Epílogo

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1 ano depois

16 de Outubro, 4:00 da manhã

Acordo com o barulho na minha janela. Parecia que alguma coisa batia nela.

Não abro os olhos.

Eu sei, eu sei, eu não aprendi a lição.

Me reviro na cama e cubro minha cara com o travesseiro.

_Vai embora. _disse eu debaixo do travesseiro

_É assim que recebe seu pai?_ouço a porta abrir e alguém entrar

_Se esse pai me acordar com batidas na janela, sim! Agora vai embora!

_Ir embora? Mas eu acabei de chegar! Além do mais, como vamos comemorar o seu aniversário?

_O Meu...ah!_lembro do dia em que estávamos_Ah, sim. Esse dia. Você eu não sei, mas eu pretendo dormir até terde!

Ele bufa e se senta na minha cama.

Coloco o lençol em cima da cabeça e jogo o meu travesseiro nele.

_Você errou._ele ri

_Prometo que da próxima vez não vou errar! _tiro o lençol da cara e olho pra ele com raiva, que sorriu triunfante

_Se troque que eu vou levar você em um lugar nem que seja a força!

_Terá que usar a força. Porque não sairei dessa cama tão cedo!

_Desisto._ele ergue as mãos em sinal de rendição e eu sorriu triunfante_Mas pelo menos não perdi a viagem, vou levar sua mãe, ela já concordou._ele sai do chalé

Arregalo os olhos.

Pulo da cama e me visto mais rápido do que eu achava possível. Coloco a primeira blusa que vi (que por ironia era do Acampamento), uma saia de tecido reciclável que a Petra me deu que eu nunca tinha usado pois era terrível (Não conte a ela que eu disse isso) e um chinelo estranho.

Saiu do chalé as pressas, dando de cara com um Poseidon muito presunçoso encostado na parede de braços cruzados. Ele riu e desencostou da parede.

_Sabia que não resistiria. Vamos._ele pega minha mão e antes que eu pudesse perguntar o que ele estava fazendo, sinto meu corpo se dissolver em água e mordo o lábio pra não gritar, não ia dar esse gostinho pra ele

Meu corpo vira sólido de novo e caiu pra frente.

Olho pra frente e abro um pouco a boca, totalmente surpresa.

Estávamos em um lugar com vários prédios em dourado, prata e bronze, eles pareciam templos, em cima de cada um estava um símbolo de poder. Gramados esverdeados e cheios de vida se estendiam em volta das construções. Uma escada de mármore branco reluzia com as luzes de led e velas. Nove mulheres estavam sentadas em bancos de mármore afinando instrumentos dos mais diversos: violino, violão, flauta, bateria e até uma guitarra vermelha-berrante. Uma construção alta e imponente, tudo em dourado. O telhado era de mármore branco, colunas gregas sustentavam as paredes (embora eu ache que não precisasse dessas colunas ostentosas). A porta mas parecia um portão da Casa Branca, tudo em ouro, incrustado com pedras preciosas (e bota preciosas nisso!) nas laterais.

_Wow!_me levanto olhando ao meu redor_Esse não é...?

Ele confirma com a cabeça.

_Não acredito! ESTAMOS NO OLIMPO!_começo a dar pulinhos mas me recomponho ao ver ele rindo divertidamente de mim_ Quer dizer...legal...é muito...legal o Olimpo._limpo a saia e faço careta a ver a péssima escolha de roupa que eu tinha feito

Mayara Focus- A Filha do MarOnde histórias criam vida. Descubra agora