Notas: Essa fanfic participa do Pride Month Fanfics, rolando no Nyah!. É centrada no Albus, mas tem um pouco de Scorbus e... Outros ships! Espero que gostem <3
Eu queria ser Rose.
Minha prima possui muitas qualidades que justificariam esse meu desejo, como o fato de ser estonteante, popular, daquelas extremamente queridas por todos, inteligente, engraçada e gentil. Isso sem contar a personalidade forte e o talento para ser extremamente boa no que faz. Por Merlin, Rose era irritantemente perfeita, daquelas pessoas que possuem até mesmo os defeitos menos piores.
E eu? Era somente Albus. Potter, se quisessem algum favor relacionado ao fato de eu ser filho de quem sou. Mas no geral, só Albus.
Posso não ser o primo mais talentoso, amigável ou querido, mas ser o primeiro membro da família Potter-Weasley a ir para a Sonserina me deu certo destaque. Ao menos as pessoas pareciam me levar mais a sério, talvez por eu ter sido a ponte que fez com que os Malfoy começassem a interagir mais conosco por conta da minha amizade com Scorpius, dando fim oficialmente à rixa de décadas. Ou talvez só ajam como se levassem a sério por medo, quem sabe. A questão é que, fora minha enorme aptidão para Herbologia, Poções - esta última matéria muito porque Slughorn parecia implorar e fazer de tudo para que eu fosse brilhante, sempre oferecendo livros e dando dicas durante as aulas - e xadrez bruxo, não havia nada muito memorável sobre mim. Do contrário dos meus irmãos.
James possuía o ridículo título de capitão do time de Quadribol, enquanto apanhador, ao passo que Lily buscava ensandecidamente um reconhecimento no Clube de Duelos e a fama dos feitiços mais poderosos do quarto ano. Mas eu sabia o que havia por trás dessas atitudes de estrelismo dos meus irmãos: a vontade de serem mais como nossos pais.
James não era o melhor apanhador do mundo. O flagrei diversas vezes treinando sozinho em caçar o pomo e fracassando várias vezes. Eu sabia que seu súbito problema nos olhos eram uma desculpa esfarrapada para deixar a posição e assumir a de artilheiro, que ele era infinitamente melhor.
Da mesma forma eu já flagrei Lily chegando à exaustão na Sala Precisa para dominar os complicados feitiços de anos superiores que ela insiste em performar sempre que pode. Ao menos ela não precisou inventar desculpa alguma, como James.
Esse era um, dos vários, fatores que me diferenciavam dos dois. Eu estava longe de querer tentar ser como nossos pais, pois sabia que era um fardo muito grande para carregar e uma sombra muito densa para acompanhar. Queria fazer minha própria história? Evidente que sim. Eu chegaria a fazer, de fato? Esperava que sim. Eu quero fazer história, mas como? Sendo um herbologista renomado, como Rolf Scamander, marido de minha madrinha, Luna? Ou um professor adorado em Hogwarts, com grandes expectativas de se tornar Diretor, como Neville Longbottom? Eu não fazia ideia ainda. Nem chegava a cogitar poções, porque o mérito das minhas notas excelentes eram totalmente de Slughorn que arranja meios de me dar pontos extras sempre que possível. Não que eu estivesse reclamando, mas era, de longe, uma matéria que eu não gostaria de revisar por anos a fio e muito menos lecionar.
A verdade é que quando você tem dezesseis anos, você não tem certeza do que quer. Não definitivamente, pelo menos. E a história de que os astros possuíam as respostas era totalmente balela. Eu era a prova viva disso. O que eu atualmente tinha certeza é que se eu fosse Rose Weasley minha vida seria infinitamente melhor. E não por não precisar competir pela atenção dos pais com outros dois irmãos, nem por finalmente ter uma rede de amigos muito mais vasta ou os melhores NOM's, e possivelmente NIEM's, da turma.
A questão é que Rose Weasley era o objeto de desejo do meu objeto de desejo. E, aos dezesseis anos e sem muitas perspectivas de futuro, eu só queria viver o presente, afinal ainda faltava um ano para eu realmente precisar começar a me preocupar para valer com o que estava por vir e Sibila Trelawney havia me iludido profundamente a respeito do meu futuro. E meu presente implicava em sonhar regularmente com meu melhor amigo e colega de dormitório, Scorpius Malfoy, vulgo o objeto do meu desejo. Portanto, eu não ligaria de trocar de lugar com ela por um tempo. Ou permanentemente.

VOCÊ ESTÁ LENDO
The Answer Is In The Stars
FanfictionSibila Trelawney havia realizado uma pequena previsão para Albus Potter que o fizera ter certeza de que ele e Scorpius Malfoy estavam destinados. Afinal, as estrelas não mentiam e lá supostamente estariam as respostas que o garoto tanto procurava. E...