Blaine?

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O barulho dos trovões ecoavam pelo quarto. Os lençóis eram macios, torcidos e tinham um cheiro diferente. Cheirava maravilhosamente bem. Sua bochecha estava pressionada em um travesseiro frio, a pele quente contra suas costas. Um braço forte estava envolto em sua cintura, respirações suaves fazendo cócegas na parte de trás de seu ombro.

Kurt piscou e abriu os olhos, observando os arredores. Para começar, ele estava olhando para uma parede verde-floresta com listras brancas finas verticais. O céu cinza e chuvoso com alguns raios e trovoadas, sua mente confusa pelo sono logo percebeu, este não era seu quarto. Esta não era sua cama.

O braço ao redor dele mudou, segurando-o mais perto. Então ele sorriu, lembrando-se de onde estava e com quem estava.

Kurt exalou, fechando os olhos por um momento, querendo desesperadamente voltar a dormir e desfrutar de como tudo estava calmo e silencioso. Mas seu batimento cardíaco estava acelerando, acordando o resto de seu corpo, lembrando por que exatamente ele estava lá, mais especificamente o que eles tinham feito na noite anterior.

Incapaz de dormir, Kurt rolou cuidadosamente para o outro lado, certificando-se de que seu namorado não acordasse também. Seu braço permaneceu ao redor dele, um peso quente e reconfortante enquanto Kurt se reposicionava, vendo seu namorado cochilando.

A bochecha de Blaine estava descansando na borda do mesmo travesseiro que Kurt tinha usado, sua boca aberta enquanto ele roncava suavemente. Seus longos cílios abanavam suas bochechas. Ele parecia mais jovem, mais em paz e tão deslumbrante.

Kurt suspirou, levantando a mão para afastar com cuidado um pouco de cabelo solto de sua testa, as pontas dos dedos deslizando sobre a bochecha, de não muito tempo antes de se arrastar por sua orelha. Blaine cantarolava em seu sono, inclinando-se ao toque e sorrindo um pouco. Instantaneamente, o coração de Kurt inchou. Ele não se importaria de acordar com isso todos os dias.

Blaine soltou um pequeno som de fungada, enterrando o nariz ainda mais no travesseiro compartilhado. Kurt parou sua mão, mas era tarde demais para seu namorado já estar acordando gradualmente, abrindo seus olhos verde mel e tendo em foco o que estava à sua frente. O canto de sua boca se curvou enquanto ele inspirava profundamente.

- Ei.

- Ei, você. - Kurt sussurrou, sorrindo para ele e voltando a escovar suavemente os dedos pelos cachos.

- Você estava me vendo dormir? - Blaine perguntou baixinho, a voz um tanto rouca, fechando os olhos e alargando o próprio sorriso.

Kurt conteve uma risada.

- Você ronca, sabia? - ele sussurrou, o que só o fez rir. Por que eles estavam sussurrando, afinal?

- Está chovendo. - Blaine disse olhando para a janela. - Como você está se sentindo?

Kurt olhou para a janela e sorriu.

- No topo do monte Everest. - virou-se para o Blaine. - E você está lá comigo.

- Alguma dor?

- Meio dolorido em alguns lugares, mas valeu a pena.

- É... Valeu mesmo.

Eles ficaram agarradinhos na cama por mais um bom tempo, apenas aproveitando o momento e escutando o barulho da chuva aumentar. Até que eles escutam um barulho de porta, acompanhado com um berro da Pam.

- Blainey! Mamãe chegou!

- Puta que pariu! - Levantou Blaine igual o flash, e foi se arrumando o mais rápido que conseguiu.

Kurt fez o mesmo. Tudo que ele menos queria era que a sogra o veja pelado, detalhe, eles nunca foram devidamente apresentados.

- Blai- - Quando Pam abriu a porta, deu de cara com seu filho colocando a calça e o namorado do seu filho abotoando a camisa. - Ah.. Desculpa. Foi mal. Eu vou... Eu vou estar na sala. - Terminou fechando a porta atrás de si.

My teacher (klaine)Onde histórias criam vida. Descubra agora