Pov's Tiffany
— Você disse que não iria machucá-la.. – Murmurei hesitante.
— E não machuquei. – Respondeu, e rapidamente me encarou — Mas não posso fazer o mesmo por você. – Deu um sorriso ladino e eu engoli em seco.
— Por quê..P-Por quê me obrigou a dizer aquelas coisas? – Perguntei sentindo as lágrimas se formarem em meus olhos.
— Se você simplesmente sumisse, ela viria atrás de você.. – Falou — E também..porque eu queria ver aquela mulher sofrer. – Rosnou, percebi seus dedos se apertarem contra o volante.
— Ela não tem culpa de nada..Eu tenho!
— E é exatamente por isso que você terá o que merece, Tiffany.
— O-O que vai fazer comigo? – Perguntei, apesar de não ter certeza se gostaria de saber.
— Você verá. – Respondeu simples — Mas você pagar por ter me traído com aquela mulher.
— Não pode me bater outra vez..Eu não posso perder meu bebê.. – Falei baixo, tentando não transparecer meu medo.
— Quem disse? – Perguntou e eu senti um frio na barriga — O filho não é meu mesmo, Tiffany..E provavelmente sua amante tão amada não voltará atrás..Então do que adianta ter um filho dela, huh? – Deu um sorriso torto — E eu não aceito, de forma alguma que você carregue algo que não é meu. – Rosnou, me encarando furioso.
— Eu não me importo quem é o pai ou a mãe dele! – Gritei, irritada com suas palavras — Eu não vou deixar você matar meu bebê por isso!
— Eu havia dito para você esperar até nosso casamento. – Rosnou — Mas você esperou? Não! E agora está aí, grávida! E ainda por cima de outra pessoa!
— Você já me maltratava antes mesmo de descobrirmos que éramos prometidos! Você me batia todo santo dia até quando eu não acordava antes de você para fazer a porra do seu café! – Falei irritada — Aquela mulher era boa em tantos níveis, ela me fazia esquecer que eu tinha um noivo idiota que me trata mais como escrava do que qualquer outra coisa!
— Mas assim é que é a vida, Tiffany. – Falou — Você é minha..Completamente minha. – Me olhou de soslaio — E deve fazer o que eu mandar. – Rosnou.
— Colocaram isso na sua cabeça. – Falei — Esse tipo de relacionamento não é saudável, nem pra você e principalmente pra mim.
— E você acha que eu me importo? – Deu uma risada — Eu não me importo com o que você acha, ou com o que você pensa que é melhor..Você é minha, Tiffany..E sempre será minha. – Falou e eu suspirei, não faria sentido tentar mudar o pensamento dele.
— Você..pode deixar eu ter o bebê? – Fechei meus olhos — Eu não estou fazendo isso por ser dela..Mas porque é meu filho, independente de tudo.. – Murmurei.
— Se você quiser dar uma de espertinha outra vez..Algo muito ruim pode acontecer com ele, Tiffany. – Falou friamente — Eu não farei nada com o bebê..Por enquanto..
— Só..não bata nele, ou nela quando ele crescer, você pode descontar em mim..só não encoste nele, por favor.. – Pedi, entrando em desespero.
— Pensarei no seu caso, mas por enquanto..em quem vou bater, está mais do que claro. – Falou, sem tirar os olhos da estrada e eu apenas assenti.
— O-Ok.. – Abaixei minha cabeça.
(...)
Quando ele estacionou o carro na garagem da casa, tive de respirar fundo diversas vezes me preparando para o que estava por vir.
Mas a verdade é, que eu nunca estaria preparada totalmente, por mais que eu tentasse.
— Saia do carro. – Falou de forma grossa, e eu simplesmente o obedeci — Agora vá para dentro. – Apontou para a casa e assim eu fiz, seguindo completamente amedrontada para dentro da casa.
Senti as primeiras lágrimas caírem pelos meus olhos, e elas se intensificaram quando senti suas mãos agarrarem firmemente meus braços.
— Vamos para o quarto..amor.. – Falou e eu segui para o cômodo, sentindo sua presença por trás de mim.
Assim que atravessei a porta, fui empurrada em direção ao chão e quando me virei para ele, parecia mais furioso do que antes.
— Sua vadia! – Desferiu um tapa em meu rosto — Como ousa me trair!? Ein!? E ainda por cima com a merda de uma mulher!! Sua doente!! – Gritou, e eu fechei meus olhos tentando me manter calma, pelo bem do bebê.
— Me responda! – Segurou meu queixo com firmeza, aproximando nossos rostos, apertando seus dedos cada vez mais contra minha pele — Quer que eu mate esse parasita que tem na sua barriga!?
— Não!! – Gritei, desesperada — Não faça nada com ele!! Você me disse que não faria nada com o bebê!! – Comecei a chorar tanto pelo pensamento de perder o bebê, quanto pela dor em minha mandíbula pelo tanto que ele apertava.
— Eu posso mudar de ideia se você me irritar, Tiffany. – Deu um sorriso, e eu arregalei os olhos ao sentir um soco ser desferido em meu abdômen — Veja só..Tão pequeno, nem imagina que tem duas doentes como mães. – Rosnou — Vocês são nojentas..
— Se eu sou nojenta..então por quê continua comigo? – Perguntei com a voz embargada.
— Porque tudo tem cura, Tiffany. – Sorriu — Inclusive, a doença que você e aquela mulher tem. – Falou e eu, apesar de ficar um pouco irritada com aquela afirmação, permaneci em silêncio.
— E o que seria essa cura? – Perguntei baixo.
— Acredito que você já saiba.. – Deu um sorriso malicioso — Depois do nosso casamento, vai saber ainda mais. – Sussurrou e eu me senti completamente desconfortável.
Não é possível que alguém pense dessa forma..
— Aliás..Ainda não terminei, Tiffany. – Falou e eu o encarei assustada — Sua penalidade está apenas começando.. – Rosnou — Ainda tem muito pra você aprender.
— Você é um monstro.. – Murmurei e ele assentiu.
— Tem certeza disso? Se eu fosse um monstro, teria matado essa coisa que tem na sua barriga no dia em que eu descobri. – Rosnou — Eu posso fazer isso agora..O que acha? – Deu um sorriso assustador e eu neguei freneticamente.
— Você não pode fazer isso!
— É claro que posso..Ele não vai nem perceber. – Falou e em um extremo ato repentino de coragem desferi um soco com todas as minhas forças no centro do seu rosto — Argh! – Cambaleou para trás, colocando a mão sobre seu nariz — Meu nariz, sua puta! – Rosnou, pude ver um filete de sangue escorrer sob sua mão.
— Se você tentar fazer algo com meu filho de novo..Eu não respondo por mim. – Falei, colocando ambas as minhas mãos sobre minha barriga — Você não vai encostar nele.. – Falei, respirando fundo.
— Você vai se ver comigo, Hwang. – Rosnou, antes de deixar o quarto, provavelmente iria tentar dar um jeito em seu nariz, que pelo visto eu havia acabado de quebrar.
Grunhi ao sentir uma dor fraca em minha barriga.
— Calma.. – Falei de forma fraca, como se estivesse conversando com o bebê — Ele nunca vai machucar você, ok? – Dei um sorriso triste, sentindo algumas lágrimas caírem — Eu não vou deixar..Nem que eu tenha que levar socos em dobro..Eu farei de tudo para que você seja uma criança feliz, e que não precise ver o quão assustador esse homem pode ser.. – Engoli em seco — Eu prometo..
N/A: Eu sto chorando com esse capítulo, meu Deus.)
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Monster
FanfictionBae Joohyun, ou Irene era filha de um pastor bastante reconhecido em sua cidade, junto de sua mãe eles eram a "família perfeita" aos olhos dos outros.. O que você acha que constrói uma família perfeita? A compreensão, aceitação, o amor.. Ou simplesm...