Destino

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Rafa Kalimann
28 de novembro, 2018

Acho que o tal destino não quis nos ver juntas, não sei se por eu querer tanto encontrar aqueles cabelos loiros e olhos castanhos que brilham cada vez mais, ou porque o nosso único encontro foi apenas uma extrema coincidência. E talvez ela nem pense em mim como eu penso nela, talvez ela não tenha sentido as enormes vibrações do meu corpo quando nossos olhos se encontravam ou quando nosso abraço se encaixava. Tudo isso me deixa perturbada só de pensar, não é possível eu ter sentido tudo isso uma única vez em um único dia por uma única pessoa. Por conta desses sentimento eu acredito que o destino deveria juntar a gente novamente, é quase uma obrigação dele fazer isso, e senão for obrigação dele ou se simplesmente não estiver nos seus planos... talvez, só talvez, eu estaria pronta para mudar o percurso do mesmo. Mas enquanto essa grande coragem não chega eu fico aqui esperando esse tal destino me fazer tombar com ela pela Avenida Paulista, ou quem sabe em uma fila do banco.

Por coincidência na Paulista- falei vendo um outdoor da Manu, era para uma marca de roupa.
Ficou linda a nova coleção dela, autêntica.- Gizelly notou minha atenção para o outdoor
— Não esperava menos que isso dela.- neguei com a cabeça a frase que soltei.
Essa sua aflição melhoraria se você assumisse que gostou dela logo, e mandasse uma mensagem. - Gizelly soltou e eu encarei o lindo céu azul.
Gizelly, você já está me estressando com esse assunto. Troca o disco vai.
— Se é isso que você quer, mas não esquece que tem mais de um mês que você fica abrindo e fechando esse Instagram dela, Twitter...- parou no semáforo que estava fechado.
- Gizelly eu já pedi para parar de tocar nesse assunto, quanta chatice.
— Tá desculpa, invadi seu espaço pessoal né?- falou e eu senti arrependimento em sua fala.
— Invadiu bastante. Amiga, deixa que dos meus sentimentos cuido eu. Eu sei o que fazer, não precisa ficar me lembrando. Eu não vou mandar mensagem pra ela, se for para a gente se encontrar novamente que seja natural.
— Então você quer se encontrar com a Gavassi?- ela perguntou com um sorriso imenso
— Se eu disser que não quero...- pausei- estarei mentindo, quero muito encontrar ela novamente.
— Acho uma mensagem no direct dela não faz mal algum.- ela disse como se não quisesse nada dando partida no carro.
— Se ela quisesse conversar comigo, teria pego meu número - retruquei com o mesmo tom debochado
— Ou talvez ela só não tenha tido uma oportunidade para isso, nem todos são como você Rafa. E por que VOCÊ não pegou o número dela?
— Não queria passar a impressão de louca. Até porque eu falei que já fui fã dela.
— Ah claro Rafaella, ela ia pensar muito "nossa que menina louca, obcecada por mim" pelo amor de Deus né. Ela perguntou bastante de você enquanto desfilava.
—Sei lá. Se for pra ser vamos nos encontra quando menos esperar.
— Quanta burocracia Rafa, você chega a ser chata as vezes.
— Gizelly, e SE ela não sentir nada como eu penso que sinto por ela. Esse é meu medo de mandar um "oi, manu. Tudo bem? Então queria falar que estou extremamente entregue a você desde quando te vi cantar" - fiz aspas com as mãos enquanto encenava para minha amiga.
— se você me mandasse isso, eu ficaria no mínimo com medo- ela riu
— Claro que não vou fazer isso Gi. Ela ficaria no mínimo assustada. Enfim...
— Talvez a gente consiga saber onde ela está, iríamos até ela e vocês se esbarram por coincidência.
— Credo, Gizelly. Tá assistindo muito You.  Muito cedo para tanta imaginação.- ela estacionou o carro e saímos
— Seu único defeito Rafa, é que você pensa muito. Se não fosse isso, você seria perfeita
— Perfeita não teria graça. Vamos logo estou morrendo de fome.
— Ok então, vamos esperar esse Destino agir do jeito dele.- ela falou resmungando.
Ao entrar no estabelecimento senti um grande impacto em meus ombros, uma menina morena. Tem traços que eu juraria ter encontrado em algum lugar, porém não me recordava de quem . Um semelhança familiar, não que eu ha conheça, não sei explicar direito.
MEU DEUS DESCULPA- a garota falou um tanto quanto assustada passando a mão onde doía- eu me distrai olhando minha irmã pagar, e vim saindo olhando ela. Não vi vocês, perdão- ela parecia bem assustada
Tá tudo bem, acontece. Foi só um esbarrão, um pouco forte. Mas Tá tudo bem. - falei tentando acalmar a menina que parecia totalmente avoada.
Bom dia- Gizelly riu do desespero da menina- andar distraída na porta do estabelecimento não é tão inteligente.
— É, eu não indicaria...Já vou indo, Bom dia.
— Bom di...- quando eu iria terminar minha frase senti um arrepio por meu corpo. Aquela voz que tanto mexe comigo estava presente, sentia meu coração acelerar cada vez mais.
Rafa?- Manu me olhou sorrindo, aquele sorriso era tudo pra mim- Meu Deus quanto tempo- ela me abraçou de imediato, tudo que eu queria saber era se ela sentia a mesma intensidade que eu.- Gizelly, meu Deus.- Ela falou dando uma abraço em Gi também.
Esse tal destino é bom mesmo em, nunca mais duvido- ela disse fazendo menção nossa última conversa. E eu a cutuquei
Manu, caramba que surpresa te encontrar aqui- falei e eu realmente estava surpresa, aposto que minhas pupilas estavam extremamente dilatadas.
Pelo jeito já conhecem minha irmã, essa é Catarina. Cat, essas são Rafa e Gizelly.
— Bom, então eu devo te agradecer pela nossa esbarrada, Catarina.- pisquei para a garota ela aparenta ter uns 23 anos.
— Talvez a Manu agradeça mais- a garota falou sorrindo- Então essa é a Rafa?
— Sim, Rafa e Gizelly- vi Manu lançar um olhar para Catarina que ria da mesma.
— Falando de nós?- Gizelly perguntou curiosa, ela não da ponto sem nó.
— Talvez um pouco- Manu falou e senti meu olhar se encaixar no dela. 
— Estamos indo tomar café, querem nos acompanhar? - perguntei rezando para elas aceitarem ou não, até porque o tanto que meu coração está batendo acelerado olhando para Manu, eu poderia ter certeza que ele erraria as batidas a qualquer minuto
— Eu adoraria- Manu falou sorrindo mas logo seu sorriso desfez lembrando de algo- mas tenho que levar Catarina na faculdade.
— É a primeira vez que eu fico extremamente sem graça de estragar seus planos, Nena- Catarina falou baixo mas consegui escutar. — Meu carro quebrou indo para faculdade, tive que vir até aqui estragar o café da manhã da minha irmãzinha e de meu pai.
— Tá Tudo bem, a gente entende- estava xingando em meus pensamentos "merda" "merda", por que não cheguei mais cedo? Engarrafamento de São Paulo ainda me paga um dia.
— Quem sabe... a gente não marque um café da manhã. Ou outra coisa né?- Manu falou me olhando.
— Estarei esperando o convite- pisquei pra a mesma. Que abriu um sorriso, creio que involuntário. Ri em meus pensamentos por isso.
— Então até mais meninas, foi um prazer conhecê-las, Rafa, mais uma vez: Desculpas.
— Sem problemas, foi um esbarrão positivo- encarei Manu.- até mais. - Manu mandou um beijo no ar e foi saindo com sua irmã.
— Que destino danado esse né. Se não foi um sinal, eu não sei qual mais você quer mais.- Gizelly falou me puxando para dentro do restaurante.

Posso considerar que meu dia começou ótimo né? Não que ele gire em torno da Manu. Mas por mais de um mês quis esbarrar com ela, encontrar aquele sorriso lindo, encaixar nossos abraços novamente que não fazia ideia de como é nem onde iria encontrá-la novamente. Foi de uma forma que eu nunca imaginei, na porta de uma boutique as 9 a.m. Se eu tinha alguma dúvida que sentia algo por ela, essa dívida havia caído por terra assim que escutei sua voz, e senti a reação do meu corpo.

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Boa noite!🤍
Perdão pela demora, perdi essa capítulo três vezes. Antes tarde do que nunca, né?

Me contem, o que acharam do novo cabelo da MALU GABATTI?? Kkkkk
Beijos!!

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