ALIVE (Continuação de "A nossa história")

19º Capítulo

Antes de começar, quero avisar que já não escrevo há bastantes anos, por isso, a minha escrita pode não ser, de momento, a melhor, mas certamente terei evoluído em outros aspetos. 

Também já não vejo Fairy Tail há muuuuuuito, mas mesmo muiiiiito tempo, o que me leva a esquecer de muitos nomes de várias personagens do anime. Irei me apenas focar nas principais.

Não quero deixar esta história inacabada, por isso, darei o meu melhor para terminá-la e cumprir a promessa que vos fiz.

Obrigada por todo o apoio e  amor daqueles que já estão por cá há algum tempo e também daqueles que acabaram de chegar :)

Boa leitura!

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Tudo parecia estar a acontecer em câmera lenta. O meu corpo não me obedecia e a minha mente era um mar turbulento de pensamentos.

Happy estava longe do meu campo de visão e Natsu permanecia imóvel no meu colo. Gotas de soar caiem lhe pelo rosto e as sobrancelhas permanecem franzidas, indicando que está com dores persistentes.

Queria poder retirar todas as dores que estivesse a sentir naquele momento e principalmente acabar com todo este pesadelo. 

Quem sabe, talvez, seja até mesmo isso. Um pesadelo. Daqui a nada devo acordar e vou estar deitada na minha cama, no meu apartamento humilde com Happy aos pés e Natsu ao meu lado, evolvendo o meu corpo no seu abraço quente e reconfortante.

Acariciando-me e sussurrando-me palavras doces, assegurando-me de que está tudo bem, que ele está ali e que nada me fará mal. Que nada nos fará mal. 

Que teria sido apenas um pesadelo.

Infelizmente, o cravar das minhas unhas na minha pele não é dor suficiente para acordar daquele pesadelo,  e acaba por se tornar numa âncora cruel que me trás de volta à realidade, fazendo-me perceber que tudo aquilo não se trata de um sono mau, mas sim da pura e cruel realidade que me atormenta.

O meu pai, ou o quer que seja aquela coisa feriu Natsu e está a ferir todos os meus amigos. 

Não sei o que devo fazer. Estar quieta está fora de questão, assim como abandonar Natsu. 

Não consigo assistir os meus amigos a se magoarem por minha causa, a tentar dar fim de uma luta que deveria ser eu a travar,  e ao mesmo tempo, sou incapaz de deixar Natsu sozinho. Ele sempre esteve lá para mim, sempre cuidou de mim. O mínimo que posso fazer, para retribuir um pouco do muito que ele já fez por mim é ficar ao seu lado neste momento. 

Acaricio-lhe os seus cabelos rosa e limpo as gotas de suor com um pedaço de tecido da minha roupa. 

Sinto que aos poucos, as dores parecerem desaparecer, ou pelo menos apaziguar, pois já não tem as sobrancelhas franzidas nem os músculos a tremer, até mesmo respiração ofegante tornou se mais estável e ritmada. Agora está mais calmo, mais relaxado o que por um lado me reconforta, mas por outro me assusta.

Que isto seja um sinal de que os meus carinhos o estejam a ajudar a relaxar e não um sinal de que o veneno está a fazer o seu trabalho macabro. 

Os meus pensamentos são interrompidos por passos metálicos e uma voz feminina familiar:

-Wendy! Preciso da tua ajuda!

A minha cabeça volta-se para o lado, e os meus olhos procuram a fonte da voz que acabara de ouvir. Erza e Juvia trazem Gray que pendura-se no pescoço das duas magas. Está com um rasgão no abdómen e vários hematomas ao longo do corpo: