❀ Consequences

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Andrea deixava ser puxada por uma Miranda com cara de péssimos amigos, enquanto praguejava todos os xingamentos possíveis para Elizabeth. Alguns alunos as olhavam pelos corredores, mas nada a qual elas não estivessem acostumadas. Quando chegaram na quadra, Miranda soltou a mão da bad girl a olhando com reprovação.

- Você não deveria ter caído nas provocações dela, Andrea! - Cruzou os braços na altura do peitoral.

- E o que eu deveria ter feito, então? Deixar ela te chamar do caralho a quatro? - Andrea perguntou com raiva, por que ela simplismente não conseguia entender Miranda.

- Sim, era melhor deixar ela falando sozinha, por que eu não me importo com o que ela diz ou do que me chama! Além de que essa não é a primeira vez que fazem piada comigo. Então porque me defender agora? - Miranda disse autoritária, e ok Andrea realmente gostava daquela pose toda, mas não naquele momento, Andrea riu sem humor.

- Você é realmente alguma coisa! - Andrea disse irônica e Miranda arqueou uma das sobrancelhas.

- Como é? - Perguntou para confirmar se realmente tinha escutado aquilo.

- Você me ouviu! - Ela se levantou. - Quer saber? Eu cansei! Cansei disso! Cansei de nós! Cansei de você e dessa merda de submissão! - Andrea estourou, falando até mais alto. - Se eu digo algo que você não gosta, você reclama, se eu te defendo você reclama! O que porra você quer?

- Andrea, você esqueceu com quem está falando? - Miranda entortou a boca em desgosto.

- Não me esqueci Miranda Priestly, sei muito bem com quem estou falando, estou falando com a Miranda, e não com a porra da "minha senhora"! Você não percebe que eu nunca tenho oportunidade de falar e expressar o que quero?

- Claro que você têm, apenas na hora correta.

- Não eu não tenho, por que sempre que nos vemos é só para transarmos, e toda vez a única coisa que eu sou permitida a fazer é gemer, e isso se você tiver com o humor bom!

- O nome disso é submissão Andrea, pensei que soubesse disso.

- Está vendo? Você me trata como um nada, me subestima, me acha idiota! Eu entendo muito bem o que é submissão, e entendo também que nossos termos se aplicam ao sexo, fora disso você não é a porra da minha dona! Não pode mandar em mim!

- Eu sou sua senhora!

- É minha senhora, e não a porra da minha mãe!

- Você quer pular fora? Porque em nenhum momento eu te obriguei a estar aqui! - Miranda franziu o cenho.

- Não me obrigou mesmo, eu topei isso tudo por que eu... eu gosto de você. Eu gosto das nossas transas, gosto de estar com vocês, ou ao menos gostava, mas de uns tempos pra cá, essa relação que temos está se tornando insuportável! - Andrea suspirou como se estivesse cansada.

- Eu realmente não consigo enxergar o seu ponto.

- É claro que não consegue, você é narcisista demais para olhar para alguém. - Andrea olhou para Miranda com os olhos aguados. - É realmente difícil te olhar todos os dias e saber que você nunca vai ser minha, ou que eu nunca vou poder te tocar sem permissão, ou até mesmo que eu vá ganhar um beijo seu. Um carinho...

- Nós combinamos que não envolveriamos sentimentos, Andrea!

- Nós combinamos, mas infelizmente eu não mando nos meus sentimentos, por que se eu tivesse controle sobre eles, eu com certeza não teria me apaixonado por você.

- Você não pode me culpar por ter desenvolvidos sentimentos por mim! - Miranda disse com certa raiva.

- Realmente , eu não posso. - Andrea sorriu de forma triste. - Mas posso te afastar o suficiente para que eles desapareçam.

- O que quer dizer com isso?

- Nós não podemos mais continuar com... isso. - Andrea apontou para ela e para Miranda, essa que apenas continuou a encarando, sem esboçar qualquer reação.

- Têm certeza? - Miranda perguntou e Andrea queria tanto dizer que não, mas não podiam continuar daquela forma.

- Sim.

- Tudo bem então, você está oficialmente livre para ir, sunbae! - E depois de se referir a Andrea com tanta formalidade, Miranda saiu dali tão imparcial e impenetrável que Andrea sentiu o coração quebrar em cacos. Teve duas certezas naquele momento: a primeira era que Elizabeth havia conseguido o que queria, que era separar as duas, mesmo que elas nem estivessem juntas. E a segunda é que: Miranda Priestly não a merecia.

Baby oops, bad girl | Mirandy Onde histórias criam vida. Descubra agora