Alguns denominam a inveja como o pior pecado, o pior sentimento de todos. A razão de querer algo que alguém tem, seja igual ou superior, seja um objeto ou uma pessoa, seja o que for, a inveja é a inveja.
E quando ela vem tomada pelo egoísmo e pela...
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Arde no meu peito, chega a doer de tão forte, uma dor bonita e simétrica, algo que parece preencher cada canto do meu corpo vazio, algo que me pega e me pucha, me tira da infame tristeza e me faz mais vivo.
É lindo e puro, quente e aconchegante, é tudo o que nunca senti, mas parece me envolver de uma forma tão única que já me sinto acostumado.
É o amor. Eu a amo, a amo tanto que chega a doer.
Seu sorriso, seus olhos, suas manias, seu jeito, sua existência, eu a amo por um inteiro, como se o universo e o resto do mundo fossem meras migalhas ao tamanho do que sinto.
Como algo tão bom assim pode existir?
Nesse vaco de tempo, enquanto sinto meu corpo ser transportado pelas ondas da existência, é a única coisa a qual consigo pensar.
Quero que minha mente se apague e que meu corpo se funda as migalhas do universo, eu a amo e é tudo o que me importa na vida.
Jung Naylee, eu te amo.
Sinto meu corpo novamente, meus dedos, meus pés, escuto levemente uma melodia na minha cabeça, minha consciência parece retornar, eu sinto uma movimentação ao redor do meu corpo, e então de repente estou vivo novamente.
Eu abro os olhos e me surpreendo com o que vejo, estou em uma festa, não, estou em uma boate, as luzes piscam, e as pessoas dançam ao som de uma música alta, olho para o meu corpo, vejo as roupas pretas e arrumadas para a ocasião, eu olho ao meu redor, e tento reconhecer algo, alguém, qualquer coisa.
Eu começo a andar pelas pessoas, pelo lugar, sem que não estou na Olímpio, mas onde estou então?
Um baque me aflige assim que paro em frente a porta, eu não voltei três dias no passado, nunca estive em uma festa há três dias. Logo começo a ter lembranças de como vim parar aqui, de Choi, seus homens, Naylee e o beijo.
