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| Novembro, 2008

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| Novembro, 2008

Choi Sooyun não conseguiu resistir ao acidente. A ambulância chegou tarde demais, seus machucados já não eram mais recuperáveis. Sooyun morreu às 11 horas em ponto daquele sábado de clima seco.

Seu irmão mais novo, Choi Soobin, acordou minutos depois em uma sala tão branca que chegava a doer seus olhos. Piscou duas vezes para acostumar-se com a luminosidade e perceber que estava em uma sala de hospital. Uma única enfermeira o fazia companhia.

— Você acordou? Está se sentindo bem? — A mulher parecia jovem, um pouco inexperiente devido ao leve nervosismo.

De repente, Soobin sente uma forte dor espalhar-se por seu braço, até seu pescoço. O garoto encolhe seu corpo, e sua respiração pesa. A enfermeira se aproxima, mexendo nos aparelhos os quais Soobin não conseguia identificar.

— Onde... — Tentou pronunciar-se, mas era difícil com seu corpo ardendo fortemente. — Onde está minha mãe?

A mais velha ficou um pouco em silêncio, não sabendo exatamente como responder. Ela sabia onde a sra. Choi Areum estava, mas sabia que não podia chamá-la.

— Ela... Já vem. — Sorriu forçado, na tentativa de trazer conforto a criança na maca.

Soobin sente sua dor aliviar aos poucos, e finalmente tornar-se tolerável. Não tinha a menor ideia de como havia parado ali, suas memórias estavam completamente borradas. O pouco que lembrava não vinha como imagens, somente como sensações. Confiando na sua jovem enfermeira, não contestou mais nada, e decidiu esperar pacientemente que sua mãe viesse o procurar.

— Senhorita...— Falou baixinho, com os olhos grudados na mulher que mexia nos equipamentos médicos.

— Moon Jimin. — Ela usa a mão vaga para segurar a pequena plaquinha prateada com seu nome. — Enfermeira Moon Jimin.

— Senhorita Moon... Posso ir ao banheiro? — A voz de Soobin soava tímida comparada a da mais velha.

— Claro, podemos aproveitar e trocar as suas bandagens, o que acha? — Respondeu simpática, com um leve sorriso nos lábios.

O garoto desvia o olhar, meio envergonhado. Não tinha muito jeito para falar com estranhos.

— Tudo bem...

Jimin o desprende do soro que estava tomando e tenta ajudar o menor a dirigir-se ao banheiro da sala de hospital, no entanto Soobin insiste em caminhar sozinho. Se sentia meio fraco, mas suas pernas estavam bem comparadas ao seu braço direito, que não parava de arder.

Soobin faz suas necessidades sozinho, e depois se lavar as mãos, abre a porta para que a enfermeira faça o que sugeriu. De frente para o espelho, percebeu o quão longe o curativo chegava: toda a parte direita de seu pescoço estava coberta, e descia até o seu cotovelo. Também estava pálido, com alguns cortes em sua pele, em contraste. Jimin delicadamente retira as bandagens, começando pelo braço, até chegar no pescoço.

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