Cap. 11

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Pov João

Abro os meus olhos, nem tinha percebido que havias os fechados, vejo a hora no celular, e vi que era 15:00, decidi estudar um pouco

Pego meu livro de matemática e começo a resolver uns exercícios, e lê um pouco, preciso estudar muito, matemática é a única matéria q eu não sou um bosta.

Estava resolvendo meus exercícios de boas quando meu celular toca, tento ver quem é mas estava escrito como desconhecido, decidi só deixar tocar, e continuei a fazer minha atividade. O chamada parou e continuei a fazer a atividade, porém isso aconteceu mais uma veze então decidi atender

========Ligação========

João: alô
Desconhecido: oi, tudo bem João?
João: ss.... Quem é ?
Desconhecido: desculpa, é o Carlos, da sua sala
João: ahhh... Oi Carlos, de boas ? ( Tinha dado uma pausa pq eu meio que fiquei pensando no que falar, eu meio que não sei me comunicar com as pessoas, e "de boas" foi a primeira coisa q não parecia ser tão ridícula )
Carlos: Oi, tô bem sim e você?
João: Tô bem também
Carlos: Que bom, eu queria te ligar meio pra te avisar uma coisa
João: o que?
Carlos: quando a gente se viu na praça ontem vc deixou um caderno cair eu tentei te entregar nas vc já tinha sumido
João: pera.... O QUE ??! (fiquei tão chocado por ouvir q ele estava com o meu diário q gritei)
Carlos: eu tô com o seu caderno (ele falou em tom meio de espanto, obviamente pelo fato de eu ter gritado do nada né) eu queria te devolver logo.
João: assim, obrigado
Carlos: me passa seu endereço pra eu te entregar.
João: tabom, rsrs é ....( Passei meu endereço)
Carlos: ook, posso passar aí depois pra entregar?
João: pode
Carlos: tabom então tchau
João: tchau.

========Fim da ligação========

Puta que pariu, fudeu, eu tô lascado, naquele diário tem todos os meus segredos, meus sentimentos, minha história, minha vida, se ele leu eu estou perdido.

Não consegui parar quieto naquele momento de tão nervoso q estava. Meu pai chegou nervoso e olhou pra minha cara.

Sr.Flicher: por que vc gritou moleque? E pq tá andando tanto, seus passos tão num ritmo q dá pra ouvir até lá do andar de baixo (falou com voz irrita)
Na mesmo momento fiquei quieto como um cachorro medroso.
João: desculpa pai, eu só tava pensando e caminhando pelo meu quarto aí mesmo tempo e acabei gritando pq sem querer bati o mindinho na parede rsrs
Se.Flicher: (ele me olhou com cara de estressado e começou a apertar meu braço) olha aqui seu moleque, vc acha q eu nasci ontem? Eu sou seu pai, quero respeito. Eu sei q vc tava falando no telefone com alguém, com quem era?
João: ai - falou por causa da dor dele apertar meu braço- eu tava falando com um amigo
Sr.Flicher: Sobre o que?
João: ele me contou q arranjou uma nova namorada, aí eu fiquei animada e acabei gritando de emoção, aí comecei a andar pesado pq tava animado por ele finalmente consegui uma namorada ( eu criei toda essa história de mintira na cara dura pra vê se ele acredita e me deixava em paz)
Sr.Flicher: rum( ele me olhou e depois soltou meu braço) vou acreditar em vc dessa vez, mas se mentir pra mim denovo vai levar um soco muleque
João: sim senhor

Ele saiu do quarto e eu consegui voltar a respirar normalmente, sempre q ele tá perto eu me sinto meio sufocado.

POV. Carlos

Eu estava em casa a tarde fazendo minha tarefa de história, que eu odeio por sinal, aí eu me lembrei do diário do João, eu fiquei receoso, mais resolvi, vê um pouco, quando eu abri no meio do caderno, numa página aleatória, estava escrito:

"Querido diário,
Eu não aguento mais, não por muito mais tempo, hoje ele fez aquilo denovo, como ele sempre faz, eu realmente não aguento mais, não aguento ficar com medo dele.
Eu só queria viver uma vida normal, um adolescente qualquer, mas não consigo, eu nem consigo mais me lembrar da última vez q eu fui feliz, a última vez q consegui dar um sorriso de verdade.
Por que eu passo por isso, eu fiz alguma coisa que merecesse ?
Acho que de alguma forma a culpa deve ser minha mesmo.
Vou fazer logo as coisas que ele me pediu, tenho medo do que ele pode fazer"

Eu fiquei extremamente surpreso e confuso com o que eu li, o que aconteceu, quem fez oq? Será q isso é obra do Pedro? Ou foi outra pessoa. Acho que vou tentar conversar com ele sobre isso, acho que ele deve estar passando por alguma coisa bastante perturbadora.

Olhei a data e vi q o que estava escrito era do ano passado, ou seja das duas uma, ou ele sofre em silêncio sobre esse problema até ou ele já se resolveu.

Fechei o caderno e resolvi devolver ele logo pra usar como desculpa pra conversar com ele, cassei o whatsapp dele no grupo da sala, mas nao achei, perguntei pra algumas pessoas e elas me disseram que ele n tinha whats então decidi ligar pra ele. O mesmo estranhou o fato de eu ter ligado pra ele, eu falei q estava com o caderno dele e ele deu um pequeno surto de eu havia lido, eu menti e disse q não, ele pareceu um pouco aliviado com a minha resposta, ele me passou o endereço dele e disse q iria ir na casa dele.

Depois de uns 20 minutos eu saí de casa, e segui o endereço q me ele deu, era um pouco longe da minha casa. Quando cheguei vi que parecia ser uma casa bonita, não dava pra vê muito por que tinha um muro na frente. Bati no portão e depois de uns 5 minutos João veio e abriu a porta.

Eu olhei pra ele me espantei, seu nariz tava começando a sangrar um pouco.

Carlos: ahh.. oiê, vc tá bem?
João: ah? ( Ele limpou o sangue no nariz ) assim, é q eu bati minha cara na parede entra aí -ele disse com a voz disfarçado

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Oie, gostaram ?
Desculpa a demora é q eu tô com pouquíssimo tempo livre pra escrever
o que será q vai acontecer ?
Espero que curtam
Continua?

Um Clichê Bastante DeprimenteOnde histórias criam vida. Descubra agora