[Concluída] Gakuen Alice nunca fora dedicada a gênios, ou melhor, nunca somente a eles, mas não era essa a única verdade escondida da população comum. De baixo das aparências impecáveis, sobrava apenas uma escola com crianças extraordinárias e inten...
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Soobin batia os dedos na mesa e o pé no chão. Seu olhar ia da cadeira de Yeonjun para o relógio da sala a cada segundo. Beomgyu, sentado ao seu lado, o encarava de soslaio. Era tão óbvio que algo estava o irritando, parecia estar implorando para ser questionado sobre.
— Soobin. O que aconteceu?
— É, só... — Pensou sobre falar da promessa que Yeonjun havia feito na noite anterior, mas não queria compartilhar aquilo. Sabia que Beomgyu nunca os denunciaria, porém, ainda seria estranho explicar a situação. — O Yeonjun não veio...
— Ele não vem há quase uma semana.
— Eu sei... Mas... — Encarava o relógio, ansioso. Faltava pouco tempo para a aula começar, até Taeyeon já estava em sala. — Estranho, né?
A porta abriu brutalmente, chamando a atenção de todos os alunos presentes. Yeonjun, apoiado em seus joelhos e com a respiração ofegante, estava logo atrás. Os murmúrios se espalharam pela classe, os quais Soobin já não sabia distinguir, pois não se importava. Seu sorriso abriu no mesmo momento em que o viu e pode sentir o olhar de Yeonjun na sua direção.
— Ué? Por que ele está com todos esses curativos no rosto? — Beomgyu perguntou, em um tom engraçado. — Achei que ele queria manter a fama de badboy.
O rosto de Soobin avermelhou-se. Será que havia exagerado? Talvez um curativo para cada corte tenha sido demais, mas estava preocupado.
— Ele só se machucou, nada demais... — Tentou dar uma justificativa, mas Beomgyu apenas riu.
— Não é novidade ele se machucar. Ele só nunca se importou o bastante para cobrir com alguma coisa.
Soobin encarou Yeonjun, pensando se ele estaria com raiva daqueles band-aids, mas ele parecia pouco se importar e ainda continuava com a sua expressão durona. Se quisesse, poderia tê-los retirado quando chegou ao próprio quarto, mas deixou os curativos que Soobin fez onde estavam. Isso, inconscientemente, o fez sorrir.
Taeyeon encarava Yeonjun com uma cara feia, mas estava relutante em repreendê-lo na frente de toda a sala, então começou a sua aula, porém não conseguiu mantê-la por muito tempo antes de ser interrompida.
— Beomgyu, aliás, onde está o Taehyun? — questionou baixinho. — Ele veio comigo de manhã, mas de repente ele sumiu.
— Deve ser coisa do conselho... Eles andam se encontrando bastante — respondeu com pouco interesse. — Acho que eu estava certo.
A porta da sala foi aberta novamente, agora por um grupo pequeno de alunos, dos quais Soobin podia reconhecer três.
— Professora Taeyeon, com licença, podemos fazer um anúncio? — perguntou a voz agradável de Nabi.
— Ah, claro. Fiquem à vontade, já imagino o que seja. Taeyeon afastou-se, ficando de lado, e o trio subiu no pequeno palquinho. Os três eram Taehyun, Nabi, e uma garota meio melancólica. Soobin não estava entendendo o que estava acontecendo.
