As memórias de Huening

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Beomgyu assustou as enfermeiras do lado de fora quando deixou o quarto de Yeonjun tão rápido, mas elas nada questionaram

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Beomgyu assustou as enfermeiras do lado de fora quando deixou o quarto de Yeonjun tão rápido, mas elas nada questionaram. Jihyun abaixou o olhar, pois já sabia do que se tratava, mesmo que não tivesse avisado antes. O garoto, já com as pernas tremendo depois de seu breve momento de adrenalina, caminhou até a porta que conhecia estupidamente bem. Já havia visitado aquela sala tantas vezes pela mesma pessoa que só faltavam colocar uma plaquinha com o nome...

Huening Kai. No primeiro momento, o quarto estava vazio. Por um momento, considerou a possibilidade de que tivesse entendido a situação de forma errada e conseguiu sorrir. Infelizmente, não era aquele o caso. Vindo de trás da maca, ouviu uma tosse.

— Kai! — gritou, enquanto corria na direção do barulho e arregalou os olhos ao ver Huening sentado no chão, com manchas de sangue pelo chão e em seu uniforme. — Kai... Por que você tentou sair da cama?

— Beomgyu... — Kai levantou o olhar, cobrindo a boca com uma das mãos, que também estava coberta de sangue.

Beomgyu suspirou fundo, engolindo as lágrimas. Não podia desabar naquele momento.

— Venha, eu te ajudo a subir de volta. — Colocou o braço ao redor da cintura de Huening.

Com a pouca força que lhe restava, Huening tentou empurrar Beomgyu, sem sucesso.

— Não precisa, eu... — Ameaçou tossir novamente, mas conseguiu conter-se. — Preciso sair daqui.

Não conseguia acreditar no que estava ouvindo. Como Huening conseguia ainda pensar em sair da enfermaria naquele estado? Ele não iria aguentar nem um minuto. Com tais pensamentos, Beomgyu não conseguiu mais segurar suas lágrimas. Começou a chorar desesperadamente, chegou a soluçar. Huening o observou em silêncio. Não podia comentar nada, não era uma situação surpreendente. Depois de tantos anos sem comentar nada... Era apenas a reação esperada.

— Você sabe o quanto eu me preocupei?! — gritava, pouco importando-se se alguém iria ouvir. — Você tem noção do quanto eu chorei quando avisaram que você não voltaria? — Beomgyu apertou o braço de Kai, tentando conter as lágrimas que desciam descontroladamente.

— Desculpa... — murmurou e Beomgyu só conseguiu sentir a raiva subir

— Você acha que "desculpas" vão bastar agora? Como você pode sumir assim do nada? E ainda aparecer nas piores condições possíveis... — Sua voz começou a baixar assim que sentiu algo reconfortante em seus braços.

Huening abraçou o amigo, apertando-o o mais forte que conseguia. Beomgyu, devagar, levantou os braços para retribuir o gesto. Por mais frustração que sentisse, sentir aquele calor novamente era reconfortante. Kai sempre deu os melhores abraços e Beomgyu sentiu falta deles. Muita falta.

— Eu precisava... Resolver algumas coisas — falou baixinho e apertou o amigo com ainda mais força.

A história de Huening Kai e Beomgyu não era nada nova, ou simples. No entanto, era cheia de mentiras mal contadas e verdades dolorosas de dois opostos de Gakuen Alice.

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