E lá estava eu, deitada na minha cama encarando o teto incrivelmente branco, totalmente sozinha. Mais que sozinha fisicamente, de alguma forma realmente sufocante eu me sentia sozinha, mesmo que antes eu não estivesse realmente acompanhada de Miranda.E por falar nela... onde deve estar? Em casa? É possível ela é um tanto reservada, ou será que está em alguma boate? Ela pode estar, talvez use algum tipo de documento clandestino e convença ao segurança de que tem 21 anos. Quem sabe não é? Ardilosa como é eu não duvidaria.
Me viro na cama, deitando-me de lado e encarando o relógio empoeirado do criado mudo, são 22:03, bem eu sei que os clubes daqui fecham as 02:00 da manhã, se ela estiver por lá com certeza vai ter tempo o suficiente para fazer alguém cair em sua lábia. Quem sabe talvez já estivesse se atracando com alguma qualquer em uma das cabines do banheiro da Lótus, ou então talvez esteja galanteando alguma mulher no bar.
Ela só têm 18 anos Andrea! Manera na imaginação!
Solto uma lamúria me virando de bruços e meus olhos doem. Minha cabeça parece ter sido apertada mil vezes pelas mãos de Emily, e meu corpo está um pouco mole. Talvez eu esteja doente, Miranda Vagabundite, conhecem essa doença crônica?
Talvez vocês conheçam, do jeito que Miranda é famosa eu não duvido.
Mas, sabe qual o pior disso tudo? É que ela nunca me prometeu nada, absolutamente nada. Nunca prometeu colocar um anel de diamante no meu dedo, nunca prometeu exclusividade, nunca prometeu me amar. Tudo isso eu projetei sozinha em minha mente e consequentemente acabei por criar e ter expectativas que nunca realmente foram sustentadas por ela.
Eu só queria não ter expectativas. Queria não esperar demais, e no fim só me decepcionar com tudo. Queria não ser tão caída por ela, não, acho que é muito prepotente querer isso. Então, talvez eu só queira entrar na cabeça dela, sem confronto, sem os muros que me impedem de chegar á ela, e então ver, conhecer, saber sobre ela. Saber se, por menor que seja, ela já tenha sentido algo por mim.
Eu não poderia culpa-la por muita coisa, a única coisa que eu poderia jogar em sua cara é o fato de ter me feito chorar algumas vezes, durante a norte. Depois que reconheci que gostava de Miranda, chorei algumas vezes, decepcionada por já saber que Miranda não retribuíria meus sentimentos. Talvez tenham sido três ou nove vezes que me peguei deitada na cama, virada de lado em uma lamentável posição fetal enquanto chorava copiosamente como uma atriz de novela mexicana; alguma dessas vezes eu sentia o cheiro do perfume dela na minha cama, culpa das nossas transas insanas.
Todas as lágrimas que eu derramei, todo o sufoco que passei, toda a dor que tenho sentido, e a única coisa que eu queria era que Miranda estivesse nessa mesma porra de cama.
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Baby oops, bad girl | Mirandy
FanfictionAquela onde Andrea tem toda a pose de bad girl, mas dentro de quatro paredes ela se transforma em uma delicada submissa de Miranda. ADAPTAÇÃO! A obra original é de @cocaimila todos os direitos reservados a mesma.