Capítulo 7

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-Atualmente ela tem a guarda legal do Yan. - puxou um porta retrato e tinha uma foto da mãe de Yan e Andreia - Desculpa criança, mas tens certeza que não és filho da Andreia?
Ao ver a fotografia, Ash começou a chorar.
-É...é ela...a minha...a minha mãe. Eu...eu e o yan somos irmãos?
Ash sentiu uma pontada no coração.
Yan entrou todo feliz com uma melancia fatiada.
-Ei avó, Ash vamos comer melancia -  sorriu todo carinhoso para Ash e estendeu um pedaço para que ele comesse.
Ash limpa as lágrimas e olhou-o. Levantou-se e pegou no seu braço.
-Obrigado avó...
Levou Yan para um sítio mais calmo e quieto, fazendo com que Yan deixasse cair o pedaço de melancia no chão. Tirou o anel e o acessório que yan lhe tinha dado e disse:
-Yan...desculpa, mas temos de acabar - olhou o chão, entregando as coisas.
Yan não entendeu nada, apenas sentiu um nó na garganta, uma dor no peito e chorando ele implorou ajoelhado:
-Por favor Ash. Se eu fiz algo de errado,desculpa. Não quis fazer nada de errado. Eu amo-te muito...Não me deixes...
Yan dormiu, chorando aquela noite. No fim, quando voltaram, Yan estava arrasado. Não saiu do quarto pelo tempo do castigo todo.
Ash começou à procura de trabalho e acabou por conseguir num café lá perto. O facto do irmão estar fechado no quarto ajudava o a evitá-lo.
Anne foi atrás de Ash.
-Ash, o que está a acontecer? Yan disse que vocês terminaram. Ele traiu-te ou quê?
-Eu...deixei de gostar dele. Os sentimentos mudam, sabes? - sorriu fraco quase chorando.
Yan, depois de sair do castigo, só para provocar Ash, comecou a ir onde ele trabalhava com raparigas e rapazes.
Ash fingia não se importar e continuava o seu trabalho.
Yan não era o único a aparecer no seu trabalho. Peter também aparecia lá por causa do Ash. Peter ia todo animado.
Ao ver Ash com Peter todo animado, o maior esperou Ash ir à casa de banho e acompanhou-o. Entrou junto com ele e fechou a porta. Beijou-o, encostou-o contra parede e disse, ao ouvido:
-Diz que me odeias, que não sentes falta de mim.
Ele sentia Ash a começar a ficar excitado. Abaixou-se e chupou Ash.
-Pára...eu odeio-te sim. E...eu estou a namorar com o Peter, então deixa-me...
Por mais que Ash dissesse isso, o seu membro pulsava ao sentir a língua de Yan. O membro gotejava dentro da sua boca, mas ele parou ao ouvir que ele estava a namorar o Peter. Limpou a boca e olhou para Ash. Não disse mais nada, apenas um olhar que mostrava tanta tristeza, angústia e dor, que parecia que Yan ía fazer uma besteira. Saiu do local de trabalho de Ash, com pressa que deixa até sua companhia. Foi para casa de Anne e fez uma festa lá.
Yan bebia muito. Ele bebia tequila e vodka como se fosse água.
-Só quero esquece-lo, Anne...Eu fui muito idiota...eu fui um corno completo.
Anne estava preocupada. Ele e o resto do pessoal estavam a jogar verdade ou consequência e o pessoal sabia que eles tinham terminado.
Peter chamou Ash para ir à festa depois do trabalho e quando eles chegaram, Yan estava no telhado de Anne. Ela gritava que desesperada e Yan andava torto, equilibrando-se. Saltou do telhado. Todos ficaram em choque até ouvir o barulho de algo a cair na água. Tinha caído na piscina do vizinho.
Ash, ao ver aquela cena, esperou até Yan voltar e mal o vê, dá-lhe um estalo e puxou-o para o canto, tirando o casaco e cobrindo-o.
-És um idiota...Não faças mais nada do gênero.
Yan empurrou-o afastando-se.
-Porquê? Não finjas que te importas com o que faco. Vai cuidar do Peter. Não somos mais nada Ash. - saiu.
Ash seguiu Yan e agarrou-lhe a mão quando o alcançou.
-Yan...não digas isso. Não importa o que sinto. Nós não podemos continuar a namorar. Nunca deviamos ter começado.
Ash começava a chorar na frente de Yan, que estava muito bêbado e angustiado, dizendo:
-Matei aquele escroto do teu pai, aquele violador. Protegi-te do tarado do Peter. Estou cansado. Eu torno-me num monstro quando se trata de ti e tu ficas com essas lágrimas de crocodilo, falando que não podemos. Eu sei que  não devia ter feito o que fiz, mas mesmo assim eu fiz, porque te queria próximo a mim.
Ash congelou e depois gritou:
-Não podemos namorar porque somos irmãos de verdade. Como...como foste capaz de matar o nosso pai? És um assassino...
Ash saiu a correr para casa. Pegou nas suas coisas e saiu de casa. Ligou a Peter a perguntar se podia ficar na sua casa por uns tempos.

Yan estava em choque, paralisando e de repente sentiu uma forte dor fisgar no topo das suas costas até o final. Era uma dor forte demais que o fez cair de joelhos. Quando conseguiu voltar para casa, discutiu com a sua mãe e também saiu de casa. Estava a sentir-se mal tanto fisicamente como dos sentimentos. Ficou na casa de Anne já que os pais dela nunca estavam em casa.
Preocupada com Yan, mandou mensagem para Ash: “Ash, o Yan está esquisito aqui em casa. Ele está doente mas não quer ir ao médico de jeito nenhum. Ele está bq falar de viajar por aí. Ele está louco. Ele diz que és irmão dele, que a mãe dele e a família mentiram para ele...é serio isso? Vocês nao transaram? Como podem ser irmãos?”
Ash respondeu: "Somos irmãos sim. Por isso é que acabei com ele quando soube, mas ele fez algo horrível. Eu não vou mais falar com o Yan. Não o quero ver mais."
E assim, desligou o telemóvel.
Peter tratava bem o Ash, mas queria a todo custo namorar com ele.
Tempo depois, Peter disse que os seus pais não queriam Ash ali.

Algumas semanas depois, a mãe de Yan apareceu no trabalho de Ash e pediu desculpas.
-Desculpa! Não sabia que eras filho da  Andreia, mas também sempre te vi como um filho...És primo de Yan e ele precisa de um transplante de rim ou ele vai morrer. - ao ver que Ash parecia confuso continuou - O Yan não e teu irmão. Ele discutiu comigo falando essa baboseira. O que a minha mãe não sabe e nunca soube é que eu nunca admiti que Yan é filho de Sofia, minha irmã mais nova, que a minha mãe acha que morreu ou dissemos a ela que ela morreu, mas está num centro psiquiátrico. Não falamos sobre ela, pelo vício dela em drogas e prostituição e não tinha como Yan e vocês serem irmãos. Têm quase a mesma idade e Yan é um milagre que deus me deu. - comecou a chorar muito - ele vai morrer sem rins e sem figado... Sinto-me um mãe horrível e ainda coloquei-te em problemas. Volta para casa, mesmo que não queiras doar o teu rim, fique conosco. És o meu sobrinho, meu filho de coração.
Ela fez-lhe um carinho e abraçou-o.
-Eu não volto para casa. Vou doar o que quiseres sem ele descobrir e vou embora daqui. Desculpa mã...tia...por ti, eu voltava para casa mas quero o Yan longe de mim. Eu vou doar por ti, não por ele. Marque a consulta e depois avisa-me. Pegue - deu-lhe um papel - este é o meu número. Liga quando souberes...
Ash continuou o seu trabalho e conseguiu encontrar um quarto bem pequeno para viver.
A mae de Yan foi a sua fiadora, era um local seguro para viver e de vez em quando fazia algumas marmitas para ele alimentar-se bem.

Yan estava a fazer os exames no hospital. Olhava o telemóvel com o contato de Ash, onde tinha uma foto dele vestido com o uniforme de garçom. Ele escrevia várias coisas mas sempre apagava. Uma das vezes, a enfermeira assustou-o fazendo-o derrubar o telemóvel e enviou: “Sinto tanto a tua falta que as vezes sinto que vou morrer. Sonhei que estavamos bem de novo. Aceito ser apenas teu irmão”.
Como Ash tinha mudado o número, não chegou a receber a msg de Yan.
Ash esforçava-se todos os dias no trabalho, desistindo da faculada para trabalhar mais horas. Tentava evitar falar com a sua tia e tentava não ouvir sobre Yan. Ash ainda estava chateado com ele apesar das saudades de Yan.
Ash acabou por faz a doação sem que Yan soubesse.

Meio ano passou-se e Ash tinha mudado de trabalho e começado a namorar um colega de trabalho, mas iam devagar no relacionamento.
Ligava uma vez por semana à sua tia, logo pela manhã que era quando sabia que Yan não os apanharia a falar e uma vez por mês encontravam-se na pequena casa que Ash tinha comprado.
Yan acabou por fazer a faculdade. Ele estudava duro.
Num dia de chuva, ao correr para voltar ao dormitório da faculdade, viu um rapaz que não percebia que ia ser atropelado. Ele correu e saltou, molhando-se todo, mas salvando-o do atropelamento e sem querer, confundiram as suas bolsas iguais. Yan foi para o dormitório com a bolsa errada.
O jovem chegava em casa, beijando Ash.
-Amor, hoje quase fui atropelado, mas um rapaz salvou-me. Foi assus... merda, acho que peguei a mala dele sem querer.
Na mala havia uma camisola polar, um telemóvel, um caderno e uma carteira. O jovem pegou na carteira. -Yan Haruki. Amanhã vou tentar encontrar-me com ele.

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