I - O brilhante artista - Parte I

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Um caco de fama
Luís Eduardo de Oliveira Rodrigues Nolasco

I - O brilhante artista.

Lá estava ele em melancolia, no canto do quarto com as cortinas fechadas, e as janelas tão presas de modo que nenhuma brisa passasse, com medo de todos e de sigo mesmo, somente ele com todos os seus sentimentos controversos. Cheio de dor, mas não do corpo, não da alma, não da cabeça, nem no seu coração, mas de onde seria? Nem ele sabia, podemos dizer que este é um mistério. Em tanta decadência, parece que ele não se sentia nada sem sua peculiaridade, sendo só mais um em meio a todos, ele era ninguém aquele que já foi tudo, não tinha mais o brilho, isolado da luz por sigo mesmo, mas também por aqueles que o cercavam, e o muitas vezes o desencorajaram.
Para o verdadeiro culpado nunca foi fácil apagar aquele brilho cegante vindo daquele brilhante artista, mas neste ponto descobriu que atacar o farol seria em vão, mas o único jeito de estourar uma lâmpada era queimar a fiação, pode parecer baixo, se parece é por que é baixo, atacar os amigos para causar danos a ele, foi o único jeito.
Não era uma luta de punhos, era uma guerra espírito, que acabou em genocídio de sentimentos. Será que com um único volt uma lâmpada poderia ser acesa? Não sei, mas neste momento é a única isca no anzol. Mas será que apenas uma lanterna pode iluminar este abismo abissal?
Deveria, pois a luta contra seu próprio ser, sempre é mais cansativa do que a guerra contra um pelotão, chega de tantos melodramas, este tão triste momento continua assim repetidas vezes durante um tempo, então vou direto ao começo do fim, então sente, deite, ou fique em pé, mas saiba que essa historia é longa.
Olha já dei de antemão meu aviso, neste ponto dessa historia começa um tipo de fim ou de começo, sei que até agora você não leu coisa com coisa, além deste começo impiedoso de fracasso de um bom moço, e da vitoria de uma cobra cheia de crueldade. Mas tem algo muito importante que devo lhes contar antes de prosseguir, este artista fenomenal, sabia mais do que ninguém pincelar seus sentimentos, assim os mascarando, mas talvez não fossem propositais todos os sorrisos mesmo em plena melancolia com tudo e todos melancolia só melancolia e mais nada.
Lá como já disse mais de uma vez é o começo do fim, não sei se terá um final feliz, pois ela não esta pronta, obvio que neste momento falo dessa Historia que você esta lendo. Não sei o final do mesmo jeito que você também não sabe. Até agora neste momento a historia que estou a te contar esta incompleta como eu disse antes. E você nem deve estar querendo continuar a ler esta historinha.
Prosseguindo tudo melhorou com uma mensagem, digna de um maremoto de aplausos, olha que mesmo eu sendo dramático, estou praticando até eufemismo em relação aquela mensagem. Uma mensagem tão simples, mas que trouxe um fogo tão abrasador que evaporou todo o dilúvio de tristeza, magoa e melodramas.

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I - O brilhante artista.

Sabe o que dizia essa mensagem que não paro de falar... Ou melhor, escrever, nela estava, nela estava a confirmação que aquele único volt inevitavelmente cresceria a ponto de superar uma descarga de 10 mil volts. Era como uma simples brasa desse inicio a todo um incêndio no coração do jovem artista. Direto ao ponto dessa vez lá estava escrito: "Amigo você ta bem? Saiba que qualquer coisa pode contar com a gente" Uau! Eu disse era simples, mas o sentimento que felicidade que ela trouxe era palpável como uma maçã.
Todo aquele jeito de badboy intelectual se dissipou mais rápido que uma chuva equatorial e mesmo que não decidisse contar o que o deixava agoniado com se mil pregos estivessem sendo martelados em sua alma consecutivamente sem intervalo algum, eles, seus amigos sabiam o que atormentava, também sabiam de sua indireta e pequena parcela de culpa naquela situação.
Mas voltando para a história, olha, ele milagrosamente melhorou, e logo já estava com um godê na sua mão esquerda, quatro ou cinco pinceis no seu bolso, e uma bancada cheia de tintas pretas, cinzas, brancas, também alguns nanquins, e do outro lado da bancada um arco Iris em forma de potinhos de tinta, bem coloridas, bem coloridas mesmo.
Lá estava ele com sua grandiosa obra, naquele momento ele alcançou seu ápice como o genial artista que sempre foi, que estava a pintar a obra destinada a ser sua Magnus opus versão pintura, sabe o que era aquela nova capela sistina? Nada muito extravagante, mas complexo e cheio paixão no ponto certo, ou melhor o ponto Oliver, que bom que naquele momento enquanto pintava seu ego não ultrapassava as paredes daquela casa. "Os quatro espectros e a melancolia", este era o titulo, pois para um leigo neste mundo que é arte eu sei que não significa muita coisa, mas para que você entenda melhor o que tenho a dizer sobre a pintura de Eddie Oliver, vou te explicar todo o significado daquela tela que não estava em branco.
Então lá vai o começo da explicação que até para o grande Eddie Oliver no começo parecia sem sentido, por que até uma coleção de noventa latinhas de fezes são consideradas uma grandiosa obra por todos os críticos de arte, não que ele tenha mudado de idéia em relação que a arte tem seus limites, mas abriu em sua mente fronteiras além de uma Venus de Milo para a arte, mas ele sabia que a cerca que era o divisor de águas para nós artistas, sejamos pintores, desenhistas, cantores, dançarinos, escritores, cozinheiros, é o sentimento que leva ao resultado final, cada gota de paixão que é derramada sobre a obra, vocês entenderam? Esse é o verdadeiro Magnus Opus de qualquer um, o que faz toda peça escolar ser um lago dos cisnes, a paixão que é lançada, o sentimentalismo que foi jogado na arte como se fosse todo um pote de tinta.

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