"Pare de planejar como vai ser o amanhã. Deixe acontecer sem medos, sem receios."
Desconhecido
Depois de muitas lágrimas e muito carinho da parte do maior, Nathan passou a noite no quarto com seu irmão agarrando o pequeno como se ele fosse fugir de seus braços a qualquer momento, ele queria apenas proteger Henry de todo o mal invisível que passou. Alec na penumbra perto da porta velava o sono dos dois. Passar a noite toda em pé e na mesma posição não foi de certa forma confortável, mas conseguir observar cada movimento que o menor fazia em meio ao sono, desde seus bicos fofos até os seus pequenos roncos eram um doce aos seus ouvidos, ele permaneceu ali até o dia raiar, fechou a cortina com facilidade quando o sol começou a tomar conta do local e em passos lentos se colocou ao lado da cama para deixar um leve selar na testa de Nathan, que inconsciente sorriu pequeno em meio ao sono. O maior suspirou cobrindo mais os dois que repousavam, o dia estava frio, então nada melhor que um delicioso chocolate quente para começar a tarefas. Com esse pensamento o mesmo saiu do quarto, tomando cuidado para a porta não bater.Antes de descer foi até o seu quarto e percebeu que tinha incontáveis ligações de Tommas em seu celular. Resolveu apenas mandar uma simples mensagem perguntando o que estava acontecendo, independente do que fosse Tommas era um homem crescido e com bastante experiência de vida, resolveria fácil qualquer questão.
Mexendo com a colher de silicone, engrossava o chocolate que começou a deixar um cheiro delicioso pelo ambiente. Retirou os pães de queijo do microondas e depositou em cima da mesa com cuidado, odiava se queimar. Tinha outras coisas que podia fazer para o café mas sabia que Henry amava aqueles pãezinhos. Todos os meninos da instituição pareciam ser viciados em queijo, então nada melhor que ter alguns saquinhos com os pãezinhos congelados em sua casa. Não precisou se preocupar em acordar os dois pois logo chegaram a cozinha, pareciam atraídos pelo cheiro de chocolate quentinho.
— Alec não precisava se incomodar comigo, eu não costumo tomar café da manhã. — Ditou ao perceber a quantidade de pães e chocolate que estavam sobrepostas a mesa. Envergonhado puxou uma cadeira para Henry se sentar e logo em seguida sentou-se ao seu lado.
— Esse é um péssimo hábito, Nathan. Como o seu irmão vai seguir os seus passos dessa maneira? Vamos coma um pouco, fiz bastante dá para os dois. — Mesmo que a comida humana o incomodasse, em sua frente repousava uma quente xícara de café preto, então fez esse pequeno esforço na frente dos dois que o acompanharam em seguida. E com uma nota mental de cuidar da alimentação do menor, continuou a tomar lentamente enquanto escutava Henry tagarelar sobre o sonho que tinha tido durante a noite.
Nathan não se aguentou e aproveitou o belo café da manhã acompanhado de seu irmão e do homem que inebriava os seus sentidos. Com pequenas trocas de olhares e discretos sorrisos da parte do maior, Nathan sentia suas bochechas queimarem. Estavam flertando na frente de seu irmão que estava mais interessado nos pãezinhos que lhe foram servidos pela segunda vez.
Nathan era inexperiente no jogo do amor, na verdade nunca tinha namorado, fugia dessas oportunidades para trabalhar. Sua desculpa sempre era o seu pequeno irmão e agora com Alec cuidando tão bem de si, não sabia o que pensar, sentir talvez, as famosas borboletas no estômago.
— Acho que já estamos atrasados, Nathan! — Passou a toalha descartável sobre os lábios enquanto juntava as xícaras para serem colocadas na pia.
— Deixe que eu ajudo! — O menor se levantou tomando as xícaras de sua mão e caminhando até grande pia de tons brancos.
— Não precisa disso! — Ditou se aproximando por trás do mesmo quase que encostando os corpos para falar em tom baixo no seu ouvido. Sorriu sacana se afastando para pegar Henry no colo. Nathan apertou com força a borda da pia enquanto os olhos permaneciam fechados, tentava a todo custo regularizar as batidas fortes do seu coração. Pelo canto dos olhos viu Alec com seu irmão no colo enquanto subiam correndo as escadas, pareciam duas crianças juntas.
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Meu Sangue - A Maldição
VampirosAlexandre I era um rei amado pelo seu povo e muito odiado pelos seus inimigos. Entrar em outros reinos, aniquilar exércitos e camponeses era o seu maior prazer, ele tinha tudo e todos na palma de sua mão principalmente seu amado concubino. Mas uma m...