𝐂𝐎𝐅𝐅𝐄𝐄 𝐒𝐇𝐎𝐏 | 𝐏𝐀𝐔𝐋 𝐌𝐂𝐂𝐀𝐑𝐓𝐍𝐄𝐘 (HIATUS)

║Capítulo 9║

Paul gelou com a afirmação do baixinho de olhos azuis, sentindo seu coração acelerar mais rápido do que o normal. Então, essas sensações que sente quando pensa na loira ou a encontra é porque estava agindo como um bobo apaixonado. Apaixonado, é isso? Desde que trocaram os primeiros olhares ele simplesmente se apaixonou pela garota? O moreno não conseguia compreender isso, nunca sentiu algo tão estranho ou forte que pudesse permanecer por tanto tempo, e se fosse realmente paixão, já entenderia logo de cara. Não devia agir dessa forma com algo que está tão acostumado. Não, não podia ser isso e Ringo deve estar confundindo a situação, de acordo com si mesmo. Sua cabeça doía no momento, a verdade é que literalmente não sabia o que pensar, seu amigo falou de um modo tão natural que isso o fez ficar incrédulo. Conhecera Ruby em pouquíssimo tempo, nem se tornaram amigos ou algo do tipo, pensar que está apaixonado é algo fora de cogitação.

Mas, e se estiver? Sua mãe sempre lhe dizia que todos nós encontramos alguém especial, para que depois possamos dividir nossa vida com essa pessoa, e o primeiro olhar é sempre inesquecível, porque é o ponto chave de onde tudo começa. Algo que nunca esquecera é que nem sempre os primeiros relacionamentos dão certo e algumas vezes os sentimentos podem ser diferentes. Então, será que Paul era realmente apaixonado por Jane nos anos de Ensino Médio? "Apaixonar" é uma palavra muito forte, e isso martelava em sua cabeça.

Parece que seus pensamentos já estavam indo longe demais.

O McCartney piscou os olhos diversas vezes, saindo do seu estado de transe e olhando assustado para o amigo. Este já estava estranhando o comportamento do mais novo, achando que tinha falado algo de errado.

— Pa-

— De modo algum! — o moreno o cortou. — Eu não estou apaixonado pela Ruby, não tem como! — exclamou, se afastando do mais velho.

— Você fala de um jeito bem negativo, cara. Não é o fim do mundo. — respondeu, tentando se aproximar.

— Eu sei que não é o fim do mundo, mas Ringo, eu conheço pouquíssimas coisas sobre ela e ela de mim, muito menos sei o que somos. Nem nos tornamos amigos, que eu me lembre. Mais uma coisa, é impossível isso ser uma paixonite minha, eu sei perfeitamente o que é estar apaixonado por alguém e infelizmente eu fiquei por aquela garota. — se referiu a Jane e bufou, se sentindo um idiota por ter sido enganado tão facilmente. — Eu devo sentir uma empatia por ela, Ruby é uma ótima pessoa. — seus amigos começaram a rir, como se Paul tivesse contado uma piada. — Do que estão rindo?!

— Caramba, que empatia, hein. — John comentou.

— Não se engane, Paul. Você tem certeza que se apaixonou pela Jane? Era um amor platônico? Se você estivesse com ela hoje, estaria dando certo? Era aquele amor de transformar sua al-

— Chega de perguntas! — pediu para o baixinho, já sentindo sua cabeça doer só de pensar em responder todas elas. Paul só faltava surtar e sair correndo dali. O de olhos azuis percebeu que seu amigo estava bem alterado, então apenas deu um sorrisinho e parou de fazer perguntas. — Olha rapazes, não me levem à mal, mas eu só preciso ir para casa agora.

— Tudo bem, Macca. Acho que Ringo foi meio boca grande dessa vez. — John deu um tapão na nuca do mais velho, fazendo-o resmungar.

— Ei! — exclamou, depois se virando para Paul. — Olha Paul, foi mal... eu realmente exagerei bastante.

— ...Tá tudo bem. — respondeu, pondo as mãos no bolso.

— Caras. — George chamou-os. — Nós vamos para a minha casa nesse sábado, né? — perguntou, querendo aliviar a tensão da conversa.

— Claro que vamos. — John respondeu. — Certo, rapazes? — Paul e Ringo confirmaram com a cabeça.

— Ótimo! — disse, sorrindo.