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Eu poderia dizer que estou sonhando, mas nem a parte mais profunda da minha mente fora capaz de criar a mulher que está parada no meio do meu local de trabalho

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Eu poderia dizer que estou sonhando, mas nem a parte mais profunda da minha mente fora capaz de criar a mulher que está parada no meio do meu local de trabalho. Eu achei que as únicas emoções fortes que meu coração teria que aguentar fossem os maus tratos do meu pai, mas é claro que a vida sempre quer sair por cima quando se trata de mim. Eu não sei o que dizer ou que pensar, ela está aqui... O meu clone. Com roupas extremamente elegantes e o corte de cabelo definitivamente mais acertado. Sua pele, por mais que seja igual a minha, parece uma porcelana com inúmeros e pequenos strass, imagino que seja pela maquiagem simples e bem feita. Sua posição é ereta e o nariz devidamente empinado, exalando superioridade e deixando claro para todos que seu lugar não é aqui. Será que somos fruto de um experimento igual em Orphan Black? Isso soa tão estúpido que nem se quer tenho coragem de dizer em voz alta. Mas qual seria a explicação racional e plausível pra isso tudo? Sem que seja voltado para algo cinematográfico?!

Meus olhos percorrem cada detalhe da mulher idêntica à mim, ela parece perfeita. De fato, uma Barbie de cabelo preto! Sua presença me faz lembrar de Allie Thompson. Allie era a garota mais popular do colégio onde eu e Beatrice estudamos, os garotos eram doidos por ela e as garotas eram doidas para serem amigas dela. Allie era a tipica adolescente com síndrome da Regina George. Ela encarnou tanto esse papel que realmente chegava a intimidar todo mundo, especialmente a mim. Por trás da beleza de Allie Thompson havia uma crueldade sem limites.

A brisa que entra pelas janelas chicoteia os fios de cabelo da mulher parada à minha frente, fazendo seu cheiro exalar e seguir pela corrente de ar entrando diretamente nas minhas narinas. Eu sinto um aroma de cidreira e de ameixas doces, a combinação perfeita de belo e cruel. Exatamente igual a Allie Thompson.

- Oi, irmãzinha. Prazer em, finalmente, te conhecer! - Irmãzinha. Irmã. Ir.mã. As palavras fazem eco na minha cabeça como se eu estivesse no mais profundo acústico. Ela possui um sorriso lindo e frio em seus lábios avermelhados. Parece que ela acha graça nessa confusão.

- O-oi?

- Ah - ela suspira, relaxando um pouco sua postura. - Você fala... Achei que fosse muda.

TONS FRIOSOnde histórias criam vida. Descubra agora