15 - Falling

69 12 22
                                    

(Edward's POV)

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

(Edward's POV)

Meses se passaram e todos os nossos medos se tornaram tão reais quanto fantasmas em um filme de terror. A gestão nos afastou, o William teve que se mudar da nossa casa e agora tanto eu quanto ele éramos constantemente fotografados com mulheres contratadas pelo Phillip, por paparazzis também contratados por ele. Virou tudo um show de horrores e por mais que nos negássemos a desistir de nós dois, já estávamos tão distantes que nem conseguíamos ouvir os gritos de dor e angústia que nossas almas enjaulavam, mas que antes seriam facilmente detectados pelo olhar um do outro. Olhares esses que agora eram proibidos de se cruzarem, como se fôssemos cegos em busca da única esperança de enxergar algo, mas essa esperança era constantemente tirada da nossa frente.

Logo, o namoro dele com uma moça foi noticiado nos tabloides. Fotos dos dois andando de mãos dadas pelas ruas pareciam facas sendo apunhaladas contra o meu peito, pois eu sabia que em um mundo justo, eu que deveria estar segurando a mão dele. Enquanto ele representava o papel do namorado de outra, eu representava o papel de mulherengo e isso às vezes me deixava enojado, por várias horas debaixo do chuveiro, tentando lavar as mentiras que pareciam, agora, estarem entranhadas na minha pele. Além disso, com todas as crises de ansiedade, também vieram minha estúpida e ineficaz ideia de anestesiar aquela dor com bebidas alcoólicas. Sendo assim, na maioria das noites solitárias no apartamento que um dia foi nosso, eu só conseguia dormir quando estivesse completamente bêbado ou depois de escrever várias músicas sobre ele, sobre a nossa dor e, principalmente sobre o nosso amor. 

Então, no dia do lançamento do álbum de um dos artistas da nossa gravadora, eles deram uma festa particular e pediu para que fôssemos. Eu não queria ir, mas mais uma vez aquele maldito contrato foi jogado na minha cara e eu tive que ceder. Eu sabia que William não estaria sozinho nessa festa e que ia ser um verdadeiro inferno assistir mais daquele teatro. Dessa forma, comecei a beber antes mesmo de sair de casa e chegando lá na festa, continuei, sem hesitar, sem raciocinar. Assim, fugindo um pouco do barulho, fui até o grande jardim com uma enorme piscina que tinha na casa onde a festa estava acontecendo, tirei meus sapatos e sentei na beira da piscina, me permitindo respirar um pouco daquele ar fresco e apenas sentir a água fria nos meus pés até que...

— Você está bem? — Questionou aquela voz vindo de trás de mim. Voz essa que eu reconheceria em qualquer lugar — Eu vi que você estava bebendo muito. Então, quando você saiu, pensei que estaria passando mal. — Se explicou, tirando seus sapatos e sentando ao meu lado.

— Não é a bebida que me faz passar mal. — Respondi, focando meu olhar nos desenhos que meus pés faziam na água.

— Eu também não estou bem com essa situação. Você sabe disso, não é? 

— Você parece muito obediente.

— A gente já conversou sobre isso. É difícil, mas a gente só tem que aguentar firme. No fundo, nós dois sabemos o que é real. 

Between the WALLS we find the FINE LINEOnde histórias criam vida. Descubra agora