Capítulo 5

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— Gerard — a minha voz faz o gigante cabeludo parar, mas ele não me olha

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— Gerard — a minha voz faz o gigante cabeludo parar, mas ele não me olha. — Não esqueça de tomar o seu remédio antes de dormir — o lembro, e então fecho a porta, suspirando, encantada.

Um sorriso surge em meu rosto, fico encostada na porta, mirando o nada, ainda com o corpo quente do toque dele, desde o momento em que me abraçou quando bati o carro no galinheiro, há uma hora atrás, ele se mostrou, pela primeira vez desde que cheguei, um cavalheiro ou... quase isso, já que parece ter dupla personalidade, pulando do homem educado para o bruto quase que um segundo após o outro.

Em algumas horas, o cowboy me fez odiá-lo e admirá-lo ao mesmo tempo. Bem, foi mais ódio do que admiração, mas..., esse seu jeito frio, dominador, sério, turrão e zangado, acaba se tornando tão fofo e atraente quando ele faz o certo mesmo contra a sua vontade. Caminho pelo quarto, lembrando agora do instante em que ele chegou por trás de repente e tocou a minha mão, carregando a minha mala.

Vê-lo jogar o peso sobre os ombros foi um verdadeiro tesão, todo aquele tamanho, aquela magnitude e brutalidade em um simples ato que era carregar uma mala. O Sr. Davis é um homem que não gosta de admitir os sentimentos, até os mais bobos deles. Ele não quis nem confirmar o quanto gostou da minha comida, mas também nem precisou, foi hilário o seu semblante de satisfação.

Sento na cama, um pouco entristecida por saber que tudo não passará desta noite. Como Lorence desconfiava, Gerard não estava mentindo, não foi ele quem deu match no aplicativo, foi um amigo, e, sinceramente, senti bastante verdade em suas palavras, pelo pouquíssimo que já vi dele, não parecer ser do tipo que mente, ainda mais uma mentira como esta, que causou tanta confusão.

Ponho as mãos no rosto, me jogando no colchão. Oh, Deus! Quanta confusão para um dia só! Ele deve me achar uma louca, assim como eu o acho um ogro, quer dizer, não acho nada, tenho absoluta certeza. Mesmo assim, apesar dos pesares, este homem me causou uma atração forte e perigosa, que tenho que conter, já que amanhã irei embora.

Ficou claro que ele não está a fim de fazer o Test Drive comigo, acho que não gostou de mim, apesar de ter me dado umas olhadas suspeitas e me espiar naquela hora. Por outro lado, tem o fato de toda a euforia que vivemos em menos de vinte e quatro horas, então não é para menos que ele não me veja como uma possível pretendente. Sem contar o seu galinheiro destruído, aquilo me assustou tanto. Deus me livre matar algum animalzinho.

Pego o celular e converso um pouco com Lorence por mensagem, contando-lhe todos os babados. Ela fica eufórica, e lamenta que Gerard não esteja a fim de fazer o Test comigo. Digo a ela que talvez não desse certo, eu e ele temos personalidades fortes, acho que ele ainda mais do que eu. Então, é melhor acabar por aqui mesmo.

Respiro fundo, deixando o celular de lado, tiro a roupa, pegando a toalha e seguindo para o banheiro, onde tomo um novo banho, me reconfortando. Fecho os olhos embaixo do chuveiro, lembrando do cowboy novamente. Saio sorrindo, renovada, porém cansada, com sono. Mas, antes de poder vestir uma camisola, escuto o chuveiro de Gerard ser ligado.

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