11 - O assassino

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— Winn – Kara chamou quando finalmente conseguiu acalmar a própria respiração – Precisamos procurar as outras, eu não sei o que aquele demônio está planejando, mas não posso deixar que machuque minhas amigas.

— Sim, você tem razão – Winn guardou novamente a água benta – Você vai procurar por Alex e eu vou...

— Não! Não vamos nos separar – Kara puxou Winn para fora da casa, as mãos ainda trêmulas pela adrenalina, prontas para se defender se fosse necessário – Talvez seja isso que ela queira, nós precisamos ficar todos juntos.

Ouviram alguns passos pelo jardim, Winn já se posicionava ao lado de Kara apertando a mão da outra garota para que ficasse quieta. Quando uma sombra apareceu, Kara pegou sua água benta, estava pronta para jogar até que ouviram a voz de Cat.

— Hey, por que está aqui? Você é a isca! – Cat disse em um sussurro, mas foi interrompida pelo abraço apertado de Kara – O quê?

— O demônio sabe que estamos aqui – Winn explicou – Nós precisamos achar as outras duas. Você sabe onde elas estão?

— Bom, pelos meus cálculos, a Alex e a Maggie chegariam aqui antes mesmo de mim – Cat encarou Kara com uma expressão preocupada, o medo tomando espaço em seu corpo – Isso não é nada bom...

— Vamos procurá-las do lado de fora, talvez estejam apenas atrasadas – as duas seguiram Winn que resolveu ir na frente. Estava ainda mais escuro, a lamparina de Kara não ajudava muito no breu que se encontrava as ruas. Cat chamou por Alex e Maggie, mas não obtiveram nenhuma resposta. Resolveram dar a volta em toda mansão, o que foi uma missão um tanto demorada, já que a chuva do dia anterior derrubou algumas árvores pelo caminho. Não encontraram nenhum sinal das garotas, apenas as linhas de sal devidamente traçadas.

— Elas estavam aqui e fizeram a linha de sal – Cat tentava entender – E se... E se elas arrumaram um jeito de entrar pela porta da frente da mansão, talvez quebraram alguma janela.

— Nós teríamos ouvido – Kara suspirou, estava tão agoniada que seu coração doía dentro do peito – Mas... Cat! Quando viemos aqui pela última vez, Lena... digo, o demônio conseguia abrir e trancar as portas... E se a porta da frente estiver aberta?

— Alex não seria tão tola de entrar – disse, então bateu em sua própria testa – Mas Maggie é uma idiota, e se ela entrou com certeza Alex não a deixou para trás.

— Ou elas foram embora – Winn levantou a hipótese, mas Cat já caminhava para a entrada da mansão.

— Elas entraram, eu tenho certeza disso. Alex e Maggie não nos abandonariam aqui – concluiu mais do que convencida.

Caminharam rapidamente pela entrada principal da mansão, até então, tinham apenas entrado e saído pelos fundos, e agora procuravam pelas outras duas naquela grande escuridão.

— Veja se está aberta – Kara o fez, segurando a maçaneta e respirando fundo antes de virar. Sim, estava aberta.

— Alex? Maggie? – Kara sussurrou para dentro da casa, abrindo a porta de uma vez e esticando sua mão com a lamparina, tentando encontrá-las – Vocês estão aí?

Os três adentraram a casa, Kara encarou o espelho onde se assustou há minutos atrás. Um arrepio percorreu todo seu corpo ao se lembrar das mãos quentes de Lena apertando sua cintura. Não poderia perder o foco, precisava encontrar Alex e Maggie. Ainda assim, as imagens dos sonhos que tivera não deixava sua mente em paz.

— Você está bem? – Cat perguntou em sua direção, e a menor assentiu rapidamente.

— Eu estou preocupada, nós não temos mais um plano – Kara confessou, encarando seu reflexo no espelho. O rosto estava extremamente pálido e o cabelo uma bagunça de fios loiros. As olheiras pelas noites mal dormidas era o que mais chamava a atenção em seu rosto. Estava terrível. Principalmente porque ainda sentia dores em sua perna pelo machucado que recebeu na última vez que vieram até aqui.

Hell Girl! | Supercorp (G!P) • ©HuffeverOnde histórias criam vida. Descubra agora