Capítulo 5

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Flashback on

Gizelly estava rindo de alguma besteira que Pyong tinha lhe falado. As covinhas em suas bochechas apareciam. Uma lágrima se formou em seus olhos e ela tirou rapidamente o óculos de graus e limpou o canto do olho. Ela estava completando seu processo quando uma coisa lhe chamou atenção. Uma linda loira descia as escadas que dava acesso ao corredor onde ela se encontrava. Seus cabelos balançavam conforme cada degrau ela descia. Ela parecia flutuar. A luz que escapava por uma janela lhe dava um ar parecido com a de um anjo. Gizelly estava hipnotizada com a beleza daquela menina.

—Quem é ela?! - Gizelly perguntou de forma abobalhada olhando para Rafa, que parecia está muito concentrada ao seu celular.

—Rafa Kalimann, segundo ano de medicina. – Pyong falou observando Rafa também. – Ah, mas nem adianta babar. Ela é tipo de menina que nunca olhará para nós esquisitos de exatas. Acho que ela só pisa no chão, porque não consegue voar.

Pyong falou dando os ombros e Gizelly olhou para seu tênis. Quebrando totalmente o contato visual com a loira. Se sentindo ridícula por imagina ter alguma coisa com aquela mulher.

Mas , o que Gizelly não sabia , era que desde o topo da escada Rafa tinha ficado encantada com o sorriso e o jeito atrapalhado de Gizelly. E que usou de fachada o celular, para não dar tanta bandeira. Rafa cruzou por ela e pelo asiático. E ficou decepcionada ao notar que durante todo esse trajeto, Gizelly ficou de cabeça baixa, de forma conformada.

Flashback off.

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Gizelly acordou sobressaltada. Ela estava suada e com sede. Olhou para os lados e encontrou seus filhos dormindo próximo. Ainda era de tarde. O sol estava lá no alto. Ela e o grupo tinham encontrado um abrigo dentro de um hotel. Conseguiram achar algumas garrafas de água e pouca comida que não tinha ficado estragada. Observou no canto do cômodo, que Mari e sua esposa Bia estavam dormindo abraçadas. Todos pareciam exaustos, mas Gizelly não conseguia relaxar. Sua mente lhe levava sempre a Rafa e a Rafael, e munindo –se desse pensamento, resolveu se levantar e ir até Mari e lhe pedir para tomar de conta de seus filhos, enquanto ela iria procurar sua esposa e seu filho mais velho.

—Mari! Mari?! – Gizelly chamou tocando o ombro levemente da outra mulher. E a mesma foi abrindo os olhos lentamente.

—Oi Gizelly. Aconteceu algo?! – Mari perguntou esfregando os olhos.

—Não, apenas queria que vocês olhassem as crianças enquanto eu vou lá fora procurar minha esposa e meu filho mais velho. – Gizelly pediu.

—Você acha que isso é uma boa ideia?! – Mari perguntou seria. – Pode ser perigoso.

—Eu preciso fazer isso. – Gizelly falou de forma quebrada.

—Tudo bem, vou ficar lá perto deles junto com Bia, pode ir. – Mari falou.

—Obrigada. – Gizelly agradeceu de forma sincera.

—Não a de que. – Mari falou e observou Gizelly ir onde estava cada filho e lhe beijar a testa. – Ei Gizelly. – Mari a chamou antes de cruzar a porta improvisada.

—Oi! - Gizelly.

—Toma cuidado. – Mari pediu e Gizelly apenas assentiu com a cabeça e saiu.

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Flashback on

Rafa estava ficando agoniada. Desde o momento que cruzou aquele corredor, não conseguia tirar da cabeça o sorriso daquela garota. Era algo insano ,porem inevitável. E para completar seu desespero, toda vez que via a garota de longe ou ela evitava os olhares ou ia em direção oposta. Rafa não estava acostumada com esse tipo de desprezo. Todos se curvavam ou faltavam lamber o chão quando ela passava. Mas, algo naquela garota fazia com que seu coração batesse mais forte. E um desejo de conhece – lá melhor crescia dentro si. E isso era assustador, pois se olhasse de relance para tal garota, não veria nada além de uma nerd.

O IMPOSSÍVEL (Girafa)Onde histórias criam vida. Descubra agora