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– Aconteceu algo? Não precisa falar se não quiser, sempre deixo claro que falo demais e enfim...

Rita tagarelou, como sempre, se virando com roupas dobradas na mão, neguei ainda deitado e coloquei as mãos no meu abdômen. Enquanto tentava pensar em como ela está... como vai ser o encontro de Kate com Gael, caso eu liberasse.

– Está mentindo para mentirosa. Fala logo o princesa.

Não estou mentindo, nada realmente aconteceu além da louca da Kate voltar do nada.

Bufei e a senti se sentar na cama, já que o colchão afundou levemente, respirei fundo e decidi falar. Pelo que escutei do Mariano, a diabinha consegue ser insistente, também digo por experiência própria.  

– Mãe do Gael quer vê-lo.

– Woow, esperava outra coisa. Bom, é o direito dela né? Você vai deixar?

Sim, é o direito que ela tinha, mas perdeu no momento em que fugiu do hospital, não a viram sendo levada por ninguém, ela se foi. Quero encontrá-la, abraça-la e perguntar o porquê. Como pôde trair eu e meu filho, ainda não superei o que ela fez.

Eu a amava muito.

– Ela perdeu o direito, nem ao menos estava lá para registrar o filho, pra ver com quantos quilos ele nasceu, se estava saudável ou não... Apenas pariu e nem por escolha dela. Foi uma confusão na justiça para registrar ele.

– Ela não queria ter o Gael... A obrigou?

Rita não estava sendo invasiva como normalmente, ela pergunta com cautela cuidando e medindo as palavras. E eu preciso conversar, nem que seja com a pessoa no qual eu não goste muito.

– Não a obriguei a nada. Não nos cuidamos na hora de fazer e ela me disse que estava grávida... Fiquei com medo, nervoso já que sou da máfia e eles vem sempre atrás do meu ponto fraco, seja um cachorro, namorada, filho... Enfim, depois de uns dias aceitei, não teria o que eu fazer. O bebê não tem culpa da minha irresponsabilidade, então ela disse que não queria e iria tirar, ela foi sem me consultar antes, qual o problema de conversar? Me deixar informado? Aí seus pais não deixaram e ela concordou, mas todo dia era reclamações do bebê. Que deixaria seu corpo feio, que não amamentaria... Eu não tinha visto esse lado dela.

Meu olho lacrimeja só de lembrar, eu não me vejo sem o Gael, sem o nenê que chamo de filho. Imagina se fosse diferente? Se não fosse como eu queria.

– Sabe, se eu fosse ela... Me envergonharia de voltar, de olhar para vocês dois... ainda mais sabendo que você cuida muito bem dele, mas eu gostaria muito de ver meu filho, uma última vez. 

Encarei Rita e ela olhava para o colchão, agradeci baixo e ela sorriu se levantando.

– Continuo sem gostar de ti, mas sei quando alguém precisa conversar e estarei aqui quando precisar. Vou tomar um banho agora, depois de explico o plano que bolei com eles.

𝒖𝒎𝒂 𝒆𝒔𝒕𝒓𝒂𝒏𝒉𝒂 𝒅𝒖𝒑𝒍𝒂 𝒎𝒂𝒇𝒊𝒐𝒔𝒂 Onde histórias criam vida. Descubra agora