Capítulo 28

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Acordei com Aurora me chamando, nossas aulas de princesa foram canceladas até o término das visitas reais e hoje eu e as meninas, tínhamos mais um monte de coisas para fazer. Me arrumei e pedi para as meninas trazerem o café aqui em cima, não estava a fim de ver Maxon, não por medo de me mandar embora, mas sim por ter certeza de que ele está bravo comigo.

Dassa e Ynês vieram tomar café comigo e na hora do almoço resolvemos descer. Todas as meninas que achavam que eu iria embora me olharam com raiva, a família real ainda não chegou, mas antes de eu me sentar eles chegaram, todos eles. Maxon nem olhou para mim, entendo ele, mas eu estava com medo de contar, afinal meu pai tem rebeldes aqui dentro que contam-lhe tudo o que eu faço.

— Gente ficarei no jardim um pouco — falei para as meninas, que concordaram e foram para seus quartos.

Segui para o jardim direto no salgueiro, não passei pela cortina, mas me sentei atrás dele e fiquei pensando em tudo que está conhecendo na minha vida que nunca foi fácil.

— Oi Bella — uma garota apareceu na minha frente.

Na hora levei um susto enorme, mas depois reconheci minha irmã.

— Alana, o que tá fazendo aqui, se alguém descobrir vão te prender na hora.

— Então se o papai descobrir serei morta.

— Como assim? — perguntei confusa.

— A mamãe me mandou, sem o papai saber — ela respondeu se sentando ao meu lado.

— E pelas suas roupas você está trabalhando aqui, não é?

— Isso mesmo, mas vim para te ver, te conhecer e também para acabar com os planos de nosso pai.

— Que planos ele tem?

— Podemos ir até seu quarto, não é seguro aqui.

— Claro, eu vou primeiro, depois você me segue de longe.

Ela concorda e sai de trás da árvore, olhei em volta e tinha alguns guardas fazendo ronda, mas eles nem prestaram atenção em mim. Procurei meu irmão, mas não achei. Fui para meu quarto e tomei com Beto no corredor.

— Acredito que você tem algumas coisas a explicar. — Pela sua cara sei que não está contente de eu ter escondido as coisas dele.

— Explico depois, chame o Vini e vão para meu quarto.

— Para quê?

— Roberto Alaster Chermont não faça perguntas e me obedeça.

— Tá bom sua mandona, mas eu ainda estou bravo com você.

— Tá, mas vai logo.

Assim que ele saiu voltei a fazer meu caminho, cheguei em meu quarto e encontrei às três arrumando não sei o que.

— Meninas, será que vocês poderiam me deixar sozinha?

— Claro, só terminaremos aqui.

— Depois vocês terminam Adella, vão logo.

— Está bom, já fomos.

Às três saíram juntas, sei que acharam meu comportamento estranho, pois eu nunca pedi para saírem do quarto, mas foram e sei que não vão perguntar nada depois.

Minha irmã chegou logo depois e meus irmãos uns dez minutos atrás dela. Na hora em que viram nós duas eles esfregaram os olhos achando estar vendo coisas.

— Meninos esta é Alana nossa irmã — falei.

— Espera aí, então é verdade mesmo? — Beto perguntou.

— Sim, você não pensou que eu estava mentindo, pensou?

— Não Bella, mas é que é muita loucura, só dá para saber que ela não é você devido aos olhos que são iguais aos nossos, mas de resto vocês são idênticas.

— O que você está fazendo aqui? — Vinicius perguntou.

— Tentando acabar com um plano do papai, ele descobriu que Bella contou ao príncipe e quer sequestrá-la de novo — ela parou por um instante e me olhou — a mamãe tem certeza de que ele quer te matar.

— Como assim, nosso pai não pode ter virado um monstro, Alana me diz que isso é mentira.

— Sinto muito Bella, ele não é mais o homem que te criou, depois que nosso avô morreu ele está bem pior.

— Você sabe quando ele atacará? — Beto perguntou.

— Assim que o príncipe anunciar às duas últimas selecionadas, no dia em que ele vai dirá a todos quem será sua esposa.

— E você pode ficar aqui? — Perguntei.

— Não por muito tempo, os rebeldes que trabalham para nosso pai, não me conhecem, mas sabem que você é filha dele, então se virem que sou parecida com você, podemos ligar os pontos.

— Tá bom, nós voltaremos a fazer nossa ronda — Vini falou e saiu com Beto atrás.

— Alana, você tem que contar para o Maxon.

— Eu não posso Bella é muito arriscado, se o papai souber ele pode mudar de plano.

— Já sei, espera um pouco — peguei um pedaço de papel e na mesma hora as meninas entraram — depois explico, preciso que vocês entreguem este bilhete para o Maxon, e tem que ser hoje. Qual das três vai?

— Eu vou — Aurora se prontificou.

— Ótimo, esse bilhete não pode cair nas mãos de ninguém a não ser do príncipe, entendeu?

— Pode deixar Bella, apenas o príncipe Maxon lerá o que tem nele.

Assim que ela saiu, fui até minhas anotações e peguei o rascunho de um vestido que fiz para a recepção da família real da Itália.

— Preciso que vocês tornem este vestido em realidade, pois vou usá-lo na recepção. — falei entregando-lhes.

— Foi você quem fez? — Esmeralda perguntou.

— Foi.

— Está lindo Bella, pode deixar nós começaremos hoje mesmo — Adella falou, já saindo do quarto com o desenho nas mãos.

— Você vem comigo — peguei minha irmã pelo braço e fomos até o jardim escondido.

Esperamos uns trinta minutos pelo Maxon que não estava com uma cara muito boa.

— O que é tão importante que você tem para me dizer? — Ele pergunta de cabeça abaixada.

— Não verdade não sou eu. — Ele ergue a cabeça e minha irmã seus olhos ficam arregalados e sua boca se abre em forma de O sem emitir um som sequer.

— Maxon está é minha irmã gêmea Alana.

— É um prazer vossa alteza — minha irmã fala fazendo uma reverência.

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