II - Expondo seus medos - Parte II

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II – Expondo seus medos

[...] de verdade, e isto não é nada de ruim, mas muito obrigado por me apoiarem mesmo já sabendo disso, porem tenho um, não, dois pedidos a vocês, o primeiro é que apóiem todos, sem distinção de cor da pele, gênero, orientação sexual, idade, tudo isso tem de ser respeitado, o meu segundo pedido é que você vá ver a exposição de arte do Eddie Oliver, meu grande amigo, vou deixar a data, hora, local e outras informações importantes anexadas nos cards e o link para adquirir os ingressos do brunch de estréia."

Outras varias pessoas postaram suas mensagens, até os fãs declararam seu apoio aos nossos heróis, mas mesmo com tudo o impacto positivo gerado houveram pequenos danos, como os comentários odiosos, e a perda de vários seguidores, em media, todas as contas dos participantes deste movimento perderam um virgula oito porcento (1,8%) de seus antigos seguidores, por outro lado o crescimento médio foi de treze virgula um porcento (13,1%), eu sei que todos esses dados podem parecer chatos, mas eu estou colocando-os aqui porque os achei em um caderno do Oliver.

Alguns dias se passaram, e chegou o momento que todos esperavam, Oliver estava apreensivo, mal podia conter sua ansiedade, em cerca de duas horas toda sua espera, chegaria ao fim, ele iria expor cinco de suas coleções, além de seu Magnus opus, suas coleções seriam as dos dragões, vinte dragões de varias mitologias, desde Apofis a personificação do caos na cultura egípcia, até a Hidra do Pântano de Lerne que fez parte dos dozes trabalhos de Hercules, outra coleção eram a das frutas exóticas em aquarela, alem da de pessoas que o levaram até aquele lugar, como a Beatriz, ou sua paixão Mary Di Fiori, a ultima coleção era recriações de vários dos seus primeiros desenhos, um cacto cowboy chamado de Spike, que foi seu primeiro desenho de certa forma.

Todos estavam a caminho do MDAB de Minas Gerais, especificamente em Belo Horizonte a capital do estado, vinha gente de todo lugar para ver as obras de Oliver, ou para lhe dar apoio, muitas pessoas estariam lá. Fãs, famosos, amigos, família, ele começou a comer, pensando em tanta gente que iria lá vê-lo, em sua mão tinha um macaron, no prato waffles, na sua frente uma xícara de café bem doce com chantilly, e no pires um financier, ele estava devorando os doces como uma formiga atrás do açúcar, freneticamente, mas mesmo assim mantendo a compostura, e sua tão superestimada classe, ele parou de comer quando uma menina de vestido verde de lantejoulas entrou, era Mary, que mesmo em tanto brilho em meio ao seu vestido, ou seus brincos de diamante, que reluziam com a brilhante luz do sol da manhã, o maior brilho era o de seus olhos caramelo, que eram tão brilhantes como os olhos de uma coruja em meio à noite, ele prendeu seus olhos nela, só via ela, era como se todas as distrações ao seu redor tivessem ficado em segundo plano, Oliver começou as ver a sala ficar preta, vazia, os funcionários que aprontavam o banquete, desapareceram, mas tudo isso foi pelo menos só na cabeça de Oliver, um sonho vivido acordado, mais uma realidade que só era real na cabeça de Oliver.

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II – Expondo seus medos

Ela sorriu pra ele, no mundo real ela fez o mesmo, só que mais acanhada, de longe, pois lá estava ela, vendo a pessoa que ela amava, que ela sabia que também te amava, que ela e ele estragaram tudo ao tentar, nesse momento vou ter que mudar um pouco as coisas, não vou falar do presente, mas do passado.

A festa de Halloween que quase acabou em caça as bruxas

Eddie Oliver tinha quatorze anos, não tinha amigo algum, só uma constate necessidade de ser aceito, ele era ingênuo, abaixava a cabeça pra tudo, vivia com a cara nos seus livros, em suas tintas, em suas pedras, em suas plantas, seus jogos, suas constantes pesquisas, e seus dilemas. Seus prazeres eram aqueles que faziam ele se manter longe das pessoas que só o julgavam, sabe a Gang? Sabe a "cobra" que fez com que Oliver ficasse daquele jeito, sombrio, vazio, sem esperança? Ela já foi uma amiga de Oliver, uma paixão dele, ela manipulava todos, do mesmo jeito que Oliver faz hoje, mas Oliver tem empatia, pouca empatia, mas ele tem alguma, ela não tem nem por aquelas que cegamente a seguiam, por isso Oliver adotou o nome de O Justo, ele depois de perceber como era tratado por ela, por todos a sua volta se tornou recíproco, ela sempre manipulou todos, mas que controlaria o show de fantoches era alguém um pouco mais Justo, aqueles que aproveitavam da inteligência de Oliver para a escola, logo depois o ignoravam, continuavam a fazer ele se sentir só, ele fez questão de descobrir a fraqueza de um por um, se tornando mais uma vez o mestre do jogo, aqueles que o humilhavam, também seriam humilhados.

Um caco de famaOnde histórias criam vida. Descubra agora