Pov's Seulgi
Quando vi Irene subir as escadas senti meu sangue frio de tão gelado que meu corpo havia ficado.
— Pronto,vó.Ela me odeia. – Falei tristonha.
— Não diga uma coisa dessas,querida. – Falou a mais velha colocando a mão em minhas costas acariciando o local — Ouvir que uma pessoa gosta de você não é lá algo de se esperar..Tanto que algumas pessoas levam tempo para processar. – Sorriu.
— Mas..E se não for isso? – Perguntei a encarando.
— Irene não odiaria a pessoa que literalmente a tirou de um lugar tóxico,Ursinha. – Falou e suspirou — Apenas tente falar com ela,sim?Mas caso ela precise de tempo,dê a ela.Não a force à nada que ela não queira,pois não foi assim que eu lhe ensinei,ok? – Arqueou a sobrancelha enquanto esperava uma resposta.
— Uh,sim..Mas,como vou fazer isso? – Perguntei agoniada.
— Você é esperta o suficiente para saber as palavras certas para se expressar. – Falou.
— E se ela me rejeitar?
— Mas e se ela não rejeitar? – Retrucou.
— E se ela ficar brava comigo?
— E se você parasse para pensar que nem sempre as coisas ruins são o que realmente acontecem? – Sorriu — Confia na velhinha aqui.Posso ter mais do que o triplo da sua idade,mas isso apenas significa que de tudo eu já passei nessa vida,então sei bem do que estou falando.
— Se ela não gostar de mim do mesmo jeito,eu nem sei o que vou fazer.. – Murmurei.
— Acontece,Ursinha.Bem,nem sempre essa coisa de amor dá certo em alguns casos..Mas dará em outros. – Falou e me puxou para um abraço — Agora,suba essas escadas e mostre para sua avó que você tem coragem para enfrentar qualquer coisa. – Falou e eu sorri.
— Sim,senhora.. – Falei um pouco trêmula.
Hesitante,me levantei da cadeira e segui para as escadas olhando para minha avó que apenas deu um sorriso e assentiu com a cabeça,fiz o mesmo gesto e respirei fundo ganhando uma confiança temporária.
Eu consigo!Pensei.
Segui até o sexto quarto com uma pose diferente e assim que parei em frente à porta,tudo veio à tona.
Eu não consigo!Pensei entrando em desespero.
Mas meu corpo agiu de forma impulsiva,e assim que percebi eu já estava dentro do quarto olhando para JooHyun que estava sentada na beirada da cama parecendo distante.
Já estava pronta para dar meia volta e sair do quarto mas paralisei ao ouvir sua voz.
— É verdade? – Perguntou baixo.
— H-Hm..O quê? – Perguntei assustada,sentindo as gotículas de suor se formando em minha têmpora.
— Você sabe.. – Murmurou e se virou para me encarar — O que sua avó disse..é realmente verdade?
— E-Eu não sei.. – Respondi sentindo meu coração bater forte em meu peito — Não sei o que está havendo na verdade.. – Dei uma risada sem humor e cocei minha nuca nervosamente.
— Eu acho isso interessante na verdade. – Falou e deu um sorriso fraco.
— O quê? – Perguntei confusa.
— O amor. – Respondeu e eu senti minhas bochechas ruborizarem — Ouvi dizer que,o amor é um sentimento..diferente.Que sentimos apenas com uma certa pessoa,que alguma parte de nós grita que ela é diferente das outras. – Se pôs de pé e eu senti um arrepio correr pelo meu corpo.
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Monster
FanfictionBae Joohyun, ou Irene era filha de um pastor bastante reconhecido em sua cidade, junto de sua mãe eles eram a "família perfeita" aos olhos dos outros.. O que você acha que constrói uma família perfeita? A compreensão, aceitação, o amor.. Ou simplesm...