❀ Crying in the club

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Point of view Miranda Priestly

Eu havia sido convidada, por Serena, à vir em um clube do centro que seria onde ela iria comemorar seu aniversário de 18 anos, e antes que pensem que entrei com identidade falsa, sinto dizer que estão enganados, eu tenho 19 anos. De qualquer forma, estou eu agora sentada na mesa mais afastada do lugar enquanto encaro meus amigos se divertindo na pista de dança; eu sei, eu sei! Eu pareço ser a pessoa mais chata desse mundo; mas não é bem assim.

Hoje, em especial, estou sem ânimo algum, e parte desse desânimo se deve ao cansaço escolar e de meu trabalho e a outra parte se dá por conta de Andrea Sachs meus amigos. Sim! Eu pareço ser a vaca da estória, mas não sou.

Como é suposto eu saber que ela gosta de mim sendo que ela nunca deu um sinal sequer? Eu não tenho bola de cristal! E outra, desde o princípio ELA IMPÔS, que o que nós tínhamos era puramente carnal, físico, então como eu deveria saber que ela estava sentindo algo por mim? Quer dizer ela burlou a própria regra, não que eu tenha feito diferente. Mas ela é a hipócrita da estória!

Sim, eu estou curtindo Andrea Sachs, tipo curtindo para caralho, à ponto de dizer que gosto dela. Quando eu a via, quando não estavamos fodendo, eu sentia uma enorme vontade de abraça-la, dar as mãos, lhe dar beijos carinhosos. E quantas foram as vezes que eu quis fazer amor com ela e não só transar? Foram muitas! E quantas foram as vezes que eu não me segurei para chama-la de amor? Quer dizer, algumas vezes o adjetivo apenas pulava para fora dos meus lábios, como quando Elizabeth resolveu mostrar as garrinhas de cadela. E eu sei que Andrea deve ter pensado que eu estava a chamando de amor da boca para fora, mas não, a palavra carregava o sentimento que eu gostaria de expressar mas que era suposto eu não dizer.

Então bem, eu nunca disse nada por que nunca quis estragar o que tínhamos, que mesmo sendo apenas sexo, me confortava saber que eu a tinha de certa forma. E quando Andrea simplesmente jorrou seus sentimentos em mim, eu congelei. Entrei em um profundo choque. Como eu deveria reagir? Eu nunca fui uma pessoa que sabia expressar sentimentos, então não saberia reagir à aquilo! E ela acabou por me ofender de várias formas, me colocando como uma pessoa má, o que a propósito, eu não sou.

Porém, a merda já estava feita. E Andrea parecia me culpar por muitas coisas, além de não compreender a submissão. Ela deveria saber antes de ter aceitado minha proposta, como é todo o lance do bdsm. Eu sou uma dominadora, mas sou completamente devota á ela, eu posso estar dando ordens, mas quem tem as rédeas na mão, é ela. Quem me tem na palma da mão é ela, e apenas ela.

Tudo parece tão complicado de ser resolvido e ser acertado, que minha cabeça até chega a rodar. Gostar tanto dela está tento consequências.

Baby oops, bad girl | Mirandy Onde histórias criam vida. Descubra agora