Aquele dia acabou sendo tranquilo, Kitana interessou-se pela biblioteca e eles acabaram passando a manhã ali até o almoço, ele gostou muito dos livros e pergaminhos, história, guias de treinamento, meditação. Liu percebeu que aquilo a distraiu, por isso permaneceu ali com ela, sempre respondendo alguma pergunta ocasional que ela tinha sobre alguma palavra, significado, fato histórico.
No almoço ela provou mais alguns pratos diferentes, a maioria saborosos, mas alguns temperos ela achou muito forte ou apimentado, ainda assim lhe traziam a sensação de realidade outra vez.
Na parte da tarde ela observou um pouco as crianças tendo aulas, mas não abertamente, não queria atrapalhá-las, se encantou com aquela dinâmica de sala de aula, aula para mais de uma criança, todos tinham acesso a informação. Depois um pouco do treinamento no pátio, o café da tarde e uma cerimônia de purificação realizada em uma família.
− Como eu posso explicar, estar centrado no torneio dá a alguns como eu certos privilégios, mais escolhas, apesar de toda a responsabilidade que assumi, jamais me achei digno de realizar as cerimônias religiosas. – Liu explicou para Kahn depois que a cerimônia havia acabado e eles caminhavam tranquilamente por aquela parte do templo.
− Entendi. Agora entendo. – Respondeu. – Por isso pode deixar o cabelo crescer e.... – Se calou.
− E? – Curioso.
− Pensar em estar com alguém de forma romântica. – Baixo, sentia o rosto esquentar, observou ele rir.
− Sim, isso também. – Disse a olhando. – Mas obviamente ainda temos que seguir certas regras. – Lembrou.
− Claro, sempre. – Concordou rindo. – Eu gostei do templo, é muito bonito. – Comentou.
− É sim, quem sabe não dá sorte de ver um casamento? Fica muito bonito decorado. − Simples. Ela deu um sorriso leve, ver um casamento típico seria de fato muito bom, se repreendeu com aqueles pensamentos.
Antes do jantar eles se recolheram para os banhos.
− Liu.... – Ele ouviu ela chamar de dentro do banheiro, havia dito que ela podia tomar banho primeiro. – Pode vir aqui, por favor. – Pediu. Ele se encaminhou para o cômodo. Kitana segurou o riso ao ver a expressão dele, ver seu rosto vermelho. Ela estava enrolada em uma toalha, havia se despido, mas só aí se deu conta que não sabia mexer no tal chuveiro.
− Está bem, aconteceu alguma coisa? – Levemente preocupado, reuniu toda sua força para falar, ela era de fato bonita, não havia como negar. Pelo menos aquela sua timidez idiota a fazia sorrir.
− Eu estou, mas não sei como-como mudar para água quente. – Kitana respondeu simples o fitando.
− Ah, é só girar essa chavinha aqui. Esperar um pouco e pronto. – Explicou sorrindo.
− Obrigada. E me desculpe. – Sincera.
− Não precisa se preocupar, eu devia ter me lembrado de lhe explicar. Deixarei você a vontade. – Ele anunciou se afastando, temendo aquele ímpeto de beijá-la, saiu fechando a porta em seguida. Ela ainda ria o achava fofo e ao mesmo tempo se sentia grata pela forma que ele a tratava, sempre gentil e educado, jamais com olhar lascivo. Ela esperou mais um pouco e abriu o chuveiro, aquilo era maravilhoso realmente muito prático, usou os produtos pessoais que havia levado de casa. Depois que saiu o shaolin entrou.
− Liu.... Eu posso pentear seu cabelo? – Pediu ao vê-lo sair do aposento com os cabelos negros molhados.
− Pode, claro. – Simples. Entregou o pente a ela e sentou-se na beira da cama dela, Kitana acabou sorrindo, penteava devagar começando nas pontas dos fios.

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Estilhaços
FanfictionCompletamente deprimida e reclusa depois da última batalha que se sucedeu, Kitana não vê mais esperanças na terra que chama de lar nem em seu povo, por insistência dos amigos ela concorda em passar um tempo no Plano Terreno para espairecer e colocar...