capítulo 01 - o problema das fechaduras

411 47 273
                                    

Oi, meus amores!

Estou me aventurando numa fic mais engraçadinha e estou ansiosa pra saber se vocês vão gostar! Esse plot tem referências a filmes e livros e, claro, aos momentos divertidos dos hyungki! Ela será dividida em 14 capítulos e as atualizações serão semanais!

Tô torcendo pra vocês darem muitas risadas!

Boa leitura!

· · • • • ⋈ • • • · ·


Ver o sorriso no rosto de minha avó me fez esquecer por alguns segundos todas as dores de cabeça que tive para chegar até ali. Ela me abraçou e agradeceu o presente que lhe trouxe - um suéter de cashmere magenta, sua cor preferida -, dando tapinhas fortes demais em meu braço.

Yoo Jihan estava completando setenta anos, mas continuava tão enérgica quanto se estivesse com apenas vinte. Nem minha mãe, Yeojoo, tinha tanto pique, mas havia algo que as duas mulheres da família tinham em comum: amavam atazanar a minha vida.

Fui praticamente obrigado a aparecer para visitá-las em pleno outono, no pico das atividades do trabalho, com o drama de Jihan que dizia já ter idade para morrer sem mais nem menos - certamente ela alcançaria os duzentos anos se quisesse, mas fazia cena quando eu ficava longe por tempo demais.

Saudade poderia ter sido uma desculpa mais simples, mas eu não conseguia esconder que me sentia feliz em revê-las. Sempre dava um jeito de aparecer nos aniversários, mas já fazia quase um ano que não colocava os pés na minha cidade natal. Sendo assim, as férias de duas semanas vieram a calhar, quase como se o destino tivesse me dado uma mãozinha.

Meu primo Lee Jooheon também estava na casa, ajudando na cozinha ao lado de um rapaz que eu ainda não tinha visto pessoalmente, mas sabia chamar-se Im Changkyun. Jihan, com um entusiasmo exagerado, apresentou-o como sendo o namorado de Jooheon e entendi imediatamente onde essa conversa ia parar.

— Ele é um menino muito talentoso — a mulher segurou Changkyun pelas bochechas, deixando-o levemente envergonhado, e voltou-se à mim com aquela expressão que eu sempre detestei, pois daquele sorriso só poderia sair um tipo de pergunta e foi exatamente o que aconteceu: — E você, querido? Como vão os casinhos?

Jooheon gargalhou porque adorava quando a vovó fazia isso comigo.

— Não tem casinho, vó, quantas vezes eu vou ter que dizer que...

— Ranzinza — ela me deu um peteleco dolorido no nariz e virou-se para os outros rapazes. — Eu não disse que ele precisava dar pra alguém? O coração já está virando pedra...

— Yoo Jihan! — chamei sua atenção pela escolha de palavras, mas ela apenas riu.

— A gente vai resolver o seu problema, querido.

Assim que ela deixou a cozinha, revirei os olhos e puxei uma banqueta para me sentar com os braços sobre a bancada. Questionei a Jooheon o que a vovó quis dizer com aquilo de "resolver o problema" e ele deu de ombros.

— Você sabe, elas convidaram uma pessoa pra dormir no quarto — ele contou e deixei escapar um "o quê?" horrorizado, mas nem um pouco surpreso. Changkyun quis saber o que aquilo significava e Jooheon explicou: — tem um quarto vago lá em cima e elas sempre inventam de hospedar uns caras lá pra ver se algum deles dá uns pegas no Kihyun. Você sabe, aqueles quartos que dão pra mesma varanda...

— Ahh, entendi — Changkyun riu da ideia maluca. — E já deu certo alguma vez?

— Deixa eu ver: um amigo da faculdade, um viajante desconhecido, um maluco tocador de harpa — tratei de enumerar nos dedos da mão. — Não, nunca! Como eu posso deixar uma pessoa assim entrar no meu quarto porque a minha mãe e a minha avó querem? Eu é que preciso escolher um namorado, não elas!

Nothing In Common | HyungKiOnde histórias criam vida. Descubra agora