capítulo 10 - o problema dos fogos de artifício

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Oi, meus amores!

Antes de mais nada, eu quero pedir pra vocês não ficarem com raiva do Nunu nesse capítulo. Ele tá só fazendo a coisa certa.

Boa leitura!

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Não tinha sido nada fácil encarar Hyungwon depois do que ele havia feito e continuamos nos bicando como quando ele chegou. Não havia mais sentimento de pena ou compreensão com o momento difícil que ele estava passando com a família porque eu simplesmente decidi que apagar todas as confidências e demais lembranças era a melhor alternativa para nós dois.

Ele certamente tinha tomado a mesma decisão visto que apenas me importunava como se fôssemos dois adolescentes presos numa sala para detenção - talvez como mecanismo de defesa. Sem perceber, os dias passaram tão depressa que acordei ansioso demais no dia do festival.

Hyunwoo finalmente pareceu aprender a responder minhas mensagens, mas seus dedos eram deveras monossilábicos. "Vamos nos encontrar às sete?", "Sim". "Você acha que vai estar frio?", "Não". Dizia para mim mesmo que ele parecia distante virtualmente, mas que tudo correria bem e teríamos uma noite incrível juntos.

Changkyun era quem mais estava me dando forças por causa da estúpida aposta feita com Jooheon. Meu primo tinha vencido a primeira rodada - assim eles a chamavam -, e agora a disputa pelo uso das algemas parecia ganhar um novo patamar.

Não queria nem saber o que tudo aquilo significava, então tratei de despistá-los, me trancando mais cedo no quarto com a desculpa de que precisava me arrumar. A blusa de gola alta que Hyungwon havia me emprestado estava dobrada sobre a mesinha depois de ter sido lavada e passada, mas não tive coragem de ir até o quarto adjacente para entregá-la ao dono, com medo de que ele quisesse tocar no assunto do beijo.

Ah, o beijo... Ainda não fazia ideia do motivo de ele ter acontecido, embora algo estivesse estalando dentro de mim sempre que me pegava pensando nisso. O Chae provavelmente só estava tirando onda com a minha cara, analisando a minha reação para depois jogar todas as suas provocações contra mim.

Ao menos era nisso que eu botava fé.

Sem ideia sobre o que vestir, coloquei o maxi suéter colorido que queria ter usado na festa de aniversário da vovó e não me preocupei em verificar se tinha roupas menos chamativas ou mais maduras. O que importava era eu me sentir confortável já que previa uma série de situações que poderiam me deixar constrangido - o falatório sobre o quarto, por exemplo, ou o simples fato de estar acompanhado por Hyunwoo.

Senti-me um tolo quando terminei de me aprontar e ainda faltavam quase cinquenta minutos para o horário combinado. Simplesmente me sentei sobre a cama e esperei, abrindo um joguinho qualquer no celular para que o tempo passasse mais depressa. Aquilo ajudou e dez minutos antes das sete, a porta da varanda se abriu e Hyungwon entrou sem pedir licença.

— Você insiste em usar essa blusa, não é? — dirigi-lhe um olhar feio e ele apenas ergueu uma das sobrancelhas. Perguntei sem nenhuma delicadeza o que ele queria e ele respondeu: — Te dar um conselho.

— E por que eu iria querer um conselho seu? — rebati, levantando-me e guardando o celular no bolso da calça. Ele deu de ombros e se aproximou, o que me fez ficar atento à movimentação e alerta caso eu precisasse me defender de algum dos seus ataques surpresa.

— Eu acho que você não devia ir ao festival — ele jogou na lata e não tive tempo de questionar o motivo, porque ele logo emendou: — Você tá indo embora em dois dias, eu acho que você vai quebrar a cara.

Nothing In Common | HyungKiOnde histórias criam vida. Descubra agora