Dear, Daddy

Capítulo 36

A situação ultimamente estava diferente e isso assim como me assustava um pouco pela mudança brusca, me acalmava. Jason sempre planejava saidinhas sempre que podia comigo e Alice. A gente se divertia muito. Eu e ele temos uma certa química o que ajuda o assusto nunca acabar. A gente está se dando bem novamente e cada tempo que ele passa comigo é como se eu não quisesse que acabasse, digo que se eu pudesse pararia o tempo. Já ele e Alice, eles me dão orgulho de como se amam e se dão bem como se sempre estivessem juntos, não parece que se conheceram recente. Eu amo demais eles dois, e sei que eles me amam também... nós estamos felizes.

Tudo estava corrido agora, depois que Jason voltou. Ele terminou tudo com Meghan, mesmo que tenha sido apenas contrato ele pessoalmente deu um fim nisso. Depois, esperou até que seu pai voltasse para a empresa e assim também resolveu com ele. Ele se recusou a ser CEO, acabou discutindo com seu pai mas segundo ele, agora não importa pois já está tudo resolvido.
Uma viajem que iria ser de apenas dois dias, acabou sendo uma semana. Sim, ele ficou uma semana completa fora resolvendo suas coisas, problemas e esperando seu querido pai ter a vontade de ir embora do Brasil e voltar para sua empresa no exterior para que pudesse conversar pessoalmente com ele. Mas assim que resolveu tudo, ele voltou para mim com um enorme sorriso no rosto ao qual eu não via fazia tempo. Jason gastou muito do seu tempo na minha casa, na maioria das vezes apenas brincando com Alice ou assistindo desenho, mas eu não estou reclamando, ao contrário eu gosto muito. E assim passou mais algumas semanas.

Na semana seguinte Jason começou a correr de bancos e fóruns à corretores e engenheiros. Ele havia decidido por sua ideia em prática e começar sua nova empresa do zero aqui no Brasil. Ele não queria de jeito nenhum sair de perto de Alice e perder seu crescimento mais do que já perdeu -por minha causa-.
Eu estava o apoiando imensamente. Mesmo quando era sobre coisas que eu não entendia, eu o ouvia falando com os olhos brilhantes de empolgação sobre suas ideias para a empresa e modo de gerenciamento e empreendedorismo. Muitas coisas eu não entendia, mas eu sorria e o apoiava dizendo que ele iria conseguir. Era difícil, ele estava sozinho nessa. Totalmente sozinho. Então pelo menos o mínimo que eu podia fazer era ouvi-lo. Algumas noites ele acabava dormindo lá, comigo. E outras ele apenas ia embora dizendo que tinha pesquisas para fazer, e trabalho e ligações para fazer. Eu entendo.

O final de ano estava perto e no próximo ano Alice já iria para a escola primária. Mal posso acreditar nisso, minha bebê está grandinha.
Assim, eu teria que começar a separar os papéis para fazer sua matrícula. No dia que eu for fazer a matrícula eu vou levar Alice comigo para que ela conheça a escola. Jason disse que eu não posso me esquecer de lembrá-lo de ir junto. Ele está com pouco tempo livre mas ainda assim quer tirar um tempinho para ver a reação de Alice ao conhecer a escola pela primeira vez. Ele é um bom pai. Ótimo pai por sinal.

Eu estou tão feliz com o rumo que a minha vida tomou. Em pensar que antes eu só trabalhava para criar minha filha, chorava todas às noites por solidão, guardava rancor dos meus pais por terem me expulsado de casa, não queria sair de casa ao não ser que fosse para trabalhar ou levar Alice para passear.
Agora eu trabalho não só para sustentar minha filha, eu trabalho porque eu amo o meu trabalho. Não choro de noite, ao contrário eu sorrio e agradeço por ter pessoas especiais na minha vida. A ferida causada pelos meus pais já doeu muito, se eu dissesse que não, estaria mentindo mas não quero viver com rancor de ninguém. Eu apenas os perdoei e pronto, eu me sinto muito melhor na verdade. E bem, eu até tenho saído bastante sempre que da. Seja com Ali, ou com Jason ou até mesmo algumas vezes com Camila para fazer compras em shoppings. Eu estou me divertindo muito mais