Capítulo 7

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Rafael corria de volta ao hospital, aliviado. Mas, ao chegar ao setor aonde Rafa se encontrava, seu coração goze como se uma faca tivesse atravessado. Sua mãe não estava lá. A maca vazia continha o prontuário com o Nome Rafa Kaliman Bicalho, mas se encontrava vazia.

—Cadê minha mãe ?! - Rafael perguntou mais para si, sentindo seus lhos encherem de lagrimas.

**

O desespero atingiu Rafael. Ele não conhecia ninguém ali. Não entendia nada do que aquelas pessoas falavam.

—MÃEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE. - Rafael gritou. - Mãeeeeeeeeee, onde a senhora estar. Mãe, por favor. –Rafael chamava chorando, preferência atenção de todos.

Ate que dois enfermeiros se aproximaram na cama aonde Rafa se encontrava e estavam preste a colocar outro paciente quando Rafael impediu.

—NÃO. – Rafael tentava empurrar a maca. – Não o coloque aqui. NÃO. – Rafael gritava quando um enfermeiro lhe empurrou e colocou outra paciente na cama de Rafa. – Me solta, esta é a cama de minha mãe. Cai fora. Sai daqui, me deixa. – Rafael gritava, tentando se soltar.

—Solta ele. – A mulher falou e Rafael se voltou para moça. – Calma rapaz. O que aconteceu?!

—Minha mãe estava aqui. –Rafael apontou para a cama já ocupada por outra pessoa e ele pegou a ficha dela. – Rafael apontou para um enfermeiro.

A mulher pediu a ficha usando do idioma nativo e o enfermeiro entregou a prancheta. Ela deu uma olhada brevemente e depois se abaixou para ficar da altura dos olhos do garoto.

—Olha,você precisa vir comigo.Esta bem?! – A loira perguntou tocando o braço do garoto. – Esta legal?! -Ela perguntava e Rafael assentiu com a cabeça enquanto chorava.

***

Rafael foi levado para uma tenda improvisada, aonde se encontravam varias crianças e pré-adolescentes. Ele observava de longe a mulher que o levou ate ali, conversar com uma "recepcionista" do local.

A loira se aproximou de Rafael de forma cautelosa, avaliando suas ações e proporcionando que ele se sentisse a vontade com sua presença. Ela se agachou próxima dele e perguntou.

—Qual é seu nome?! – A loiraperguntou, mas, Rafael não respondeu. – Eu me chamo Gabriela Martins. Sou assistente social daqui. Preciso saber seu nome.

—Me chamo Rafael Kalimann Bicalho. – Rafael respondeu depois de um tempo.

—Onde vocês estavam hospedados?! – Gabi perguntou com calma.

—Em um resort recém inaugurado em KHAO , não me recordo o nome. – Rafael.

—Tinha mais alguém viajando com vocês?! – Gabi perguntou, mas Rafael soluçou recomeçando a chorar. – Rafael?! – Gabi passou as mãos nas costas de Rafael, lhe dando certo conforto.

—Minha outra mãe, e meus dois irmãozinhos. – Rafael falou entre choro.

—Você teve algumas noticias deles?! – Gabi perguntou e Rafael acenou negativamente. – Tem alguém para que eu possa ligar?!

—Minha avó Genilda, meu avô Osmir e minha abuela Marcia. – Rafael falou. – Eles passaram o natal juntos, mas eu não lembro o telefone deles.

Gabi terminou de fazer a ficha dele e colou em um adesivo com seu nome no seu peito, para lhe identificar. Abriu varias vezes a boca para lhe dar alguma palavra de conformação para aquele menino assustado, mas não conseguiu dizer nada. Acariciou-lhe a bochecha e saiu. Deixando para trás, Rafael chorando encolhido, enquanto abraçava suas pernas.

O IMPOSSÍVEL (Girafa)Onde histórias criam vida. Descubra agora