Capítulo 25

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Jason e Alice andavam de mãos dadas pela calçada e eu seguia atrás

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Jason e Alice andavam de mãos dadas pela calçada e eu seguia atrás. Era uma cena linda de ver. Na  verdade, eu sempre admirei e me encantava com homens que passeavam com seus filhos,  ou brincavam com eles em algum lugar e sempre pensei que um dia eu iria querer ter um marido que fosse tão bom assim com nosso filho. A verdade é que pessoas que gostam de crianças são as melhores pessoas para se conhecer. 

Avistei uma loja de brinquedos em inauguração que estava fazendo algodão doce na frente do estabelecimento de graça, para atrair pessoas e principalmente as crianças óbvio.

-Uma parada para um algodão doce, que tal? - Disse logo já sabendo que Ali é apaixonada pelo doce.

Ela corre e para em frente a mesa e a mulher sorri para ela e começa a fazer, repondo quase o saco inteiro de açúcar dentro da máquina.  A mulher faz três algodões doces e mesmo que eu não queria e nem pedi, já estava feito e seria feio recusar já que ela estava tão simpática.

-Este é o seu menina bonita.- Ela entrega um a mão de Alice que mal espera para agradecer e começar a comer. -Este o da mamãe. E este do papai. 

Nos aceitamos mas a mulher ainda diz sobre formamos um belo casal e eu ficar totalmente atrapalhada tentando dizer que nós não éramos um casal. mas deu tudo certo.

Saímos de lá e Alice não queria ir embora. Ela queria ir ao parque então Jason disse para irmos mas não iria demorar pois tinha que resolver algo importante. Assim fomos até lá caminhando ao parque bem próximo da onde estávamos, ele ficava em uma praça.

Aquele parque era lindo, ele tinha vários brinquedos personalizados com uma madeira forte e pintado em colorido, era capaz de ter todas as cores se bobear. O parque ficava em uma enorme praça onde até os bancos eram coloridos e o chão era totalmente coberto com areia branca. Todas as crianças que iria ali sempre tiravam os seus sapatos para que pudessem correr e brincar confortavelmente naquela areia limpa, algumas até levavam seus kits de praia de baldinhos e colheres para brincar ali na areia e fazer seus castelos.  Aquele local lindo de lazer nunca estava vazio e sempre havia crianças por todos os lados. Em sua volta havia linda árvores que nos proporcionavam sombras em dias de verão e até mesmo um frescor quando seus galhos balançavam. No meio dos brinquedos havia um coreto onde aconteciam premiações algumas vezes.

Eu e Jason nos sentamos em um dos bancos e Alice logo estica desajeitadamente um de seus pés para cima da minha perna para que eu possa tirar seu par de sandálias da ladybug. Mas ela se desequilibra e antes que eu pudesse segura-la ela cai. Sua expressão de sorridente mudou para séria e assustada e ela levanta a cabeça para me encarar.

-Não machucou não, levanta vai filha. - E ai após eu dizer que não machucou, ela começa a rir e se levanta rapidamente e eu  ajudo a limpar a areia da roupa.

-Não doeu mesmo não mamãe. Viu eu estou forte. - Agora é a vez de Jason e eu rimos quando ela mostra o seu suposto muque.

Tiro enfim suas sandálias e ela sai correndo para brincar no meio de outras crianças de seu tamanho.

-Você está fazendo ela se tornar forte, Sophia. Quando crescer ela vai te agradecer por isso.- Jason diz assim que vira a cabeça para me olhar. Nós estávamos próximos demais e trocando olhares,  encarei o lado oposto ao seu, sentindo um frio na barriga.

-Quero que ela aprenda desde pequena que quando algo ruim acontece, tem que se levantar e seguir em frente e não continuar lá jogada chorando no chão, porquê não adianta nada. - Suspiro. - Não quero que ela sofra.

-Deve ter sido difícil. -Jason murmura baixo e eu enfim, num impulso o encaro e nossos olhos se encontram.

-O que disse ?

-Digo... Você, sozinha.- Ele analisa o meu rosto por inteiro e eu engulo em seco abaixando a cabeça.

-Eu não estava sozinha, eu tinha a Ali. Nunca ficava sozinha. -Sorrio de leve.

-Alice tem você o tempo todo para que cuide dela. Mas, e quem cuida de você?

-O que quer dizer ?

-Fiquei sabendo que chorava algumas noites.  Seja qual for o motivo, quem te ouvia e te aconselhava ? quem estava com você nos dias tristes para te distrair? - Ele brinca com o anel em seu dedo o rodando, que reparei não ser uma aliança. -Você não mudou tanto, continua guardando o que te machuca em sete chaves, estou certo?

-Eu nunca fui muito boa em expressar o que eu sinto. Sempre que tentava era como se as palavras se enrolavam em um nó e nunca saiam. Na minha cabeça passa tudo tão claro e fácil mas na hora de falar era difícil. -Respondo com sinceridade. - Mas para dizer a verdade, eu estou melhor, não bem, mas melhor. A pouco tempo atrás eu consegui ter uma conversa com Pam, sabe. Confesso, que botar tudo aquilo para fora depois de muito tempo guardado foi um alívio. 

-O que te impede de fazer isso mais vezes ? Por que é tão difícil dizer o que está sentindo ?

-Não sei ao certo. Eu nunca tive uma conversa séria sobre nada com meus pais, nem mesmo na adolescência que era quando eu mais precisava. E quando eu tentava e contava algo particular meu, minha mãe sempre contava para todo mundo e ainda usava isso para jogar na minha cara em qualquer discussão boba nossa. Isso me fez começar a não falar mais nada e guardar para mim. Acho que eu acabei adquirindo um pequeno medo das pessoas me julgarem, sabe ? Então, ainda estou lutando contra isso mas não é tão fácil. - Eu dou um risinho antes de continuar. - Eu tenho muitos medos e eles são os mais bobos que você possa imaginar e todos eles eu contrai dentro da minha própria casa. 

-Você continua sendo a pessoa mais forte que eu conheço, Sophia. - Ele toca meu rosto mas eu recuo disfarçadamente enquanto mexo no cabelo.

-Então você continua enganado ao meu respeito, Jason. Eu só finjo ser forte.

-Mas para fingir ser forte, precisa ser forte. Então ainda acho que estou muito certo ao seu respeito senhoria Sophia. - Jason sorri e bota lentamente uma mecha do meu cabelo caída no rosto para trás da orelha. Senti seus dedos passarem pelo meu rosto e aquilo foi como uma corrente de choque na minha pele que percorreu todo o meu corpo e me faltou ar mas, dessa vez, eu apenas o olhei nos olhos e não recuei. Apenas deixei.


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