Capítulo 5

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Harry pega o comprimido. A pequena pílula. O Sr. Weasley conseguiu comprá-lo em um preço melhor com ajuda de um amigo.

A pílula encarava Harry, falando Deixa de ser frangote! Me engole!

Harry fechou os olhos, inalou um pouco do ar puro da Casa dos Weasley e engoliu a pílula, fingindo que ela era o morango mais suculento da salada de frutas que a tia Petúnia preparava.

Engoliu.

Pensou onde estariam tia Petúnia e Duda.

Nunca mais queria vê-los.

Nem se eles estivessem pintados de ouro.

Talvez fosse ver tia Petúnia e Duda quando estivesse mais velho.

E menos louco.

O remédio de estresse pós-traumático era o que ela havia acabado de tomar. Ainda faltavam dois anti-psicóticos.

O médico Saul achava que Harry estava louco.

Harry achava que estava louco.

Precisava de um refúgio, uma âncora. Algo para deixar-lhe no chão.

*****

-Você tem certeza que seus pais não vão brigar com você?

Gina sorriu.

-Eles tem mais preocupações do que sua filha filha ficando com o namorado.

O primeiro pensamento de Harry sobre âncoras havia sido Rony e Hermione. Logo depois, Gina.

Rony estava travando sua própria batalha. No sono.

Hermione estava dormindo com ele. Lhe restou Gina. Ele estava animado de passar um tempo com sua namorada.

-Você acha que eu estou louco?

Gina mudou de expressão por um segundo. E logo voltou a sorrir.

-Louco por mim? Claro. Quem não ficaria.

Harry deu uma risada. Fazia tempo que isso não acontecia.

-Estou falando sério. E se eu...

Gina pressionou um dedo contra seus lábios.

-Se for pra falar algo sério- ela disse, ficando de joelhos-Então prefiro que me beije.

Harry deu um beijo nela. Um beijo apaixonado e cheio de fogo.

-Acho que também prefiro.

E acordaram de mãos dadas, com a luz do sol batendo no rosto e nenhum pensamento sobre loucura.

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