Capítulo 14

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                                  Oiiiiiiiiiiii, aqui estou para postar o capítulo 14 e lembrar de nosso desafio: Se este capítulo tiver mais de 15 estrelinhas laranjas (voto), a próxima publicação será dupla (capítulos 15 e 16) 

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                                   "Não estou pronta".

O transito tranquilo, na volta de uma reunião com um possível cliente, permitiu Eri pensar sobre a resposta enviada por Ludi. O não estar pronta era bom sinal. Nenhuma porta havia se fechado e ele iria aproveitar qualquer oportunidade de aproximação. Respeitar o tempo da baixinha era algo certo na cabeça de Eri, porém, faria isso a sua maneira. Ao estacionar o carro na garagem da construtora ele escolheu o poema o "Tempo", de Roberto Pompeu de Toledo, onde o autor exalta a forma genial de dividir o tempo em fatias possibilitando a todos um renovar de esperança. Eri releu o texto e sem acrescentar nenhuma palavra enviou a Ludi.

O calor de Montes Claros marcou a manhã de trabalho intenso. Às 10h, Ludi entrou na sala de reunião da construtora com uma jarra de suco de coquinho repleto de gelo, para se refrescar, enquanto lia o relatoria da obra de uma biblioteca a ser construída na zona rural.

— Atrapalho? — Rochester perguntou ao entrar na sala.

— Não. Eu estava mesmo querendo falar com você — Ludi o convidou a sentar com um gesto de cabeça — Sirva-se. O suco está no ponto.

— Obrigada. Vou aceitar, o calor lá fora drena toda nossa força.

— Recebi o primeiro relatório sobre a biblioteca e ficou muito bom — Ludi elogiou — Eu queria ver com você a possibilidade de envolver a participação da comunidade na discursão. Não sobre a parte técnica, mas saber como eles vislumbram esse sonho.

— Muito boa sua visão. Já estou em contato com Cália, uma líder comunitária empenhada na construção. Ela tem contato com várias ONGs dispostas a contribuir com acervos e a instalação de internet, esse é o motivo de ter vindo aqui. Precisamos estudar melhor os espaços.

— Ótimo, passe suas ideias e veremos como adaptar a planta.

Após conversa com Rochester, Ludi lembrou de ligar a Cézar Costa para falar sobre o aniversário das irmãs e descobriu o telefone descarregado. Colocou o aparelho na tomada enquanto resolvia outras pendencias.

Somente na hora do almoço Ludi conseguiu tempo de pegar o telefone que estava carregando na sala de reunião. Ao ligar o aparelho vários avisos de mensagens profissionais e pessoais surgiram na tela, mas a que mais chamou a atenção foi a de Eri. Ela abriu imediatamente e descobriu que se tratava de um poema. Emocionou-se, pois sempre amou a esperança contida nesses versos, e o melhor de tudo, não havia cobrança por resposta.

A hora do almoço passou voando. Somente deu tempo de um banho rápido, alimentar Diadorim, a gata de TPM, comer um mexido e voltar correndo para encontrar um mestre de obra. Quando voltou para casa às 17h, Ludi decidiu que iria caprichar no jantar, uma compensação pelo que houve no almoço. Retirou do congelador peito de frango e cogumelos para mais tarde preparar a comida. De biquíni e o livro de Letícia Godoy, ela foi para a área da piscina, permanecendo ali até o momento de retornar a cozinha.

— Conte o que realmente está acontecendo com você — Ernani entrou na sala do filho — Sua mãe foi categórica quanto a expressão estampada na cara de nosso filho.

MERO CLICHÊ DE AMOROnde histórias criam vida. Descubra agora