De volta ao passado

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| ROTA PARA FEÓRIA, PRIMEIRO JOQUESTE - 04:15PL |

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| ROTA PARA FEÓRIA, PRIMEIRO JOQUESTE - 04:15PL |

Se tinha uma coisa que tinha que fazer, certamente era aprender a ignorar tudo o que Leopold dizia sobre o quase momento íntimo e seguir o dia pensando em como ajudá-lo nas duas questões que tinha pendente. A poção e a infertilidade, se é que a infertilidade tinha cura.

Zibele tinha sido sincero o tempo todo sobre o que poderia acontecer, tinha dito que talvez não havia uma cura efetiva sobre aquele problema, mas que faria tudo o que fosse possível para ajudá-lo. O momento em que disse isso havia se tornado um tanto melancólico, fazendo Zibele limpar a garganta e dizer que era muito bom no que fazia.

Leopold, com toda a falta de vergonha do mundo, disse que apenas beijando-o e indo para a cama com ele confirmaria se ele bom mesmo em tudo o que fazia.

Zibele o ignorou ao sair do quarto.

Agora estava olhando para o horizonte escorado na borda do navio, vendo pequenas montanhas indicando terra. Chegariam ali em menos de um dia. Feória, sentia tanta saudades daquele lugar, da cultura, da comida. Usava robes porque em Feória era moda usar bastante tecidos, com exceção dos escravos, que pareciam pelados, mesmo usando lindos e caros panos finos.

Aquele lugar era escravocrata, mas não havia maus-tratos, não havia humilhação, pelo menos não por parte dos Reis. Havia, claro, pessoas que iam contra as regras, fugindo das proibições que eram contra agressões sem motivos, haviam detalhes que Zibele achava interessante sobre o país que estava chegando.

Havia uma regra que dizia que outra pessoa poderia começar uma briga, mas quem agredia primeiro, tendo razão ou não, sofria mais punições. Era um país pacífico, apesar de ser dominado por felinos. Zibele realmente estava ansioso.

— Eu estou com medo — uma voz feminina ao lado dele soou com vagareza e tranquilidade.

— Medo do que? Feória?

— Do Nueve — Lucilla virou o rosto para Zibele com a expressão fechada — Ele me conhece demais, e eu nem sabia.

Colocando as mãos para trás e sorrindo, Zibele perguntou se aquilo não poderia ser algo bom.

— Quanto mais ele me olhar, mais irá perceber que eu não sou como todos gostam.

— Seu diferente é o normal, Lucilla, todo mundo com o mesmo comportamento, com a mesma ideologia e estilo de vida perde a graça.

— Então eu sou uma piada para ele? — ele ergueu as sobrancelhas e Zibele fechou a expressão — Leia isso.

Zibele pegou um papel fino que dava para ver o outro lado, nele estava escrito alguma mensagem em um letra de caligrafia perfeita e feita com caneta bico de pena. Zibele começou a ler sem falar em voz alta, percebendo que Lucilla esperava a reação dele. 

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