V- Party Panic
Rebeka sabia que ia ter uma festa, afinal, quem tava organizando era Marrie e Oliver, ela escolheu os dois, ela sabia que se dependesse só de Oliver, a festa seria colossal, com comidas deliciosas, complexas, com nomes impronunciáveis com “pâtisserie”, cheia de varias opções de comida, com decorações grandiosas, e coisas caríssimas, o problema não era dinheiro, ela tinha aos montes, ela só não queria exageros excessivos, por que o lema de Oliver é “Muito é muito, por isso é bom, afinal quanto mais, melhor.”, ela tinha três opções, ou ela poderia dar um orçamento menor para ele, mas isso não adiantaria, ele cortaria o Buffet e faria por si mesmo as comidas, seriam deliciosas, obvio, mas seriam mais complexas do a do próprio Buffet, a outra era ela podar as asinhas dela, mas ela queria que tudo fosse surpresa para ela, mesmo ela sabendo que ia acontecer a festa, a opção três, aquela que ela realmente usou para baixar a bola de Oliver, foi colocar a pessoa mais desanimada pra festa, Marrie, ela só ia pra festas para comer, mas quem pode culpá-la, todos vamos só pelos “0800”, para quem não sabe, “0800” se usa quando uma coisa é de graça, eu estraguei minha comparação ao explicar, mas sei que alguém ai não deva saber o significado do termo.
O tema da festa era: “É normal, não ser normal.”, preciso dizer quem escolheu esse tema? Uma dica, Marrie é que não foi, na festa todos os convidados seriam da gang, ou seja, pelo menos quarenta retardados imprescindivelmente famosos, talentosos, ricos, desde Maju a cantora, até a juíza Sophia e seu irmão gêmeo Bernardo que era gamer profissional, ou até a maior jogadora de Vôlei Maria Julia, a jornalista Paloma, a estilista e medica Beatriz, tanta gente doida, tanta gente única em um só lugar, como eu também sou da gang é claro que eu vou ser convidado, eu sou, não sou?
Seria a festa do século, não importa se fosse em um bar chinfrim ou em uma mansão reservada só para isso, que no caso era, só a comida, os trajes, os convidados, já faziam daquela celebração ao estupendo, o maior DJ, Laizo, iria tocar lá, obvio, se ele é estupendo, fenomenal, famoso, tinha que ser da gang, só tem uma coisa que vocês tem que entender, ninguém da gang recebeu uma coroa em seu colo, todos lutaram e juntos compraram brilhante por brilhante, fama de um cria de outro, é como um eincendio de talento, todos vieram da mesma cidadezinha de interior, todos conquistaram o mundo de alguma forma, ninguém nasceu com talento, afinal ninguém nasce, talento é algo que tem de ser seu, nasce de suas profundezas.
O convite era fantástico, em um envelope que simulava um terno preto e branco, com gravata vermelha, como seu sigilo, o papel de dentro era azul, verde, roxo, em formatos psicodélicos, algo semelhante ao tema Alice no país das maravilhas, de novo, preciso dizer de quem foi a idéia? Aquele convite, até nele Oliver fez questão de colocar simbolismo, significado, metáforas, terno simples padrão, preto e branco, simboliza como a sociedade deve se portar, segundo seus próprios padrões, a gravata vermelha o seu verdadeiro lado, pelo menos o máximo que a sociedade considerava normal de se mostrar sem se tornar vulgar, ou anormal, já o psicodélico colorido de dentro do convite, era o que realmente somos, normais em não sermos normais.
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V- Party PanicOliver se esforçou tanto para pensar nisso, foi a única coisa que ele pode fazer sem a Marrie o vigiando, quando ela recebeu o convite ligou para Oliver e disse:
-Ninguém liga para esse tanto de significado, serio, todos estão se lixando, ninguém liga para convite de significadinho, todo mundo só vai em festa para comer e beber, ultimamente nem estão ligando para o aniversariante, só querem mesmo encher a cara.
-Eu gosto de mais, mais tudo, porque afinal, muito é muito, por isso é bom, afinal quanto mais, melhor, não concorda.
-Por favor, eu te imploro, não testa minha paciência, poxa tu chega a ser insuportável tem hora, você parece noiva em véspera de casamento, presta atenção em tudo, é capaz de tão nervosos que você fica com tanta coisa ter uma úlcera, em uma úlcera, ainda mais se consideramos sua falta de sanidade.
-Eu sou um gênio, nunca pode as asas de um pássaro.
-Correção, ta mais para noiva que é cientista louco.
-Até que eu gostei, mas que horas você vai para “La máfia”, os balões, minhas tintas em spray para o painel chegam hoje. – “Lá máfia” é uma mansão de que Rebeka é dona, uma das três, a que fica mais perto do fim de mundo, que é a cidade natal deles.
-Já to aqui, e suas tintas já chegaram, só não sabia que você pintava com spray.
-Então... eu não pinto, eu vou pintar pela primeira vez.
-Serio isso? Você vai testar essa merda desses sprays, dessa porcaria da sua veia artística justo hoje? Eu juro que você chegar aqui eu vou ter bater, olha que não vai ser pouco não, melhor vou te espancar, eu tô tentando fincar esses seus pés que mais parecem pranchas de surf no chão, então não inventa moda, e pior de tudo, como vai secar isso, temos apenas quatorze horas, você vai conseguir pintar, deixar secar e me ajudar com o resto? Você ainda tem que acabar de confeitar o bolo, sabia que devia ter encomendado de outra pessoa.
-Primeiro, respira, respira fundo, suga todo oxigênio da atmosfera, segundo, na gaveta da cozinha tem uma caixa de chá que maracujá com camomila e estava doce, bebe os doze sachês, terceiro, mais calma, sei que você me ama, quarto eu vou levar um secador industrial para secar a tinta, quinto já tô com as coisas do bolo aí, só falta rechear e confeitar, e sexto, então bebe o chá que eu já to indo, tchau.
-To te esperando, tchau.
-Já estou indo.
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V- Party PanicOliver chegou lá em “La Máfia”, e viu Marrie, apontando para todos os lados, fazendo com que as decoradoras ficassem correndo de um lado para o outro, era como uma soberana mandando em seus empregados, Oliver sabia que daquela soberana, ele não seria o ditador tirânico, ele seria um escravo daquela rainha.
-Que bom que chegou, você mora a quinze minutos daqui. – Disse ela olhando no relógio em seu pulso, ela estava de uma blusa de Hogwarts, um óculos escuro, que provavelmente tinha grau, porque ela não enxerga sem óculos.
Era como na época da escola, ela usava óculos escuros na aula, porque ela, nem ninguém entendia o jeito do professor de matemática explicar, o resultado era todos chorando, e o professor os mandando se virarem, Oliver chorava se achando incapaz, e gritava, irritava, e usava argumentos lógicos contra o professor implicante, em quanto Marrie chorava de raiva, e tinha que usar aquele mesmo par de óculos no dia seguinte, e como Oliver sabia que Marrie não chorava de tristeza, ela provavelmente deveria estar irada com o painel dos sprays, então, há cem porcento de chance de tempestade.
-Você esta bem? – Disse Oliver preocupado, com aquela bermuda de moletom cinza claro, e aquela blusa com saturno pintado a mão de azul e laranja.
-O que você acha?
-Reformulando minha pergunta, o que aconteceu?
-Você quer dar uma de lançamento, fazer algo inédito, no dia da festa, a decoração atrasou, você não fez o bolo, a Beatriz não entregou as roupas, eu tenho que ir a policia hoje para mostrar as provas contra Roses.
-Me dá metade dessa lista, eu vou fazer metade, você faz o resto.
-Então faça rápido.
-Ok, vou ligar para Beatriz, você liga para a distribuidora das decorações, se você acabar a ligação, antes de mim, você pode bater um chantilly para mim?
-Só por na batedeira com leite condensado e leite em pó, né?
-Sim, sim, mãos a obra cherie.
-Já liga logo.
-Lá vamos nós. – Disse Oliver buscando o numero de Beatriz nos seus contatos, ele tinha salvo seu contato como “Bea, Fada Sensata. A Melhor fada”, todos os contatos dos amigos de Oliver eram salvos dessa maneira, ridiculamente grande e infantil.
Ele apertou o contato e ligou para Bea que imediatamente atendeu.
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V- Party Panic-Oi Edd, o que foi? Tá tudo bem com você? – Sua doce voz continuava pura e inocente, mesmo com o tom metálico que o celular dava, ninguém consegue preservar sua voz pelos celulares, mensagens de áudio são diferentes de falas cara a cara.
- Buongiorno, ta tudo bem comigo, e com você?
-Também ta tudo bem, graças a Deus.
-Você ta ocupada? Preciso olhar um negocio com você sobre as roupas dos convidados.
-Eu tenho sete minutos, depois disso vou entrar em cirurgia. – Beatriz era cirurgiã, mas também uma fenomenal estilista, dona de varias lojas.
-Ok, a Marrie ta tendo um daqueles surtos dela, então, por favor, me diz que você á ta enviando as roupas.
-To sim, só atrasou um pouco desculpa, devem chegar todas aos seus devidos donos em até três horas e meia.
-Então até meio dia chega tudo?
-Sim, sei que tinha combinado mais cedo, mas ouve uns problemas, desculpa.
-Amiga, você não precisa pedir desculpa, já acostumei a ser escachado, e você pode ser fofa, mas esse tanto de pedido de desculpa irrita.
-Nossa! – Disse ela em meio a um riso doce. – Ta bom não vou mais pedir tantas desculpas, desculpa por tantas. – Ownt . – Ela fez aquele barulhinho que quando você está rodando as fotos recomendadas para você nas redes sociais, e vê um gatinho e um cachorrinho juntos brincado. – Você me acha fofa?
-Todo mundo te acha fofa, você é fofa, então... Obrigado, tchau.
-De nada, tchau.
Então, primeiro dos problemas resolvidos, as Roupas iriam chegar para os convidados a tempo da festa, que era as dezenove horas.
Ele foi lá, quando saiu da ligação, viu na cozinha Marrie batendo um chantilly, ela resolveu o problema da decoração muito rápido, aposto que ela mandou eles se virarem.46
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Um caco de fama
Teen FictionUm caco de fama é um livro que conta a história de amigos que se conhecem desde a infância, e agora enfrentaram os desafios da vida adulta e da fama, que e difícil de conquistar é muito fácil de se perder, Eddie Oliver conquista sua fama com muito e...