "Sim, exatamente isso, as famílias Potter e Black pertencem ao círculo familiar de sangues puros."

Eles conversaram sobre isso e ela decidiu conversar com Severo sobre o uso do termo.

Narração de Lily Evans

Severo foi arredio a minha conversa. Mesmo quando disse que eu confrontei Potter. Ele disse que Potter era mesmo um traidor do sangue e que eu era diferente. Ele era meu amigo, mas algo não estava certo. Era como se Severo não gostasse dos trouxas, mas apenas gostasse de mim. Aquilo não era normal e não parecia justo.

Fim da narração de Lily Evans

James não podia perder o foco, depois da conversa com os pais, deixou Severo Snape em paz durante o ano e eles e os amigos continuaram trabalhando no mapa do maroto. A transfiguração também estava indo bem e isso era bom, pois apenas receber Lupin e o ajudar com os ferimentos não era algo que um irmão fizesse. Eles queriam fazer mais.

Marlene, Alice e Lianna estavam sempre juntas. E claro, faltava Lily, mas na escola ela estava sempre com Severo. Elas faziam tudo juntas e estavam sempre com os marotos. Marlene e Lianna sempre observavam como Sirius, Lupin e James ficavam mais bonitos durante o ano. Porém James e Sirius eram insuportáveis, o único que salvava era Lupin. As meninas já haviam se tornado bruxas incríveis, mas a melhor era Lily. Eles era amigos e muitas aventuras ainda viriam e Mckinnon sabia disso.

No fim do segundo ano o mapa está completamente estilizado. Eles estudariam os feitiços para fazer funcionar nas férias.

A Era dos Marotos Onde histórias criam vida. Descubra agora