Prólogo

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|PAFFERTY, CAPITAL DE VALÊNIA – 02:32 PL|

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|PAFFERTY, CAPITAL DE VALÊNIA – 02:32 PL|

Zibele olhou com tranquilidade os soldados fazendo um grande esforço para pôr o rei Leopold sobre a cama limpa de sua pequena e discreta casa. Já era tarde da noite, ainda estava com sua aparência de feiticeiro enquanto atendia a porta e via dois homens exaustos carregando mais um desfalecido.

Após ver o sol dourado no meio da bandeira vermelha, teve certeza, aquele era o rei de Valênia, país que tem a cidade de Pafferty como capital, o rei filho de Makisha, a grande e tão adorada rainha de Valênia. A única coisa que se preocupava realmente era o motivo de homens tão abrutalhados estarem entrando em sua casa àquela hora.

Zibele juntou suas mãos em frente ao corpo, cobrindo ambas com a grande manga de seu robe de ceda, a ponta tão leve e comprida que chegava em seus joelhos naquela posição. Um passo para trás, seu corpo voltando a ser coberto pela luz da lua, brilhando como uma das estrelas que estavam no céu naquele momento, o cabelo branco que cobria toda a coluna, pálido pela forma de feiticeiro, chamavam a atenção por irradiar pureza ao ser comparado com as asas de um unicórnio. A lua alimentava seus poderes naquele momento com sua luz extraordinária.

Seus olhos amarelos, esverdeado dependendo a sombra ao redor, seguiram o movimento brusco dos homens ao soltar o rei em sua cama, e pelo resmungo que ele soltou, certamente estava vivo. Zibele recuou com seus olhos de pantera, não achava necessário exibir sua marca para homens desconhecidos.

— Estávamos à caminho de Yabella quando fomos atacados por um grupo de trolls, eram tantos que não tivemos outro meio se não correr — um dos soldados explicava toda a situação, e pelo nível de sujeira que estava em sua pele, talvez a história realmente fosse verdadeira — Eles estavam atrás do rei, por isso está tão ferido. Eles queriam nos roubar.

Zibele apertou a sobrancelha, achando estranho o que o homem explicou. O feiticeiro saiu de onde estava, fugindo da luz azulada da lua. Conforme caminhava até o homem caído sobre sua cama, Zibele escondia sua aparência de feiticeiro, tanto que quando estava se ajoelhando ao lado do rei, seu cabelo já estava preto e sua pele era negra novamente, seus olhos amarelos substituídos por olhos castanhos, sua roupa branca indo para o vermelho vivo. A aparência albina havia sido abandonada totalmente naquele momento.

Os soldados retesaram o corpo pelo susto de ver algo assim.

Zibele levou a mão até a testa do homem cadavérico, tomando cuidado para segurar a manga de seu robe, não queria que o tecido varresse o suor abundante que o desmaiado soltava por todo o corpo, seria um tanto nojento.

Como imaginava, ele estava quente, mais do que o comum.

— Eu espero que ele esteja ferido o suficiente para não se transformar aqui — Zibele disse enquanto colocava o dorso da mão contra o mesmo local que havia medido a temperatura — Não gosto de lobos.

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