Capítulo 2

796 37 0
                                    

Após chegar em casa, Gisele e eu fomos para o meu quarto que já tem duas camas de solteiro, Vinícius nos deu um beijo de boa noite e disse que vai nos levar para a escola amanhã, pois está de folga e quer conversar conosco. Dormi tão bem, fazia tempos que eu dormia sem ter sonho nenhum. Acordei o despertador tocando cinco e meia, me levantei e fui para o banheiro, fiz minhas higienes e tomei um banho gelado para acordar, aproveitei e lavei o cabelo. Assim que entrei no quarto Gisele já estava acordada me esperando para usar o banheiro.

— Bom dia — falei.

— Booom diaaa — ela falou arrastando a voz de tanto sono.

Me arrumei colocando o uniforme da escola e fiz uma trança de lado em meu cabelo para ele ficar ondulado quando eu for trabalhar. Fiz uma maquiagem leve e esperei Gisele se arrumar para tomarmos café. Assim que chegamos na cozinha o cheiro de ovos com bacon (especialidade do Beto) atingiu meu olfato em cheio. Sentei em frente ao Vini e me servi de suco e torradas.

— O café da manhã está pronto, infelizmente não poderei ficar, meu turno começa em duas horas e eu tenho que ir para não chegar atrasado.

— Está bom Beto, vou te ver de noite, não é? — Perguntei.

— Infelizmente só amanhã maninha.

Ele veio até mim e beijou minha testa fez o mesmo com Gisele e foi para o serviço, olhei para o relógio e vi que ainda falta uma hora para sairmos então comi sem pressa.

— Bem, posso falar com vocês agora? — Vini perguntou e nós balançamos a cabeça positivamente, pois estamos com a boca cheia. — Vocês duas vão ir conosco como nossas acompanhantes no baile de aniversário do príncipe.

Gi e eu olhamos para ele como se estivesse louco, lembro muito bem que esse baile seria restrito.

— Vem cá vocês dois são guardas de confiança do rei ou do príncipe para sempre me levar aos bailes no castelo? Até a Gisele me deixou ir. — Falei, ela me olhou com uma cara feia e eu pedi desculpa com os olhos.

— Bem, na verdade, eu sou amigo do príncipe desde que cheguei ao palácio.

— E você diz isso assim, como se fosse natural — Gisele perguntou.

— A culpa não é minha, agora vamos senão vocês duas vão chegar atrasadas.

Pegamos nossas mochilas e fomos para o carro, além da minha matrícula os meninos também pagam a da Gisele, para ser mais exata o Vinícius paga a minha e o Roberto a da Gisele, Charlotte tem que se virar para conseguir pagar seus luxos e a escolas das outras duas filhas.

Vini nos deixou em frente à escola e foi para casa, entramos e fomos procurar minhas amigas, mas não as achamos em lugar nenhum, então fomos para a sala assim que bateu o sinal, primeira aula de história, primeira prova da semana e a professora mais chata do mundo. Quase dormi enquanto ela explicava como a prova funcionaria, até parece que ninguém sabe.

Fiz a prova em menos de uma hora, Gisele e mais uma garota bolsista terminaram comigo, peguei minha bolsa e sai da sala com a Gisele direto para o refeitório, esperamos as meninas chegarem e fomos pegar o lanche, e voltamos para a nossa mesa.

— Por que vocês estão com essa cara de bravas? — Tina perguntou.

— Descobrimos que o Vinícius é amigo do príncipe, por isso sempre conseguiu me levar aos bailes, e ele nos disse que nós duas temos de ir ao baile da semana que vem como acompanhantes dele e do Beto. — Respondi.

— E você ainda por cima está desanimada, se meu irmão fosse amigo do príncipe eu aproveitaria muito isso.

— Tina, deixa de ser chata, poxa eu não quero ir a esse baile, só irei porque a Gisele nunca foi, sei como isso é importante para você — Falei olhando minha meia-irmã.

Ela me abraçou e encerramos o assunto, terminamos de comer e fomos para as últimas aulas. Assim que bateu o sinal de saída me despedi das meninas e fui com a Gi até a cafeteria que ela trabalha, que fica ao lado da empresa onde eu trabalho. Fui primeiro ao banheiro retocar minha maquiagem trocar de roupa, soltei meu cabelo que ficou exatamente do jeito que eu queria e fui para o elevador, quando as portas estavam se fechando o filho do meu patrão entrou, e subiu comigo, sou secretária do dono da empresa e jóias e pedras preciosas.

— Você é a secretária do meu pai, não? — Ele perguntou.

— Sim — respondi só isso e não olhei para ele.

Assim que as portas do elevador abriram esperei o jovem Brown sair e fui para minha mesa, olhei a agenda de hoje e anotei os recados até umas três da tarde que foi o horário em que o Sr. Brown chegou.

— Algum recado Sta. Chermont? — ele perguntou.

— Sim, o senhor Yong pediu uma videoconferência para amanhã às oito da noite. E o senhor Scott disse que viria trazer o contrato sobre as turmalinas hoje à tarde, mas ainda não apareceu.

— Algo mais?

— Sua esposa ligou e disse que quer falar como senhor, virá daqui a meia hora. E o seu filho está no seu escritório.

Ele passou a mão pelo rosto, agradeceu e saiu.

Continuei a fazer meu serviço, até que o idiota do filho do meu patrão foi embora. Bem nessa hora meu telefone tocou e atendi já sabendo que era da sala do senhor Brown.

— Preciso da sua ajuda para organizar uns papéis.

Concordei e fui até sua sala, vi que tem bastante trabalho para fazermos, e eu claro tinha me esquecido que no início do mês tínhamos que organizar todos os contratos.

Sentei na cadeira à sua frente o ajudei com toda aquela papelada quando deu cinco horas ele saiu para a reunião com o Sr. Matias, já eu fiquei organizando tudo sozinha.

— Onde está meu marido?

— Está em uma reunião a Sra. Brown.

— E o que você está fazendo aqui?

— O que faço sempre desde o início do ano, ou seja, organizando os contratos.

Olhei para a mulher à minha frente e vi a raiva estampada no seu rosto, após ela sair, terminei meu serviço e fui embora, sabia que o Sr. Brown não voltaria para a empresa mesmo.

Seleção - FanficOnde histórias criam vida. Descubra agora