O Pesadelo

367 39 9
                                    

Ao chegar em casa, deixei Miyako tomando banho e fui fazer algo para nosso café e enquanto fazia, eu ouvia a notícias vinda da televisão ligada na sala, que me deixaram bastante assustado.

-Hoje, por volta das 10:30 da manhã, uma mulher foi encontra morta no meio da praça principal de Yokohama e o pior não foi isso, ela teve sua cabeça arrancada e pendurada em uma estaca, enquanto seu corpo, estava totalmente estraçalhado com marca de unhas de algum animal, que parecia incrivelmente grande, o centro de animais selvagens de Yokohama, estão a procura do tal animal, que fez essa tragédia com essa pobre mulher de apenas 29 anos, que deixou um filho e uma filha, apenas de 5 a 12 anos de idade órfão.- falou a repórter, me deixando totalmente arrepiado. Só de ver as imagens, aquilo me dava calafrios, aquilo não poderia ter sido um animal qualquer, digo isso pois conheço bem o estrago que meu tigre pode fazer, e aquelas marcas de unhas são muito familiares, a da minha habilidade. Sera que existe mais alguem, com a capacidade de controlar um tigre como eu?. Cada vez mais as coisas vão piorando, o mundo ta mesmo preste a se acabar.

-Papai terminei!.- disse Miyako do banheiro.

-Já vou!.- falei, desligando o fogão e indo para o banheiro, e ao chegar lá, o banheiro estava todo encharcado e com espuma espalhado por toda cerâmica do banheiro.- Miyako!, que bagunça é essa?!.- falei o encarando.

-Eu só estava brincando, você sabe que gosto bastante de brincar quando estou tomando banho.- falou me encarando e fazendo biquinho.

-Eu sei, mais quando estiver brincando você não pode fazer essa bagunça toda.- disse e ele abaixou a cabeça.

-Me desculpa papai...- falou se olhar para mim.

-Ta tudo bem.- falei o pegando no braço e o enrolando na toalha.- mais não faça isso de no esta bem.- falei e ele deu um sorriso acenando com a cabeça como um Ok, e logo em seguida, encostando a cabeça em meu peito.

-Agora vamos se vestir para tomar café, e assistir aquele desenho que você tanto gosta?.- falei sorridente.

-Vamos!.- falou animado, e apos isso, sai do banheiro. Depois de vestir ele e tomarmos nosso café, o deixei deitado no sofa, e coloquei no programa infantil que ele gosta de assisti, enquanto ele assistia, fui lavar a louça. Mais de repente, as luzes da casa se apagaram e Miyako gritou em pânico, e ao olhar para direção da sala, vi a televisão ligada com uma pessoa nela, que sorria macabramente para Miyako e para mim, sai deixando tudo onde estava e peguei Miyako rapidamente no colo e encarando a televisão.

-VOCÊS SÃO MEUS!, TODOS MEUS!.- falou a figura macabra através da televisão com tom de voz alto e meio falho e rindo malignamente.

-NOS DEIXE EM PAZ!.- gritei e a figura macabra sumiu da televisão e a luz voltou. Olhei para Miyako que estava em estado de choque, e o abracei fortemente. Eu preciso de ajuda o mais rápido possível. Tirei meu celular do bolso da minha causa e liguei para Dazai mais o mesmo estava em um lugar fora de área, então teria que ligar para Kyouka ou para Kunikida. Tentei ligar para Kunikida, mais não tive sorte, então liguei para Kyouka que também não atendia. Olhei para meu celular e vi que estava sem sinal. E agora?, oque irei fazer?!, só me resta uma coisa a se fazer. Procurar por Akutagawa, ele é minha única esperança, mais eu terei que tomar cuidado, oque quer que seja essa coisa deve esta nos seguindo. Fui no quarto, com Miyako chorando em meus braços, peguei um casaco para mim, depois fui para o quarto de Miyako e peguei um casaco para ele. Apos isso sai do apartamento, o trancando e guardando a chave e fui a procura de Akutagawa. Não sei ao certo se ele ainda pode esta indo para onde ia-mos, mais é lá que irei o procurar. Cheguei em uma cafeteria que costumávamos ir bastante, e pra minha sorte, ele estava lá. Então, rapidamente fui ate ele, e ao me ver, parou de ler seu livro e levou sua atenção para mim.

-Akutagawa me ajuda você é minha única esperança!.- falei nervosamente e o mesmo me mandou sentar e contar oque aconteceu.

-Eu literalmente não sei como explicar oque eu vi, era uma pessoa, não dava pra ver que era e ela fez a luzes da minha casa se apagarem, e logo em seguida apareceu na televisão e disse vocês são meus, todos meus...e apos isso eu gritei e mandei nos deixar em paz, as luzes voltaram e a pessoa sumiu.- falei nervosamente e ele segurou minha mão e sentiu a frieza que vinha dela, e logo continuei.- e eu tenho a impressão deque essa coisa esta nos seguindo.- terminei e logo em seguida o encarei e logo perguntei.- você viu a notícia de hoje a noite?.- perguntei e ele respondeu com um sim.

-Você não acha que pode ser essa coisa que esta atrás de vocês, não é?.- perguntou.

-Não tenho certeza, mais senti uma ligação muito estranha com essa coisa, como se ela fosse como eu, você entende?.- falei e ele apenas concordava.

-Mais não se preocupe, enquanto eu estiver com você, nada vai fazer mal algum a vocês, eu prometo.- falou e eu dei um pequeno sorriso, e logo observei Miyako dormindo em meus braços.

Minutos depois, Akutagawa me levou para seu apartamento, e ao chegar lá, vi Ryūno fazendo sua tarefa de casa com a ajuda de sua tia, Gin. A criança de cabelos pretos ao senti minha presença e a de Miyako, logo perguntou o por que de estarmos ali, e logo Akutagawa explicou tudo, ele não gostou muito da ideia de passarmos a noite em sua casa, mais teve que concordar.
Alguns minutos depois, Miyako acordou, e logo Gin o levou junto com Ryūno para a sala ao lado, para eles brincarem, e termos um pouco de privacidade, já que akutagawa já havia a contado sobre nossa relação, não posso dizer que ainda estamos namorando, mais acho que não vai demorar muito pra isso acontecer. Passamos minutos conversando ate que Gin apareceu com Ryūno e Miyako nos braços, e os lavando para o quarto de Ryūno, e logo Akutagawa me levou consigo para seu quarto, me deitei na grande cama de casal, que era bastante confortável e logo caímos no sono.

(...)

-Suma daqui seu imprestável!.- disse um dos organizadores do orfanato.

-Se você morresse em alguma vala o mundo seria um lugar melhor!.- falou uma das organizadoras do orfanato.

-Não cuidamos de gente imprestável!.- falou outro organizador do orfanato.

-Aprodeça no inferno!.- disse o Diretor.

-Já basta. . .calem-se!.- falei e logo senti um tapa forte no rosto me fazendo cair.

-Quem você pensa que é para nos calar?!, uma pessoa como você não merece piedade e muito menos uma vida confortável!, merece apodrecer nas ruas!.- falou o diretor do orfanato.

-Chega!, eu já tenho uma boa vida, tenho amigos que me ajudam quando preciso! Eu não sou mais aquela pessoa infeliz que era antes!.- disse e o olhei nos olhos e logo continuei.- E também tenho um filho!, minha razão para continuar vivendo! E ninguém!, nem mesmo você, vai conseguir tirar isso de mim!.- apos falar isso, eu pude ver uma sombra atrás do diretor do orfanato, uma silhueta preta com olhos vermelhos que me fez não conseguir dizer mais nada, e um pensamento estranho mais ao mesmo tempo ruim, surgiu em minha mente. Eu acordei, mais o pensamento não saia de jeito nenhum da minha cabeça, e logo depois, senti o cobertor ser puxado e alguem sussurrar em meu ouvido.

-Shhhhh, isso mesmo, bem quietinho.- falou e eu não conseguia gritar, nem mesmo chamar por socorro, minha voz não saia, tentei ate que um som alto saio pela minha garganta, acordando Akutagawa, que estava muito assustado.

-Oque foi?!.- perguntou, e eu simplesmente o abracei com força e chorando.

-Ele me seguiu Akutagawa!, ele veio atrás de noz!, invadiu meu sonho e falou em meu ouvido enquanto puxava minha coberta!, eu não conseguia gritar nem mesmo chamar por ajuda!. Oque essa coisa quer de mim e do meu filho?!.- falei em meio a lágrimas enquanto Akutagawa me abraçava com força.

-Esta tudo bem, oque quer que seja essa coisa se ela aparecer de novo, vou esta pronto pro que der e vier.- disse, mais eu literalmente não conseguiria dormir de novo, eu tenho que falar sobre isso com o pessoal, urgentemente!.

Continua. . . .

°•Minha razão para viver•°Onde histórias criam vida. Descubra agora