Oi, meus amores!
A carta em itálico é a que o Hyungwon deixou no anuário para o Kihyun quando eles estavam no colégio.
Boa leitura!
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Um ano depois
— O que está fazendo? — perguntei quando vi Hyungwon na frente do fogão com o acendedor à postos. Eu tinha apenas ido até o banheiro e ele já estava aprontando das suas. — Me dá isso, não quero que coloque fogo na cozinha.
Ele riu e disse que estava apenas tentando ajudar, mas ambos sabíamos que ele era péssimo em tudo o que envolvia o preparo da comida.
— Minha avó deve estar chegando e eu já tô quase terminando, então pode dar o fora — ralhei, expulsando-o do cômodo. Aumentei o fogo e voltei a mexer no cozido de frango e, de repente, senti seus braços me envolverem pela cintura, seu corpo recostar-se ao meu e seu queixo repousar na curva do meu pescoço. — O que foi?
— Esse é meu jeito de te ajudar na cozinha — ele respondeu. — Eu sei que você gosta.
Não evitei o sorriso e virei o rosto para trocarmos um beijo rápido. Era verdade, sua companhia me fazia muito bem e a comida sempre saía mais saborosa quando ele ficava me assistindo e me mimando daquele jeito.
Como eu só precisava ficar de olho e mexer no conteúdo da panela para evitar que algo se queimasse, deixei Hyungwon permanecer ali comigo e fiz carinho em seu braço enquanto ele movia nossos corpos como se estivéssemos dançando uma música lenta.
Fazia oito meses que estávamos morando juntos e minha avó sempre nos visitava quando vinha para Seoul com as amigas. Gostávamos de preparar pratos diferentes e era divertido porque ela sempre tinha alguma novidade sobre Cheonan para compartilhar.
A mãe de Hyungwon também aparecia quando vinha a trabalho até a capital. Embora os Chae ainda tenham demorado a aceitar as escolhas do filho, ela se mostrava bastante preocupada e cada vez com a mente mais aberta.
Jooheon e Changkyun também eram hóspedes frequentes, mas tinham feito amizade com Minhyuk e às vezes passavam alguns dias no apartamento que ele logo, logo dividiria com Minji.
Muita coisa tinha mudado e Hyungwon foi nomeado por sua mãe para um cargo importante na filial da empresa em Seoul enquanto Minhyuk e eu passamos a trabalhar no mesmo andar do escritório.
A principal mudança, no entanto, era o fato de que não me sentia mais sozinho. Acordava todos os dias na companhia de um Hyungwon dorminhoco e sempre que eu voltava para casa depois do trabalho encontrava surpresas distintas como quitutes de diferentes cafeterias sobre a mesa ou bilhetinhos na bancada da cozinha - isso tudo porque Jooheon havia nos dito que Changkyun sempre lhe deixava presentinhos aqui e ali e Wonnie achou que eu tinha ficado com um pouquinho de inveja.
Desligando o fogo e deixando a comida descansar como pedia a receita, eu conferi se estava tudo pronto e tirei o avental, estranhando a demora de minha avó. Hyungwon me soltou para buscar seu celular e avisou que Jihan tinha enviado uma mensagem contando sobre como o trânsito estava feio naquela parte da cidade. Deduzimos que levaria tempo até ela chegar e me preocupei porque a comida esfriaria, mas Hyungwon me puxou consigo para o sofá e me pediu para não ficar tão ansioso, já que o microondas resolveria esse problema.
— Enquanto ela não chega, vamos esquentar outra coisa — eu ainda me surpreendia com sua força e morria de vergonha de sua aproximação, mesmo me domando em segundos. Hyungwon empurrou meu ombros contra o sofá e se pôs sobre mim, beijando minha boca ao mesmo tempo em que ajeitamos nossos corpos sobre o móvel.
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Nothing In Common | HyungKi
FanfictionKihyun é obrigado a retornar ao interior para visitar a família. O que ele não sabe é que sua mãe e avó ainda estão batendo na mesma tecla e continuam agindo no módulo cupido: querem porque querem que o garoto desencalhe e, para isso, elaboram mais...