"Apenas ele sabe,
aquele que vagou por diversos lugares
e tem viajado para longe,
qual é o pensamento
que impulsiona todo homem;
é inteligente aquele que sabe disso."— HÁVAMÁL (Os Ditos de Hár)
HAVIAM DUAS ILHAS LOCALIZADAS NO MAR entre o Reino da Noruega e a Islândia: Stór Eyja, a grande ilha, e Litla Eyja, a pequena ilha.
Enquanto Litla Eyja era formada apenas por um reino, em Stór Eyja três reinos dividiam espaço em suas amplas terras atualmente: Astana (composta por Asteria e Gralana, que se uniram com o casamentos de meus pais), Samantia, e Carmago, que era o maior em extensão territorial. Apesar de Stór Eyja estar localizada na região nórdica e seus habitantes dividirem a mesma origem, cultura e idioma dos povos que quatrocentos anos atrás ficaram conhecidos como Vikings e Bárbaros, há muito tempo os nomes nativos dos reinos foram esquecidos, e passaram a ser chamados por nomes latinizados, por conta do contato com o Império Romano que se deu por volta de 104 d.C.
Por volta de 104 d.C., o imperador Caesar Nerva Trajanus decidiu promover um novo ataque à Germânia, como uma espécie de vingança pela Batalha de Teutoburg, que ocorrera 95 anos antes, onde três legiões romanas foram arrasadas, destruindo de vez qualquer pretensão de conquista do Império Romano sobre a Germânia.
Já estando estabelecidos na região centro-sul da Grã-Bretanha (chamada Britannia, em latim), os romanos seguiram em direção nordeste pelo mar, chegando em Stór Eyja que começava a expandir suas relações comerciais com as terras continentais além da Noruega, Suécia e Dinamarca (pois já mantinha relações com essas três). A intenção era dominar Stór Eyja, conseguindo escravos e guerreiros (que também os romanos consideravam bárbaros), e ter uma posição estratégica para cercar a Germânia e futuramente realizar um ataque por mar e por terra.
Porém, pela força os romanos não conseguiram dominar a grande ilha. Os quatro reis e seus respectivos reinos em Stór Eyja tinham pacto de paz e amizade, e se uniram contra os invasores; eles não tinham as técnicas militares avançadas do Império Romano, mas tinham a ferocidade do norte em suas veias, além do conhecimento geográfico de toda a ilha — o que era uma grande vantagem.
Os romanos foram forçados a fazer um acordo.
Em troca de passagem segura pela ilha, além de mantimentos, os romanos ofereceram aos quatro reis estratégias e técnicas militares, conhecimento, e muito ouro. Assim teve início o contato mais "amigável" entre o Império Romano e Stór Eyja, pela troca de conhecimento sobre matemática, administração, e construção (principalmente de estradas e casas), que foram aperfeiçoados pelos povos da grande ilha conforme os anos foram passando.
A partir da ilha, os romanos atacaram a Germânia pelo mar, enquanto outras legiões atacavam por terra; era sabido que um ataque por terra e outro por mar iria desestabilizar a união das tribos germânicas, afinal: um líder da tribo do norte não iria querer se unir ao oeste enquanto suas terras eram invadidas e seu povo morto.
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A Rainha de Ferro
General Fiction"VIDA LONGA À RAINHA!" Essas foram as palavras gritadas quando uma mulher de 23 anos subiu ao trono de Astana, o reino mais poderoso de Stór Eyja. Diante dela, não apenas o desafio de ser uma governante jovem em um mundo dominado por homens, mas tam...