"Quanto maior o homem, maior também o seu potencial de maldade."
Desconhecido
Longos vinte e dois anos se passaram restando apenas o vazio e a maldade dentro do rei Alec. Agora um completo tirano, violava todos os princípios de liberdade individual, o dinheiro coletado de impostos era o mais alto da Inglaterra conseguido a base de ameaças e violência física dos que se recusavam a dá-lo. Com o povo amedrontado com um rei que não mais envelhecia, os súditos tinham o constante medo de não conseguir se livrar de suas garrasAlec como tinha se auto titulado, se tornou fechado e ainda mais frio, sem um companheiro para governar ao seu lado ignorava constantemente os conselhos do seu braço direito. Cruel, passava os dias apenas dando apenas ordens contra seu povo que só tinham o direito de aceitarem todas as violências calados, não tinham o direito de escolha. O rei gostava de ver o sofrimento nos olhos de cada um que passava por suas mãos. Seus servos viraram escravos e sua população era cárcere na própria província, os constantes ataques a outras pequenas cidades era rotineiro e todos temiam o grande rei. Sua sede por sangue só aumentava cada vez mais, animais e crianças não mais o satisfazia e com isso acabou por fazer uma leve seleção entre os seus escravos, o mais fraco entre o injusto duelo de espadas era escolhido para ser a próxima vítima, ele não se importava com o gênero da pessoa e muito menos com a idade dos sacrifícios à sua única preocupação era parar a fome que o corroía cada dia mais, o tornando preso às correntes de sangue.
Com isso os nobres que tanto desejavam sua morte, começaram a temer o seu grande poder e passaram a aceitar as ordens calados. A corte tinha o medo que a população se voltasse contra o rei e por isso mantinham os portões do castelo fechados, apenas eram dadas ordens para abri-lo em ocasiões especiais ou como hoje. O dia do julgamento.
- Corte um dedo e me tragam sua filha, farei muito proveito em tê-la como escrava em minha lavoura. - Suspirou cansado, já era a décima pendência com furtos que atendia. Nenhum crime maior tinha aparecido esses dias para a tristeza do rei. - Próximo! - A mulher chorando foi arrastada pelos guardas reais. A pobre senhora tinha apenas roubado um pouco de trigo para dar a seus filhos pequenos pois com a grande cobrança de impostos todo o seu pouco dinheiro ia para as mãos do rei a fazendo passar necessidades. Seu maior erro foi ter sentido fome com seus filhos.
Logo em seguida um senhor de baixa estatura já com a idade avançada entrou acompanhado de um barão famoso pelas crueldades que cometia com os escravos. O puxando pelas cordas que prendiam suas mãos unidas o senhor tropeçava tentando se manter em pé com a brusquidão que era imposta sobre si.
- Meu querido rei. - Se curvou em um ato de respeito para com o mesmo, mas Alec sabia que aquele pequeno sorriso que o outro estava ostentando era de puro interesse. - Esse escravo foi capturado quando tentava fugir de minhas terras.
- E o que tenho com isso? - O rei cruzou as mãos sobre o colo vendo o homem se envergonhar. - A culpa não é minha se não sabe domar os seus escravos, isso não é decidido em um julgamento. Estou perplexo com a sua ousadia de vir me importunar quando duelou comigo a semanas atrás.
- Mas senhor...
- Guardas, prendam esse homem. Ele está sendo condenado à forca por conspirar contra a coroa.
Os guardas se aproximaram segurando com força pelos braços o imobilizando e em meio a pedidos de perdão, fora posto para fora do salão. Alec revirou os olhos dispensando o escravo a frente que agradeceu beijando seus pés, com nojo o rei se afastou fazendo sinais com a mão para que o tirassem dali. Sentado em toda a sua pompa continuou esperando o próximo caso enquanto bebericava sua taça de vinho.
- Senhor, eu vim trazer a justiça real um escravo que tirou a pureza uma de minhas filhas a força. O maldito a engravidou e agora minha pobre filha está impura para se casar. - Alec se ajeitou na cadeira quase que sorrindo maleficamente. A quanto tempo não via um crime parecido, juntou as mãos no colo ansioso, ele mesmo cuidaria da punição do escravo.
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Meu Sangue - A Maldição
VampiriAlexandre I era um rei amado pelo seu povo e muito odiado pelos seus inimigos. Entrar em outros reinos, aniquilar exércitos e camponeses era o seu maior prazer, ele tinha tudo e todos na palma de sua mão principalmente seu amado concubino. Mas uma m...