Ele comecou a beijar o corpo de Ash, mas parou ao ouvir a porta da entrada a abrir.
-É melhor fazermos isso depois.
Ash abanou a cabeça ofegante e tentou recuperar-se. Limpou o seu gozo que tinha caído no chão e vestiu-se.
-Devíamos esconder isto da mãe?
-Não sei. Ela está doente, mas ao mesmo tempo não sei. Mas e tu? Não ficaste com ninguém?
-Não... - ash olhou para baixo - A minha mãe fugiu de casa quando tinha 5 anos.
Yan riu e disse:
-Não bobo. Estava a falar de namorar alguém enquanto eu estava no acampamento.
Ash corou de imediato.
-Não. Eu apenas passava os dias com a Anne. Era a única pessoa com quem falava.
Yan ficou com medo de que Anne houvesse contado algo para Ash. Ele temia que Ash pudesse odia-lo se descobrisse que ele tinha algo a ver com a morte do seu pai.
Ash sorriu e perguntou
-Que foi? Porquê que estás com essa cara?
Yan sorriu e fez-lhe um carinho.
-Nada. Só pensativo quanto à minha mãe - beijou-o rapidamente - minhas costas doem. Vou à farmácia para comprar alguns adesivos analgésicos.
-Eu vou contigo! - Ash sorria feito bobo - e não te preocupes. A mãe vai ficar bem.
Ash desceu as escadas entusiasmado.
-Mãe...vou sair com o Yan - sorriu e abraçou-a.
-Ok, mas não voltem tarde.
Yan seguiu-o todo animado.
-Yan - disse ash já fora de casa - podemos dar as mãos? Quer dizer...somos namorados agora, certo?
Yan pensou um pouco, mas concordou esticando a mão para o menor segurar e foram de mãos dadas pelas ruas vazias.
-O quanto gostas de mim Ash?
-Hm...essa pergunta é difícil de responder...eu amo-te demais para pôr tudo em palavras.
Ash sorriu, feliz de estar de mão dadas com Yan.
-Porquê? Não vais dizer que queres deixar-me, pois não?
-Espera aí...O meu presente? Disseste que ías dar-me um quando voltasses.
-Não bobo, não é isso e o teu presente foi estraviado. Tinha comprado uma pulseira de casal contigo...melhor dizendo nossas iniciais. Na verdade, achei que ía demorar um pouco.
-Hm...cá para mim compraste para o ruivo e esqueceste-te de mim.
Ash fez beicinho.
-Na verdade, o ruivo roubou as pulseiras quando eu estava a vir para casa. Aquele esquilinho sorrateiro...Mas se quiseres, peço para ele devolver.
-Não quero... - Ash largou as mãos - Ruivo isto, ruivo aquilo...Não gosto dele. O que viste nele?
Yan abracou-o, tirando-o do chão e beijando o seu pescoço.
-Ele tinha a tua altura e lembrava-me da tua personalidade e pelo jeito é ciumento como tu? - brincou - mas pára com a insegurança. Eu gosto mesmo é de ti, seu bobinho.
-Não me compares mais com ele. Se algum vez ver vocês dois juntos, eu saio de casa, viu? És o meu primeiro namorado. E aquele ruivo foi o teu primeiro namorado, não eu.
Yan interrompeu-o.
-Ele não foi o meu namorado, nós só ficamos algumas vezes. Não entendas as coisas erradas, Ash.
-Não importa...beijaste-o enquanto tratavas-me como um irmão. É normal que me sinta inseguro.
Yan soltou-o e disse:
-Eu sou um nerd feioso. Não te preocupes. Não tens concorrência. Vem comigo. - correu para a loja de conveniência e pegou dois chaveirinhos de panda - Toma, este é teu. - deu-lhe um dos chaveiros - Personalize e dê-me. Eu farei o mesmo com este, será o sinal do nosso amor secreto.
Ele olhou e, ao não ver ninguém, beijou Ash apaixonadamente entre as prateleiras da loja.
-És lindo sabes?
-E tu és um idiota lindo - Ash corou por causa do beijo - quando voltarmos para casa, porquê que não jogamos xadrez com a mãe? Ela sabe jogar, certo?
-Sim, ela sabe sim. Podemos fazer isso, agora preciso de algo para a dor.
-Hm...deve haver algo por aqui, certo? - Ash sorria procurando pelas prateleiras algo que ajudasse Yan - Ah...aqui está...adesivos analgésicos. Precisas de mais alguma coisa, Yan?
Yan adorava esse jeito cuidadoso de Ash. Aos poucos Yan ía colecionando coisas para pôr no seu chaveiro para dar a Ash.Quando os seus pais não estavam em casa é que a coisa mudava de algo fofo para algo intenso e quente.
Yan agarrava Ash com vontade e desejo. Era estranho como sentia que o outro era tão compatível. Os seus corpos encaixavam-se. Preparava-o bem e usavam sempre preservativo. Fazia-o implorar por mais e depois levava-o para o seu quarto para dormir.Faziam duas semanas que os seus pais não lhe davam folga alguma. Eram duas semanas que mal se beijavam e aquilo estava a deixar Yan louco.
Anne avisou-os de uma festinha clandestina na velha fábrica abandonada. O lugar não agradava nenhum dos dois, mas seria um lugar sossegado para poderem aproveitar o tempo juntos.
-Ash queres ir? Podemos nos beijar ou ate mesmo mais lá. O que achas?
-Se queres ir, eu vou também - Ash sorriu - A mãe deixa? Não vai haver problema?
-Vou falar que vamos dormir na casa do Peter, o que não é mentira, poque depois vamos para lá até amanhã.
Yan preparou água, uma sande e colocou num bolsinha com camisinhas e lubrificante, mas quando iam para lá, acabou por esquecer no carro da Anne. A música era alta e estava com tintas florescentes nas paredes e tinha muita gente lá a dançar, bebendo e até mesmo usando drogas.
Yan fez a social enquanto bebia forçadamente uma cerveja e quando teve uma brecha fugiu com Ash para um lugar mais afastado. Era uma antiga sala com o teto destruído, com mesas velhas ali e cadeiras quebradas. Havia uma mesa maior maciça e parecia bem resistente.
Yan colocou Ash ali, deitou-o e tirou as suas calças. Onde Ash estava dava para ver as estrelas por um buraco no teto. Ele fez Ash chupar seus três dedos e depois abaixou-se até às suas pernas, chupando-o e com os dedos molhados de saliva, preparava-o gentilmente e pacientemente. Quando Yan colocou o seu membro foi um pouco mais difícil do que das outras vezes.
-Caralho. Está muito bom...talvez seja a falta de preservativo...e estás a apertar-me com força...agora que estou dentro de ti, diz-me o que queres, Ash? - Yan provocou, admirando o rosto de Ash.
O seu membro pulsava e Yan deu uma leve movida retirando o membro dentro e logo o colocando lentamente.
-Yan... - gemeu - Pára de me provocar e...tu sabes...move-te mais rápido...
Ash desesperava com o desejo por Yan. Agarrou Yan e o puxou para ele, beijando-o e sussurando de seguida:
-Ou vais ficar num estado desses?
Yan não demorou a responde-lo. Não com palavras mas com estocadas fortes que faziam Ash reclinar novamente sobre a mesa. Ele mal conseguia pensar em qualquer coisa e o motivo era como Ash o deixava louco. Diminuia a velocidade em intervalos para poder beija-lo e com uma das mãos estimulava Ash.
O menor era bem mais rápido para chegar ao ápice, mas talvez fosse a sensação mais apurada ou o local meio perigoso de se fazer, mas fez com que Yan chegasse lá sem nem mesmo conseguir avisar, preenchendo o interior de Ash. Como o estrago estava feito, nem pensou em tirar apenas terminou e continuou dentro de Ash até sentir-se sem forcas. As suas mãos apoiadas sobre a mesa olhando para Ash tão exausto quanto ele.
Quando enfim tirou e Ash ficou em pé, pode notar escorrer por entre as pernas o líquido quente que parecia ficar mais espesso enquanto percorria as pernas do mesmo.
-Espera aqui. Vou até lá embaixo buscar alguns guardanapos que vi na grande mesa de bebidas, para te limpar. Desculpa...não devia ter feito dentro, mas estavas muito bom.
Yan arrumou as calças e deixou a sua blusa para que Ash se cobrisse para não ficar nu e foi buscar os guardanapos.
Enquanto Ash estava lá, Peter chegou batendo palmas.
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Dangerous game
RomanceAsh sofre de abusos do seu pai desde que sua mãe desapareceu e, um dia, reparou num folheto de clube de xadrez onde conhece Yan que faz de tudo para ter Ash como melhor amigo, descobrindo o problema do mesmo, ajudando-o da pior forma.